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terça-feira, 16 de novembro de 2021

FEMINISMO & LEALDADE

 



E logo de manhã, em um post no Instagram se lia o seguinte: "Não odeie outras mulheres porque seu marido ou namorado não te respeita. Larga esse embuste!" Concordo com a última frase , mas não com a primeira.

Nos comentários, muitas mulheres diziam que, em uma traição, o culpado é sempre e unicamente o homem, e nunca "a outra."  A argumentação é que nenhuma mulher é obrigada a demonstrar empatia por outra que ela nem sequer conhece, e que por isso,  a fidelidade deve vir do homem, não da outra, que não tem culpa de nada. Penso que ambos são culpados, e a lógica é simples: empatia é algo que devemos ter não apenas com as pessoas que conhecemos pessoalmente, mas com todos, independente de ser homem ou mulher, conhecido ou desconhecido.

Então alguém entra na minha casa, rouba minha TV e oferece a você; se você a aceita, mesmo sabendo que é roubada, está sendo cúmplice de um roubo. E se não verificou a procedência antes de comprá-la, também é cúmplice. Mas parece que no mundo de hoje, desde que se consiga aquilo que quer, que se dane o outro, o "perdedor." Ele que tivesse tomado conta. Ele que tivesse verificado se a porta estava bem trancada. A culpa é de quem foi roubado e enganado, não de quem roubou e interceptou.

Na minha opinião, tanto o ladrão/infiel quanto a outra/interceptadora, são culpados. Qualquer um que ajude o outro a mentir e a enganar é culpado. Qualquer um que aceite receber ou comprar alguma coisa que foi roubada de outra pessoa, é um criminoso. E para a outra, deveria ficar pelo menos o pensamento e a lição de que "se ele fez com ela, vai fazer comigo."

Não entendo esse tal feminismo, no qual uma mulher não deve lealdade a outra mulher simplesmente porque não a conhece pessoalmente. Isso é hipocrisia. Então, só porque eu não conheço uma pessoa, não devo respeito a ela? Essa mania de ver o outro como uma fotografia inanimada e sem alma, que não me diz respeito, está levando o mundo ao caos. Fala-se tanto em empatia, e a empatia é distorcida e assassinada diariamente.




 


 

3 comentários:

  1. Por estas e outras eu abomino todos os moviementos que se articulam nos dias de hoje na suposta defesa das minorias. Pura hipocrisia. Não respeito e não acredito em nenhum deles.

    Magnífico e contundente isto: "Não entendo esse tal feminismo, no qual uma mulher não deve lealdade a outra mulher simplesmente porque não a conhece pessoalmente. Isso é hipocrisia. Então, só porque eu não conheço uma pessoa, não devo respeito a ela? Essa mania de ver o outro como uma fotografia inanimada e sem alma, que não me diz respeito, está levando o mundo ao caos. Fala-se tanto em empatia, e a empatia é distorcida e assassinada diariamente.

    Beijos

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  2. Boa crônica Ana com as ilustrações bem colocadas. Assassinam a empatia dia após dia, como abandonaram a gentileza numa rua sombria e unida. Lendo sua crônica critica, por instante lembrei de uma musica que fala desta relação rompida e a critica à outra mulher. Num trecho ela se rebela e diz que tem mais classe do que quem não soube prender seu marido. E alguém tem que prender alguém que não seja pelo amor? E se há amor, não haveria espaço para traição né?
    Muito bom Ana.
    Meu carinhoso abraço amiga.

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  3. Uma boa e contundente reflexão sobre este assunto da traição e de como lidar com isso... Gostei.
    Muita saúde.
    Um beijo.

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