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sexta-feira, 30 de junho de 2023

E A RODA GIRA, GIRA, GIRA...

 


 

A roda gira tanto, que as pessoas nem percebem o quanto estão  tontas. Algumas estão tão acostumadas ao sobe-e-desce que nem se importam mais. Nem percebem o quanto estão sendo manipuladas a estarem em cima e em baixo, conforme seja conveniente aos interesses de terceiros. Elas giram como macacos brincalhões, ora em cima, ora em baixo, animais estranhos usando trajes ridículos e alegóricos, achando-se espertos, donos de si, bem trajados.

 

E quem não ama um espetáculo circense? A turba furiosa de olhos dormentes adora observar os cristãos sendo devorados pelos leões. É fato histórico. 

 

No tarô, a carta A Roda da Fortuna mostra uma roda girando, e duas criaturas aparentemente entregando-se ao movimento. Suas faces parecem embotadas, e ninguém pode definir o que elas são ou o que eram antes de se transformarem nessas figuras animalescas indefiníveis. O que elas representam? Elas sequer sabem por que giram. É que sempre foi assim. O verbo é girar. Nunca saem do lugar, entretanto, pois a roda é presa ao chão.

 

Às vezes surge alguém que tenta acordá-las de seu transe, alguém que tenta sacudir e desprender do chão essa estrutura escravizante na qual se encontram, mas elas não querem isso, pois a comida cai na latinha todos os dias à mesma hora, e é isso que importa. Além disso, depois de tantos anos, sair da roda significaria ter que começar a pensar por si mesmo, e isso daria muito trabalho.

 

Elas servem ao terrível monstro alado - parte leão, parte abutre, parte homem. O monstro tem a espada. É ele quem toma conta da roda, e usa sua espada para destruir a qualquer um que tente contestar o funcionamento da roda. Porque a roda precisa continuar girando para que ele e seus iguais possam continuar a existir. 

 

As criaturas simiescas nem percebem que são elas que fazem a roda girar, e que se elas parassem de correr, estariam livres desse jugo. Elas poderiam fazer suas próprias escolhas. Elas poderiam desalojar quem as escraviza. 

 

Elas poderiam destruir a roda e partir para a estrada. 

 

Mas para a maioria desses seres dormentes, uma banana por dia é mais do que eles merecem. 

 

Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça. Quem tem olhos para ver, que enxergue.

 

 

 



quinta-feira, 29 de junho de 2023

EU OLHO A VIDA

 

 

 





Eu abro as cortinas de manhã

E olho a vida no quintal:

Passa um passarinho,

Um vaso de plantas,

-Abriu uma orquídea!

Um ninho caído...

 

Eu coo o café

E o cheiro se espalha

Bem devagarinho...

Eu ponho uma xícara,

O pão, a colher

Por sobre a toalha

Lavada.

 

Eu olho a vida, e vejo poesia

Nas coisas mais simples:

O olhar dos meus cães,

A água sobre a louça,

O canto do vento

Nas folhas.

 

Mais tarde, eu cozinho

Enquanto eu escuto

Meu Podcast favorito.

Debaixo da mesa,

Meus cães me observam

Tranquilos.

 

Toca a campainha

Eles saem correndo, latindo.

"-Olá, Dona Ana!"

(O rapaz tornou-se

Meu conhecido).

Chegou o meu livro.

 

Com ele eu me sento

Naquele banquinho

Debaixo da árvore,

No meio da brisa,

Entre os passarinhos,

E as folhas que caem

Nas páginas.

 

E assim passa o dia,

Sempre alinhavado

Pelas linhas frágeis

De uma poesia.

E eu não quero muito,

Nem quero mais nada,

Só mesmo escrever

Estas vãs palavras

Que ninguém vai ler.

 



segunda-feira, 26 de junho de 2023

SORTILÉGIO

 


 



 


Por trás das grades de dentes,

Escondido em um sorriso tranquilo

Resfolega o animal furioso,

Cuja face se esconde

Por trás das janelas dos olhos,

Mancha negra na íris azul,

Quase imperceptível. 


