Um dia será tarde demais para subir aquela montanha, cantar no karaoke, seguir aquela trilha mata adentro. Será tarde para reunir alguns amigos e detonar 5 garrafas de vinho, pois vinho não se mistura com remédios.
E logo de manhã, em um post no Instagram se lia o seguinte: "Não odeie outras mulheres porque seu marido ou namorado não te respeita. Larga esse embuste!" Concordo com a última frase , mas não com a primeira.
Nos comentários, muitas mulheres diziam que, em uma traição, o culpado é sempre e unicamente o homem, e nunca "a outra." A argumentação é que nenhuma mulher é obrigada a demonstrar empatia por outra que ela nem sequer conhece, e que por isso, a fidelidade deve vir do homem, não da outra, que não tem culpa de nada. Penso que ambos são culpados, e a lógica é simples: empatia é algo que devemos ter não apenas com as pessoas que conhecemos pessoalmente, mas com todos, independente de ser homem ou mulher, conhecido ou desconhecido.
Então alguém entra na minha casa, rouba minha TV e oferece a você; se você a aceita, mesmo sabendo que é roubada, está sendo cúmplice de um roubo. E se não verificou a procedência antes de comprá-la, também é cúmplice. Mas parece que no mundo de hoje, desde que se consiga aquilo que quer, que se dane o outro, o "perdedor." Ele que tivesse tomado conta. Ele que tivesse verificado se a porta estava bem trancada. A culpa é de quem foi roubado e enganado, não de quem roubou e interceptou.
Na minha opinião, tanto o ladrão/infiel quanto a outra/interceptadora, são culpados. Qualquer um que ajude o outro a mentir e a enganar é culpado. Qualquer um que aceite receber ou comprar alguma coisa que foi roubada de outra pessoa, é um criminoso. E para a outra, deveria ficar pelo menos o pensamento e a lição de que "se ele fez com ela, vai fazer comigo."
Não entendo esse tal feminismo, no qual uma mulher não deve lealdade a outra mulher simplesmente porque não a conhece pessoalmente. Isso é hipocrisia. Então, só porque eu não conheço uma pessoa, não devo respeito a ela? Essa mania de ver o outro como uma fotografia inanimada e sem alma, que não me diz respeito, está levando o mundo ao caos. Fala-se tanto em empatia, e a empatia é distorcida e assassinada diariamente.
As pessoas, com o tempo
Viram bonecos de palha
Que o vento espalha,
E os corvos riem.
Com os braços amarrados,
Elas vigiam os prados,
Os pássaros se divertem,
E eles, ficam sozinhos.
As pessoas, com o tempo
Se cansam de perder tempo
E se perdem no caminho.
É um processo curioso,
Ver as palhas desmanchando,
E os velhos espantalhos
Virando ninhos.
Te amei, na hora mais escura
Quando o sol e a lua
Tornaram-se estranhos.
Te amei, durante a tempestade
Quando tudo era saudade
Na curva dos teus anos.
Te amei, quando ninguém havia
Ao raiar de cada dia
Que te trouxesse a paz.
Te amei, sem qualquer reticência,
Sem medo da decadência,
Ou de não me amares mais.
Se hoje o amor que tivemos
Perdeu-se na viagem
Por um Nós desconhecido,
Pelo menos, sei que fui abrigo,
Embora só restem ruínas
Daquele amor tão antigo.
As pessoas que ficam são aquelas que a gente não esquece. E o que torna alguém inesquecível? É o brilho no olhar que fica quando a pessoa contempla tudo como se fosse pela primeira e última vez. É a maneira de tratar todo mundo como se fosse especial e perfeito, aceitando as diferenças e não se demorando nos defeitos.
É a gargalhada solta e espontânea, o batucar de leve com os dedos ao ouvir uma música , a mania de fazer sempre o que quer, de não reclamar tanto da vida - mesmo quando se está diante da possibilidades perdê-la.
