Trechos do livro de Tom Schroder, "Almas Antigas".
(...) Em 1972, Weiss (Dr.Brian Weiss) hipnotizou uma jovem mulher. Ela estava deitada de costas no sofá, os olhos fechados, as mãos pousadas ao lado do corpo, envolta num lençol imaginário de luz branca, levada a um transe através da voz do médico e da vontade de sua própria mente. Ele ordenou que ela retrocedesse até suas mais tenras memórias, de volta às raízes da fobia que atormentava a sua vida. (...)
(...) A primeira sessão revelou lembranças significativas de quando ela tinha três anos - um encontro sexual perturbador com o pai bêbado - mas não houve nenhuma melhora em seu estado emocional. (...)
(...) Weiss decidiu fazer uma sugestão aberta. Com voz firme, ordenou: "Volte aos acontecimentos que deram origem aos seus sintomas." Em transe profundo, ela respondeu, numa voz baixa e rouca: (...) "Vejo degraus brancos que me levam até um edifício...estou usando um vestido longo, uma bata feita de tecido rústico... Meu nome é Aronda. Tenho dezoito anos... (...) O ano é 1863 antes de Cristo."
"Suzanne Ghanem tem cinco anos.
Ela insiste em afirmar que não é Suzanne Ghanem.
Ela diz aos pais que se chama Hanan Mansour, que morreu após uma cirurgia nos Estados Unidos e que quer seu marido e filhos de volta.
As famílias Ghanem e Mansour nunca tinham ouvido falar uma da outra. Entretanto, Suzanne (Hanan?) procurou seus filhos e entrou em contato com eles. Agora, os filhos - todos adultos - estão convencidos de que sua mãe é uma menina de cinco anos que mora em Shwaifat, uma área ao sul de Beirute.
(...) Suzzy identificou todos os parentes e disse seus nomes com precisão."
"Há muito mais mistérios entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia." - Shakespeare, Hamlet, ato 1, cena 5.
"Aquele que é ganancioso, sempre está desejando." - Horácio
"A ganância insaciável é um dos tristes fenômenos que apressam a autodestruição do homem." - textos Judaicos
"A terra provê o bastante para satisfazer a necessidade de todos os homens, mas não a ganância de todos os homens." - Gandhi
"Para a ganância, toda a natureza é insuficiente." - Sêneca
"A ganância é uma cova sem fundo, que esvazia a pessoa em um esforço infinito para satisfazer a necessidade, sem nunca alcançar a satisfação." - Erich Fromm
"O perigo constante, é abrir a porta para a ganância, um de nossos inimigos mais insaciáveis. É aí que se deve por em prática o trabalho da mente." - Dalai Lama
"O dinheiro é uma felicidade humana abstrata. Por isso, aquele que já não é mais capaz de apreciar a verdadeira felicidade humana, dedica-se completamente a ele." - Arthur Schopenhauer
A partida de nossa colega Maria Cecília - A Flor Enigmática - deixou-me esta reflexão
Hoje estamos aqui. Mas quantos de nós sabemos o quanto caminhamos na beirada da vida? Hoje, somos criaturas enigmáticas que se pensam rasas, mas afogamo-nos em profundidades assim que alguma coisa nos tira do frágil equilíbrio em que nos encontramos.
Hoje estamos aqui. Escrevemos nossos poemas, espalhamos pelo mundo palavras e cenas de vida. Achamos que seremos eternos através de nossas palavras, e acreditamos, realmente, que elas nos farão mais fortes e presentes nas almas das pessoas; mas de repente, vem a ventania, e nos arranca de nossos galhos, jogando-nos, flores frágeis, nas correntezas tumultuadas e enigmáticas de um incerto adormecer. E ficam aqui as nossas obras - poemas, crônicas, pensamentos e palavras - até que alguém decida o que fazer com eles; apagá-los? Fazer um backup e colocá-los em algum CD que um dia alguém encontrará, ou que será perdido? Colocá-los em um livro?
Esquecê-los?
Hoje, estamos aqui; eivados de tolo orgulho pelas nossas aparentes 'conquistas' que, acreditamos, nos farão transcendentes. Mas quando formos embora, elas ficarão aqui; não as levaremos conosco! Ficarão à mercê de quem se disponha a decidir o que fazer com elas. Ou talvez, quem sabe, sejam copiadas por outras pessoas que tomarão para elas a autoria do que escrevemos. E de nada adiantará revoltarmo-nos, pois nada poderá ser feito.
Hoje estamos aqui. Amanhã?... Melhor não pensar! Talvez a graça da vida esteja no dom de não pensar demasiadamente. Melhor que continuemos a ser canais para nossos poemas, e que tenhamos sempre a generosidade e a humildade para espalhá-los por aí, para quem desejar ler, sem a pretensão de que os possuímos. Porque, na verdade, hoje eles estão aqui; amanhã...