Seu rugido reprimido

Quer explodir peito afora,

Mas não – não é permitido,

Ou quem sabe, aconselhável,

Pois isso seria mal visto.


O animal acuado

Aparentemente manso

Dilacera em mil pedaços

Com a força do pensamento

Sua vítima distraída

A qualquer momento.


Sobre as costas do animal

Um sonho que não é seu

Sobre o que não lhe pertence;

Um futuro embrulhado para presente

Jogado no alpendre.


No seio da noite silenciosa

Ele arma um pensamento,

Ele mira seu alvo adormecido,

E atira a fúria malsã.


De repente, alguém desperta

Assustado

Às três da manhã.




 


 




 


 


quinta-feira, 22 de junho de 2023

DEUS

 





Deus não está nos rostos que encontro. 

Ele está no rosto para o qual não ouso olhar. 

Deus está no espelho. 

Ele é visto na pequena, quase imperceptível mancha na cor da íris. 

Ele é ouvido no silêncio entre as batidas do coração. 

Ele caminha entre os espaços das minhas próprias passadas. 

Mas se tento enxergá-lo, já não está lá. 

Se tento escutá-lo, se cala. 

Se tento alcançá-lo, eu o perco. 

Um sopro de voz, começo de frase, tentativa de definição, e Ele se foi. 

Ele se vai todos os dias. 

Mas está sempre lá.

Som de asa de borboleta.

A cor azul nos raios do sol.

A gota de chuva evaporada.

A resposta para sempre calada.

Jamais o que pensamos, jamais o que esperamos, jamais.

Acho que Deus ri de nós. 

Mas isso é suposição, e Ele se afasta.

Deus? 

-Está quente, está morno, está frio...





segunda-feira, 19 de junho de 2023

QUEIRA O QUE É SEU



Seis e trinta  e cinco da manhã, e acordei inspirada a escrever esta crônica, sobre este assunto; exatamente este, e não sobre qualquer outro assunto: queira o que é seu.

Eu vejo muitas pessoas que, após alcançarem um objetivo, se esquecem de tudo o que passaram a fim de obtê-lo, e jamais estão satisfeitas. Querem sempre mais, e não dão valor ao que já conquistaram. Acho bom que tenhamos sonhos, que tentemos melhorar sempre, que tenhamos metas e desejos. Afinal, se não fosse assim, a vida seria chata. Porém, é importante valorizarmos nossas conquistas, mesmo que elas representem para nós apenas um começo daquilo que realmente desejamos, mas a insatisfação permanente, a ingratidão, a mania de reclamar, e principalmente, a de se comparar sempre, são coisas doentias.

Tem gente que têm como objetivo de vida alcançar uma posição que, neste momento, está sendo ocupada por outra pessoa. Assim, de maneira falsa e sorrateira, tentam se aproximar desta pessoa, cercá-la, a fim de aprender mais sobre ela e o que ela faz, e é exatamente assim que a admiração vira inveja. E os métodos utilizados por tais pessoas a fim de alcançarem aquilo que, na cabeça delas, "lhes pertence," são sempre vis; tão vis, que nem elas mesmas admitem. É incrível o quanto a vida vai passando e desfilando uma porção de oportunidades na frente delas, mas elas não enxergam, pois estão de olho no que é dos outros!

Deveriam se envergonhar. Alguns podem ficar anos nesta situação, focando naquilo que não é seu e almejando posições que eles não têm perfil ou competência pra exercer. Lançam pensamentos negativos em direção à pessoa que desejam "substituir" e algumas usam  recursos baixos, como difamação e até mesmo trabalhos espirituais encomendados, agindo sorrateiramente para derrubar o outro. Enquanto isso, a própria vida deles não sai do lugar, e eles nem percebem. Poderiam estar cuidando melhor do futuro, investindo em coisas que são realmente para eles segundo suas competências, mas só querem ocupar um lugar que não é e jamais será deles.