O que torna uma pessoa inesquecível é a mania de tentar sem desistir, mas de saber a hora de parar porque não há mais nada a se fazer, e aceitar com coragem que acabou. É o permanecer sempre grato, mesmo diante das dificuldades, e ao perder a fé, desmoronar e quebrar tudo em volta, respirar fundo logo em seguida e consertar tudo de novo com um sorriso de esperança.
O que torna alguém inesquecível é sua capacidade de esquecer e perdoar mesmo as piores coisas, e estar sempre pronto a recomeçar.
Uma vez, conheci alguém assim. Jamais serei como ele, mas mesmo assim, se hoje sou alguém um pouquinho melhor, é por causa dele. Ele já não está mais nesse mundo, mas fará sempre parte.
#alguém especial
#inesquecível
#pessoasespeciais
Recentemente, Dona Beth, a rainha da Inglaterra, surpreendeu a todos (e eu a aplaudo por isso) ao recusar o prêmio de mulher mais velha da Inglaterra. Ela alegou que a idade está na cabeça (o que eu discordo totalmente, basta olhar para enxergar). Aos 95 anos de idade, ela parece estar firme e forte, saudável e muito lúcida. Ouvi dizer também que o médico da rainha se atreveu a querer proibi-la de tomar bebidas alcoólicas, o que ela também se recusou a obedecer.
Eu não gostaria de ficar demasiadamente velha por uma questão prática: não quero depender de ninguém e não quero permanecer muito tempo vivendo como uma idosa nesse planeta preconceituoso. E, não sendo eu a rainha da Inglaterra, ser velha não seria tão divertido. Porém, caso Deus me contrarie e decida me pregar uma peça me obrigando a ficar aqui durante muito mais tempo, se um médico qualquer quiser me proibir de comer isso ou aquilo, ou beber isso ou aquilo, eu alegremente o mandaria cuidar da própria vida. Porque, qualquer pessoa que chegue mentalmente lúcida e fisicamente saudável aos 95 anos de idade, obviamente não precisa da opinião de ninguém.
Eu, que nem sou tão velha assim, já sinto aquela falsa simpatia das meninas jovens quando eu entro em uma loja; elas mudam o tom de voz e começam a falar como se eu fosse retardada mental: “Já foi atendida, querida?” Quando isso acontece, eu engrosso logo a voz: “Se eu precisar eu chamo, obrigada.” Se tem uma coisa que me irrita, é a infantilização do idoso, a fala demasiadamente macia ao se dirigirem a eles, as opiniões preconceituosas sobre o que os idosos devem/não devem fazer, os adjetivos pejorativos ditos entre sorrisos falsos, como “querida,” “fofinha,” “gracinha,” etc. Mas a pior coisa, é quando duas pessoas conversam sobre o idoso como se ele não estivesse ali: “Já deu o remédio da mamãe?” “O vovô já almoçou?”
E o que dizer dos filhos que têm a mania de agir como se os pais/avós já estivessem mortos, entrando na casa e dando ordens, tomando decisões arbitrárias sobre tudo, repartindo a herança, gritando com eles como se tivessem cinco anos de idade e fosse surdos?
O que me consola, é que essas pessoas também vão envelhecer. E tendo seu comportamento observado e assimilado por seus próprios filhos, elas não perdem por esperar.
Ontem eu estava assistindo a um vídeo sobre espiritualidade no YouTube, quando dois rapazes inteligentinhos entraram e começaram a detonar a entrevistada em questão. Um deles se dizia ateu, o que me fez questionar o motivo de ele estar assistindo àquele vídeo. O outro se dizia umbandista mas chamava a entrevistada de mentirosa porque as coisas nas quais ele acreditava eram diferentes das dela, e ainda quis posar de intelectual ao dar aulinha (tipo copiar e colar do Google) sobre física quântica, a fim de melhor cancelar a senhora médium.
