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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Sexta Feira Santa






Sei que houve, mas não consigo lembrar-me de uma Sexta Feira Santa que não tenha sido cinzenta. Geralmente, este é um dia silencioso, no qual muitas pessoas jejuam e se recolhem em oração e meditação.
Não sou religiosa. Não creio em tudo o que está na Bíblia. Tenho medo e desconfio de qualquer coisa que tente determinar em quê devo acreditar, como devo me vestir ou de que maneira devo pensar.
Mas mesmo assim, acho as Sextas feiras Santas dias especiais. Elas foram feitas para que possamos pensar em várias coisas. Por exemplo, no quanto é fácil cometer uma injustiça quando nos omitimos, mesmo sabendo da verdade, ou quando apenas seguimos a maioria.
Podemos também aproveitar para medirtarmos sobre quanta destruição e dor uma traição pode causar. E que aquele que trai, será sempre lembrado não pelas boas obras que cometeu, mas por aquela (talvez única) traição que perpetrou, mesmo que tenha havido também, em sua vida, boas ações.
A Sexta Feira Santa também nos ensina o quanto somos cruéis ao queimarmos, ano após ano, durante séculos e séculos, a figura de um homem que errou, fraquejou e caiu - mesmo que este homem tenha se mostrado tão arrependido a ponto de tirar sua própria vida. Continuamos a julgá-lo e condená-lo, sem perdão. Como se nós jamais tivéssemos errado, fraquejado e caído.
Esta data também é importante para nos ensinar uma verdade afirmada pelo próprio Cristo (mas que ele mesmo se esqueceu de praticar): "Não jogueis pérolas aos porcos." Porque, para mim, foi o que ele fez, ao sacrificar-se por uma humanidade que não estava, não está e tão cedo não estará pronta para entender o que ele tentou ensinar. Porque eu tenho certeza: se ele tivesse vindo hoje, seria tratado da mesma maneira. Ou até pior.
Por estes e outros motivos, acho a Sexta Feira Santa um dos dias mais importantes do ano. É o dia da sombra. É o dia de encararmos a nós mesmos e aos nossos atos e decidir quem somos: o que joga pérolas aos porcos, o que trai, o que condena, o que se omite, ou o que não perdoa. Porque em diferentes momentos da vida, todos nós encarnamos estas personalidades. 






6 comentários:

  1. Não texto para ateu comentar, antão proveito para desejar bom dia Aos Bailune. Bom dia senhora Bailune, bom dia senhor Bailune.

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  2. Ana,um texto muito interessante!Nunca tinha lido um ponto de vista assim e achei bem coerente!Parabéns,eu adorei esse convite para a meditação!bjs e meu carinho!

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  3. Perguntado o que era a verdade por Pilatos, Cristo silenciou. Ele veio para dar testemunho da Justiça.
    Configurou-se o maior paradoxo na história humana. Condenou-se o mais justo por pretender a igualação forrada de justiça.E Prócula, mulher de Pilatos, o advertiu do sonho que tivera, seu marido condenaria o mais justo dos homens, e sua face, no sonho, estava marcada com a mais hedionda ferida.É a chaga que atravessa a humanidade e reporta a história de um Homem que nem uma só palavra escreveu, para sufocar a necessidade dos pobres de espírito de negarem o que dizem inexistir, no mais tolo discurso que o homem possa fazer. Não de nega o que se entende não existir, nem precisa o Cristo ser admitido por consciências que nada acham por não saberem o que procuram. E a parábola das pérolas quis a tanto demonstrar, não se espera dos porcos que compreendam o que não está ao seu alcance. Abr. Celso ANA, O TEXTO CORRIGIDO, ELIMINE O OUTRO, POR FAVOR. CELSO

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    1. Há muito mistério na Paixão de Cristo. Devemos meditar mesmo nessa Semana Santa, sempre há uma esperança. De dias melhores.Abraços.

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  4. essa questão dos tempos e seus acontecidos me deixa muitas dúvidas... mas as épocas sao descritas conforme a vivência e filosofia a conduzí-las... e por aí se vê que o homem pouco evoluiu nas áreas mais complexas que são a moral e o civismo... por isso o sofrimento vai apertando e o cerco se fechando sempre para finalizar uma era, que acordado ou dormindo, o homem vai responder por seus atos...nao aprendeu? entao vamos à liçao ate que seja aprendida ou pague o preço pelo nao aprender... sexta feira santa... se olharmos para tras nao a veremos, se olharmos para frente estará bem na nossa cara... bjuuu Aninha, parabens pelo lindo blog, belos textos, como sempre... estive, aqui, antes, porem quando fiz o comentario e cliquei nao entrou, foi aí que descobri que nao havia conecção, havia desconfigurado e só hoje retornou... obrigada, pela presença no blog do MINDIM, um apoio importante, nao tenha dúvida...somos muitos os que se classificam escritores e/ou poetas, mas a, realmente, valorizar nos e aos outros como tais e a escrita como se deve, somos poucos e sabemos quem somos... portanto, obrigada novamente... muita Luz pra voce... bjuuuuu

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  5. Aproveito esta postagem para desejar a todos os meus leitores e não-leitores uma Sexta feira Santa de muita paz e reflexão, e uma Páscoa farta, feliz e saudável! -Ana Bailune

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