Tais pessoas - geralmente falsas, ambiciosas, oportunistas e sorrateiras - são aquelas que, após anos, olham para trás e percebem que não alcançaram nada na vida.

Nada. 

Suas vidas são como a história de um abutre que ficou muito tempo voando em volta de um cavalo que pastava tranquilamente no campo, esperando que este morresse para que pudesse se alimentar da sua carne. Enquanto isso, não se alimentava direito daquilo que a natureza lhe oferecia, e tornou-se magro, esquelético e doente. Acabou morrendo bem antes do cavalo que desejava devorar.

Não sinto pena de gente assim. Sinto desprezo.

Que a vida lhes traga exatamente aquilo que eles merecem.




 





terça-feira, 13 de junho de 2023

ERA ASSIM



 

Era assim que se lidava

Com isso, antigamente:

Escorregar devagar

Entre a morte das palavras,

Não comentar, não sentir,

Não se atrever a existir.

 

Era assim: sobrevivência

Estandarte da decência,

Um sorriso atravessado

Cobrir o que foi roubado,

E manter, a todo custo,

A aparência da aparência.

 

Era assim que se escondia

O que era abominável:

Entre as fendas das cortinas,

Por trás da eucaristia,

Dentro da boca entreaberta,

E dos olhares fechados.

 

Palavra nunca falada, 

Histórias jamais contadas,

E as almas remendadas

Cujas costuras tão fracas

Um dia, se arrebentavam.

 

Era assim que se lidava

Com isso, antigamente:

-Não se atreva, não comente,

Nem tente pedir socorro,

Não nomeie o inominável,

E não dê muita atenção

Àquele "não" calado.

 

Importava só sorrir,

Sobreviver, não sentir,

Respeitar, dizer amém

Aos pés do Santíssimo Altar,

Para ser abençoado

Pelas mãos do seu algoz

Que, por todos respeitado,

Era a eloquente voz.

 

 

 

 

 



quinta-feira, 1 de junho de 2023

O LIVRO VERMELHO

  

 





Estou lendo (há alguns meses, por falta de tempo e também pela complexidade de suas mais de quinhentas páginas) O Livro Vermelho, de C.G. Jung. Neste livro, o renomado psiquiatra fala sobre a sua busca por si mesmo, utilizando-se de imagens arquetípicas e de personagens bíblicos, históricos ou mitológicos. Não é um livro fácil, para se ler antes de dormir, e nem um livro para "se distrair" um pouquinho. É complexo, como todos os livros de Jung que já li. O próprio afirmou que este livro não tem como propósito guiar a ninguém, e que cada um deveria escrever seu próprio Livro Vermelho.

 

A edição com ilustrações é enorme e caríssima (já vi à venda por mais de mil reais), então, por motivos óbvios, comprei a edição simples e baixei algumas das figuras do livro ilustrado - as que consegui encontrar online. As figuras não me dizem nada, e acredito que elas seja muito íntimas e só faça sentido para o próprio Jung. 

 

Gostaria de deixar aqui algumas passagens do livro que realmente adorei e que me tocaram profundamente. Não seria tão pretenciosa ao ponto de tentar resenhar alguém a quem jamais alcançarei totalmente.

 

"Nós precisamos do frio da morte para que vejamos claramente. A vida quer viver e morrer, começar e terminar. Tu não és forçado a viver eternamente, mas também podes morrer, pois para ambas as coisas há uma vontade em ti.

Vida e morte devem manter em tua existência o equilíbrio. As pessoas de hoje precisam de um grande pedaço da morte, pois coisa incorreta demais vive nelas, e coisas corretas demais morrem nelas. (...) Quando aceito a morte, reverdece minha árvore, pois a morte intensifica a vida. Se eu me concentro na morte global, meus botões se abrem. Quanto nossa vida precisa da morte!"