Claro, aquilo para mim foi o início de mais uma tetra cibernética. Eu disse a ele: "por que as crenças dela são absurdas só por não serem cientificamente comprováveis, se a sua religião acredita que cantar determinadas músicas faz com que espíritos "desçam" e tomem o corpo de uma pessoa viva? Onde está a comprovação científica na sua religião?" Claro, ele se ofendeu.
E eu disse que tinha feito de propósito para que ele se colocasse no lugar das pessoas que tinham fé naquela médium e que estavam vendo ele tentando acabar com ela. Mas não adiantou nada, é claro, e daí entra o tal ateu para dizer que a religião é desnecessária e que os humanos também não são necessários à sobrevivência do universo. Nisso eu concordo com ele, mas até que deu vontade de sugerir a ele que se jogasse debaixo de um carro, já que, segundo ele próprio, sua vida é irrelevante.
Por que questionar a fé alheia? Não acredita, cale a boca. Pelo menos respeite. Quem paga dizimo o faz porque quer, quem acredita em religião, seja ela qual for, tem todo o direito de acreditar. O que faz as coisas acontecerem, eu disse a eles, é a fé, não a religião. Mas é claro que eles não entenderam e partiram para as tentativas de ofensa pessoal baseadas na ciência.
Me retirei, pois onde a grosseria impera, acabaram os argumentos. Conheço muitos ateus melhores do que a maioria dos religiosos que já conheci, mas idiotas existem em todas as linhas.
Mistérios submersos,
Inconfessos,
Brilhando de tanto sal,
Que seca nos versos...
Marulhos quase inaudíveis
No movimento das ondas,
Sereias desfazem suas tranças
Oblongas.
Eu me sento na areia
E não tento compreender...
Há muito não sei nadar,
Temo perecer.
Netuno silenciou
As vozes, com seu tridente,
A palavra se afogou
No coração da gente.
O QUINTO COMPROMISSO - Um Guia Prático Para o Autodomínio
Por Don Miguel Ruiz & Don Jose Ruiz
Editora Best Seller
16@ edição, ano 2021
186 páginas
Qual é a sua missão de vida? Por que você está aqui?
Após o livro Os Quatro Compromissos - O Livro da Filosofia Tolteca - os autores lançaram O Quinto Compromisso como uma complementação do primeiro livro.
Os Toltecas eram um povo Mexicano pré-colombiano, que dominou o México central entre os séculos X e XII, conhecidos como "Homens e Mulheres de Sabedoria." Os antropólogos fala deles como se fossem uma raça, mas na verdade, segundo os autores do livro, eles eram "Cientistas e artistas que se associaram para explorar e conservar a sabedoria espiritual e as práticas dos antigos."
No livro O QUINTO COMPROMISSO, os autores discursam sobre temas de cunho transcendental, de maneira simples e objetiva. Eles entendem que a fim de podermos realmente cumprir a nossa missão nesta Terra, precisamos estar atentos aos quatro Compromissos, que são:
- Seja impecável com a sua palavra > As palavras têm imenso poder e não devem ser usadas de modo leviano. Diga apenas quilo em que acredita e use corretamente a sua energia.
-Não leve nada para o lado pessoal > Quando alguém fala de você, na verdade está expondo a si mesmo. Aprenda a tornar-se imune às opiniões alheias;
- Não tire conclusões > Atenha-se à realidade imediata, seja transparente e ignore o que há de nebuloso ou mal-explicado;
Sempre dê o melhor de si > Em qualquer circunstância, faça o melhor que puder;
E o quinto compromisso, do qual este livro fala mais especificamente, que é:
- Seja cético, mas aprenda a ouvir > Não confie em si mesmo e em ninguém. Aproveite-se do poder da dúvida e questione tudo o que ouvir.