 

"Um ser humano vive em dois mundos. Um demente vive aqui ou lá, mas nunca aqui e lá."

 

(...) Por isso vês aqueles sábios correndo atrás de reconhecimento de modo ridículo e desprezível. Ficam ofendidos quando não se menciona  seu  nome, desolados, quando alguém diz melhor a mesma coisa, intransigentes, quando alguém muda uma coisinha em sua opinião. Se fores a uma reunião de pessoas sábias, verás esses velhos lastimáveis com seus grandes méritos e suas almas famintas, que estão sedentas de reconhecimento, mas que nunca conseguem mitigar sua sede. A alma exige tua tolice, não teu saber."

 

"Tu não podes estar na montanha e no vale, mas teu caminho leva-te da montanha para o vale e do vale para a montanha. Muita coisa começa divertido e conduz para a escuridão. O inferno tem círculos."

 

"Quem possui a ventura e desventura de um dom especial, sucumbe à ilusão de ser ele mesmo esse dom. Por isso ele é também muitas vezes seu próprio bufão. Um dom especial é algo fora de mim. Não sou a mesma coisa que ele. A natureza do dom não tem nada a ver com a natureza da pessoa, que é seu portador. Ele vive muitas vezes às custas do caráter do seu portador."

 

"Faz parte de tua salvação que desaprendas as diferenças, exceto esta da direção. Assim te libertas da antiga maldição do conhecimento do bem e do mal.  Porque separaste, de acordo com a tua melhor opinião, o bem e o mal e só atentaste para o bem e renegaste o mal, que apesar disso praticaste e não o tomaste sobre ti, tuas raízes não mais sugaram a escura nutrição da profundeza, e tua árvore ficou doente e secou."

 

"O forte tem a dúvida, mas a dúvida possui o fraco."

 

"Pelo fato de haver tantos abaixo de nós que podem dizer tudo, repara como vivem. O que  dizem pode significar muito ou bem pouco. Pesquise por isso sua vida.

Meu discurso não é claro nem escuro, pois é o discurso de alguém em crescimento."

 

"Existem tramas infernais de palavras, somente palavras, mas o que são palavras? Sê cauteloso com palavras, escolhe-as bem, toma as palavras precisas, palavras sem armadilhas, não as entrelacem para que não surja nenhuma trama, pois tu és o primeira que nela se enreda. Pois palavras têm significados. Nas palavras puxas para cima o submundo. A palavra é o mais nulo e o mais forte. Nas palavras correm juntos o vazio e o cheio. Por isso, a palavra é uma imagem de Deus. A palavra é o máximo e o mínimo que o ser humano criou, assim como aquilo que atua através do ser humano é o maior e o menor."

 

"Deus não é feliz sozinho na Sua divindade, mas deve nascer na alma do ser humano."

 

"O caminho, ou seja lá o que for sobre o qual caminhamos, é nosso caminho, o caminho certo. Não há nenhum caminho traçado para o futuro. Nós dizemos que é este o caminho, e ele o é. Nós construímos as estradas enquanto caminhamos. Nossa vida é a verdade que procuramos. Só minha vida é a verdade, a verdade em geral. Nós criamos a verdade enquanto a vivemos."

 

"Nada te protege do caos, a não ser a aceitação."

 

"A loucura é uma forma especial de espírito que adere a todas as teorias e filosofias, mais ainda à vida de todo dia, pois a própria vida está cheia de tolices e é essencialmente irracional. O ser humano só luta pela razão a fim de que possa criar regras para si. A vida mesma não tem regras. Este é seu segredo e sua lei desconhecida. O que tu chamas de conhecimento é uma tentativa de impor à vida algo compreensível."