Em tempos de fake news e divisões, esse livro vem a calhar, pois nos convida a prestar atenção, a duvidar, a querer saber mais. Embora lançado pela primeira vez em 2010, o livro foi revisto e atualizado, e nas últimas páginas, há uma referência ao mundo virtual que não sei se consta na edição original, pois é uma visão bastante moderna.
Nos dizem que temos que ser magros e sarados, acreditar nesta ou naquela religião, comer isto ou aquilo porque é mais saudável, ter uma casa como as de revista, cabelos lisos e loiros, ou negros e cacheados, defender esta ou aquela inclinação política, enfim, nos dizem o tempo todo COMO PENSAR E COMO SER. Nem nos damos conta disto, na maior parte do tempo. Porque? Porque estamos adormecidos, seguindo a turba, concordando, discordando, tomando lados que não são os nossos e nem têm a ver com a nossa missão. Seguimos dormentes, sem questinar se as nossas crenças são realmente nossas ou se foram incutidas por digital influencers, coaches, políticos, redes de TV, imprensa, atores e pessoas famosas, líderes religiosos, membros da família e da sociedade. Quem somos se perde de nós. Nós nos perdemos de quem somos.
Em uma parte do livro, o autor diz que muitos pensam que estamos aqui a fim de aprender, e ele rebate: estamos aqui para DESAPRENDER!
Algumas passagens interessantes que eu posso destacar:
"A missão que você tem, e isso vale para todos nós, é tratar de ser feliz. O "como" pode surtir das milhões de maneiras diferentes de fazer o que você gosta, mas a sua missão de vida é aproveitar cada momento dela. Sabemos que mais cedo ou mais tarde nossos corpos físicos não existirão mais. Nós só temos alguns alvoreceres, alguns pores de sol e algumas luas novas para curtir. Esse é o nosso momento e estar vivo, de estar completamente presente, de se divertir e de divertir os outros."
"Uma vez que você se aceite completamente, estará pronto para aproveitar a vida. Não haverá mais julgamento, não existirá mais culpa, nem vergonha, nem remorsos."
"Nós dificultamos muito a vida quando tentamos nos sacrificar or outra pessoa. É claro que você não está aqui para se sacriicar por alguém. Você não está aqui para satisfazer as opiniões ou aos pontos de vista dos outros."
"Os seres humanos lançam feitiços principalmente sobre as pessoas que mais amam, e quanto mais autoridade nós tivermos, mais poderosos serão os feitiços. Autoridade é um poder que um ser humano tem de controlar outros humanos e fazê-los obedecer. Você pode se ver como uma criança que tem medo da autoridade. Também pode ver adultos tendo medo da autoridade. Palavras faladas com autoridade transformam-se em feitiços poderosos que afetam outros seres humanos. Por que? Porque nós acreditamos nessas palavras."
"...Então o que eu digo talvez seja verdade ou não, mas talvez o que você acredita pode não ser verdade. Sou apenas metade da mensagem; você é a outra. Sou respnsável pelo que eu falo, mas não pelo que você depreende; você sim. Você é responsável pelo que uqer que ouça em sua cabeça, já que é quem dá sentido a todasa s palavras que você ouve."
"Não leve nada para o lado pessoal é uma bela ferramenta de interação com sua própria espécie, de ser humano para ser humano. E é um grande passaporte para a liberdade pessoal, porque você não pecisa mais regular sua vida em função da opinião dos outros."
"Sua mente é cheia de conhecimento, mas como você o usa? Como você usa as palavras ao se descrever? Quando você se olha no espelho, gosta do que vê ou julga seu corpo usando todos aqueles símbolos para contar mentiras sobre si mesmo? Será que é realmente verdade que você é alto demais, pesado ou magro demais? Será que é realmente verdade que você não possui beleza? Será que é realmente verdade que você não é perfeito simplesmente do jeito que você é?"
Porque palavra calada
É uma vida sufocada,
Eu quero ter o direito
De dizer o que eu quiser.
Caso eu esteja certa,
Ou mesmo estando errada,
Mesmo que ninguém ouça,
Ou que ouçam, mas discordem,
Só quero poder ter voz,
Só quero desabafar
Sobre tudo o que me cerca,
Sobre os dentes que nos mordem.
Ninguém realmente entende
O que é a liberdade,
Mas ao perdê-la, não há
Quem não se sinta perdido!
Quer você tenha, quer não
O dito dom da palavra,
Sentirá a sua falta
Se ela lhe for roubada.
Só quero ter o direito
De andar por onde eu quero,
Dizer o que me ocorrer,
Concordar e discordar;
Mudar de ideia ou não,
Manter a minha palavra
No lugar daquela trava
Que tentam nos imputar!
Doi, segurar-se,
Ousar discordar,
Lutar contra o que é,
Dizer a verdade.
Há uma linha imaginária
Cruzando nossos céus,
Atando todos os prédios
Da nossa cidade.
E essa linha descansa
Sobre os nossos lábios
Mantendo fechadas
Todas as bocas.
Se alguém tentar falar,
Ela nos corta,
Aperta as gargantas
E nos diz loucas.
O ar está preso
Dentro dos pulmões,
-Não há uma oração
Que nos salvará!
Daqui, eu só existo,
Vejo crescer o cisto
Que se transforma, aos poucos,
No que nos matará.
O que está acontecendo no país e no mundo é preocupante. Enquanto no Brasil jornalistas e políticos são presos arbitrariamente (alguns dos quais não caem na graça do povo, mas isso não faz com que possam ser tratados como criminosos apenas por emitirem suas opiniões) e redes sociais são desaforadamente censuradas, o talibã volta a ssumir o poder no Afeganistão - com o reconhecimento e suporte de países como China e Rússia. A União Européia, ironicamente, vai ainda fazer uma reunião com eles para decidir se os apoiam ou não. Absurdo! Uma coisa dessas deveria ser repudiada e combatida por todos! Eles matam, torturam, decapitam, aleijam, humilham, invadem, estupram! Ninguém deveria aprovar ou aceitar uma coisa dessas!
Um jornalista declarou que o Talibã de hoje é bem diferente do que vimos em 2011, que eles são mais suaves e democráticos, mais moderados, que prometeram garantir os direitos das mulheres. Segundos antes, esse mesmo jornalista dizia que havia pessoas sendo enforcadas e decapitadas nas ruas, e que meninas já estavam sendo escolhidas para se "casarem" com os soldados.
O que será que não estamos enxergando?
A China, que está aceitando o Talibã, é a mesma que se encontra aqui no Brasil, comprando tudo, se espalhando feito praga, e que agora manifesta seu interesse em comprar o Porto de Santos. Mas está tudo bem, essas coisas não acontecem desse jeito, isso é tudo exagero da Direita radical, paz, amor, revoada de pombinhos e Lula Livre.
O mundo está à beira de um grande colapso. E dessa vez, é sério.
Jornalistas de renome, como Leda Nagle, Augusto Nunes, da Jovem Pan, Ernesto Lacombe, entre outros, estão tendo seus vídeos censurados e removidos das redes sociais. Até mesmo o Presidente dos Estados Unidos da América foi banido, calado, amordaçado! Será que ninguém percebe o que está se formando no horizonte? A Esquerda ainda acha que isso se chama liberdade, e idiotas úteis, como Felipe Neto, publicam tais asneiras em seus Twitters, com direito a 'likes' e apoio popular.
Esperem, e daqui a pouco posts como este não estarão mais nas redes sociais. Seremos calados. Todos nós: direita, esquerda, centro ou isento. A única coisa que poderemos postar nas redes sociais, será fotos de florzinhas, pets e borboletinhas.
As pessoas têm conhecimento superficial sobre determinados assuntos e agem como se fossem especialistas, rebatendo argumentos com frases rasas, e quando confrontadas, assumem um posicionamento superior quando a discussão ultrapassa o nível de seus argumentos.