 

"Nós somos uma geração cega. Vivemos na superfície, só no hoje e pensamos só no amanhã. Agimos cruamente com o passado, não nos importando com os mortos. Só queremos fazer trabalhos com resultados visíveis. Queremos sobretudo ser pagos. Pareceria absurdo fazermos um trabalho oculto que não servisse visivelmente às pessoas. (...) Existe uma necessária, mas escondida e peculiar, uma obra prima que tu precisas realizar em segredo por amor aos mortos. (...) Não olhes demais para frente, mas para trás e para dentro, para que não deixes de ouvir os mortos. (...) Eu cresço na verdade quando desço. Acostuma-te a estar sozinho com os mortos. É difícil, mas exatamente assim descobrirás o valor de teus semelhantes vivos."

 

"Quando aceito em mim o ínfimo, enterro um germe no chão do inferno. O germe é invisivelmente pequeno, mas dele nasce e cresce a árvore da minha vida, que liga o inferior ao superior. Em ambas as extremidades há fogo e calor máximo. O superior está em fogo e o inferior está em fogo. Entre os fogos insuportáveis cresce a tua vida. Entre estes dois polos estás dependurado. Num movimento aterrador sem limites oscila para cima e para baixo o pendente distendido."

 

"Se quiser entender de fato o Cristo, devo considerar como Cristo viveu realmente sua própria vida e que não imitou ninguém. Ele não imitou modelo algum.

Se eu, portanto, seguir verdadeiramente o cristo, não sigo a ninguém, não imito ninguém, mas trilho meu próprio caminho, nem me denominarei mais Cristão."

 

"Quando o pensar leva ao impensável, é tempo de voltar à vida simples. O que o pensar não soluciona, isto a vida soluciona, e aquilo que o fazer nunca decide, está reservado ao pensar. Se eu, de um lado, tiver subido ao mais elevado e mais difícil, mas quiser atingir uma ascenção para mais alto ainda, o verdadeiro caminho não vai para o alto, mas para o fundo. Pois só meu outro me conduz para além de mim mesmo. Mas aceitar o outro significa uma descida para o contraditório, do sério para o ridículo, do triste para o alegre, do belo para o feio, do puro para o impuro."

 

"Leva teu Deus junto. Leva-o para baixo, à tua terra escura, onde moram as pessoas que toda manhã esfregam os olhos, mas que sempre enxergam a mesma coisa e nunca a outra coisa. Leva teu Deus para baixo, ao vapor prenhe de veneno, mas não como aqueles cegados, que querem iluminar as trevas com lâmpadas, a esses as trevas não entendem, mas leva secretamente teu Deus para o teto hospitaleiro. Pequenas são as cabanas das pessoas, e apesar da sua hospitalidade e boa vontade, não podem receber o Deus. Por isso não espere até que mãos brutalmente inábeis despedacem teu Deus, mas envolve-o de novo, amorosamente, até que Ele tenha assumido a forma do primeiro de todos os seus começos. Não deixe que um olho humano veja o Bem-amado, terrivelmente magnífico no estado de sua doença e impotência. Lembra-te de que os teus concidadãos são animais, sem o saberem. Enquanto caminham em suas pastagens ou ficam deitados ao sol, ou amamentam suas crias, ou se acasalam, são belas e inofensivas criaturas da preta mãe terra. Mas quando aparece o Deus, começam a enfurecer-se, pois a proximidade do Deus gera fúria. Tremem de medo e raiva e lançam-se de repente numa batalha fratricida, pois um fareja no outro o Deus próximo. Esconde portanto o Deus que trouxeste contigo.  Deixe que se enfureçam e dilacerem mutuamente. Tua voz é muito fraca para que os raivosos a possam escutar. Por isso não fales e nem mostres o Deus, mas senta-te num lugar ermo e canta as encantações de acordo com a maneira bem antiga:

 

Coloca diante de ti o ovo, o Deus em seu princípio,

E contempla-o, 

E com teu olhar de calor mágico, choca-o."

 

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Alguns falam de doçura, Desconhecem O regurgitar das abelhas, O mel que se transforma dentro delas, Dentro das casas de cera. Falam do luxo ...