Ah, esses corredores escuros e solitários
Que percorremos, de olhos fechados e dedos crispados!
Estreitos labirintos por onde nos perdemos,
Caminhos construídos por nós mesmos
E nos esquecemos dos motivos
Para cada curva, para cada chuva,
Para cada abismo que bem conhecemos!
Seguimos por eles, tentando não ver
Nossos próprios rostos, ou sequer ouvir
Os ecos eloquentes do que pregamos,
Tentando negar o que nos tornamos...
Ah, corredores sem portas, sem iluminação,
Cuidadosamente feitos para que neguemos
As ânsias que temos no coração!
Como se não houvesse amanhã,
Ele acordou naquele dia se sentindo mais vivo,
Abriu a janela e percorreu as curvas das montanhas
Com as pontas dos dedos.
Deixou que as pupilas ficassem, por instantes,
Nos miolos das flores,
E cumprimentou cada uma delas, dizendo seus nomes.
Como se não houvesse amanhã, ele respirou profundamente,
Sentindo a vida entrar pelo seu corpo bem devagar,
Preenchendo todos os espaços.
Absorveu os mormaços do sol,
Saudou as gotas de chuva,
Pisou na grama, descalço.
Como se não houvesse amanhã,
Ele fez as pazes com todo mundo,
Até mesmo com quem o havia magoado
Profundamente,
Erguendo seus rostos para olhá-los nos olhos, sem mágoas,
Eles, que haviam pisoteado em seu solo as melhores sementes,
Frustrando o plantio de seus mais preciosos sonhos.
Como se não houvesse amanhã,
Ele abraçou cada um dos seus amigos, e riu com eles,
Esquecendo de olhar-se no espelho,
Dissolvendo-se, doando-se, mesclando-se a todos,
Tornando-se, ele mesmo, o reflexo de cada um
Daqueles que amava.
Como se não houvesse amanhã,
Ele esqueceu as próprias dores, seu calvário,
E tratou de ser mais solidário
Com a pequenas dores alheias, as mais corriqueiras,
Sem minimizar nenhuma delas.
Abriu portas e janelas,
Deslumbrou-se com o sol que se punha,
Saboreou a comida simples como a um banquete,
Doou a maior parte de tudo o que mais amava
Beijou sua garota com mais paixão que de costume,
Exatamente como se não houvesse amanhã.
E ele fez bem, pois não houve,
Levou-o daqui o mesmo vento que o trouxe,
Deixando-nos órfãos do seu sorriso...
E as suas pegadas,
Foram aos poucos sendo apagadas,
Pois as estradas por onde ele seguiu
Nos eram fechadas.
Tem gente que vive para questionar os motivos dos outros. quanto a mim, existem três motivos básicos pelos quais eu faço as coisas que eu faço. São eles:
- Eu quero
- Eu gosto
-Eu posso
Eu quero - Quando eu faço alguma coisa , seja lá o que for, é importante perguntar a mim mesma se eu quero fazer aquilo extamente naquele momento, por aqueles motivos e daquele jeito. A maioria das coisas que a gente faz, penso eu, devem nos trazer algum tipo de satisfação pessoal. Então eu faço alguma coisa porque eu quero, em primeiro lugar.
Eu gosto - Como já afirmei acima, para mim o prazer em fazer alguma coisa deve ser a minha maior motivação. Se eu decido escrever um texto, por exemplo, meu objetivo é sentir prazer e passar momentos agradáveis fazendo algo que eu gosto. Quando eu sei que estou dedicando algumas horas a uma atividade qualquer - mesmo que ela não seja considerada 'construtiva' pela maioria das pessoas - mas que ela me deixa feliz e relaxada, não sinto que eu esteja perdendo tempo.
Meu blog de contos, por exemplo; escrevo contos, embora eu saiba que eu não sou nenhuma escritora maravilhosa. Escrevo porque eu gosto de criar personagens e soltar a imaginação, não porque pretendo ficar famosa ou ganhar dinheiro. Mesmo que ninguém leia, o prazer de escever é o que me move. Portanto, poupe seu tempo e não venha me perturbar ou me aconselhar, dizendo que meus textos são longos, etc, etc, porque é bem mais fácil simplesmente não ler aquilo que não lhe agrada a perder seu tempo e azedar o dia de outra pessoa postando um comentário tão imbecil em um texto que você nem leu porque era longo demais.
Eu posso - Este é o meu terceiro motivo. Eu posso. Eu tenho o direito. Sou maior, vacinada e sei o que eu quero, e quais são os meus direitos, e desde que eu não esteja a prejudicar ninguém, posso ir até aonde eu quiser. Simples assim.
Tem gente que nem é seguidor, é perseguidor. Parece que estão sempre lá, vendo tudo o que os outros fazem online, achando que tudo é sobre eles ou para eles ou por causa deles. Acho que essa atitude é uma perda preciosa de tempo e energia.
Tenho ficado online muito menos tempo do que antigamente, porque eu hoje não me acho na "obrigação" de postar sempre, visitar sempre, comentar sempre tudo o que eu leio. Só faço o que me trouxer prazer. Minhas intenções de me tornar escritora já minguaram, pois quem escreve online desde 2007, já participou de tantas antologias de poemas, crônicas e contos, ganhou até prêmios, escreveu e publicou livros e mesmo assim não conseguiu nada através da literatura em direção a ser contratado por uma editora, ou é um péssimo escritor (não nasceu para isso) ou tem outras missões na vida que não esta.
Portanto, a única coisa que me move a escrever é o prazer. Quando ele terminar, eu paro.
Aqui é onde eu cresço,
Envelheço,
E descaradamente,
Desobedeço.
Aqui eu (des)arrumo
A minha (des)decoração.
Aqui, eu resolvo as pendengas
Do meu próprio coração.
Oh, a fé
Pequenina,
Essa palavrinha breve e inocente,
Quase piegas, quase luz de vela
A quase se apagar
À menor brisa,
Mas oh, a fé,
Ela resiste, ela se move,
Ela se estica
Por sobre o medo, ela protege
O que nos resta
De vida.
Oh, a fé,
Essa incerteza
Na qual quase ninguém
Acredita,
Mas ela agita, ela salva,
Ela é o olhar mais uma vez
Antes de ir,
De se fechar,
De desistir...
Oh, a fé,
Esse telhado que nos guarda,
A sementinha
Que Deus plantou
Dentro da gente,
E Ele pediu,
Encarecidamente
Que a protegêssemos
Da tempestade,
E do sol
Inclemente.
Oh, a fé,
Tudo o que resta
Quando na vida
Nada mais resta,
E a gente empresta
Um leve sorriso
De teimosia,
Uma elegia à esperança
Que só alcança
Quem tem fé,
Quem confia.
Ela olha as cores mortas
Nas flores do seu vestido,
Prende os cabelos molhados
Para que seus dois ouvidos
Possam ouvir as palavras
Que um deus cansado tem dito.
Lá fora, um mundo distante
Que há muito ficou para trás.
Sua alma diletante
De tanto viver, não quis mais...
Passou o tempo; o passado
É só um presente embrulhado.
Ela olha, indiferente,
Sem tentar querer saber
Para onde foi tanta gente
Que antes, estava ali...
Um dia, quem sabe ela
Também há de sucumbir.
Seu olhar é tão sereno,
Seu coração só flutua
Em um lago de veneno
Onde ela não se situa.
Batidas atordoadas
Que o silêncio acentua.
O Tucano O TUCANO Domingo de manhã: chuva ritmada e temperatura amena. A casa silenciosa às seis e trinta da manhã. Nada melhor do que me ...