Ela olha as cores mortas
Nas flores do seu vestido,
Prende os cabelos molhados
Para que seus dois ouvidos
Possam ouvir as palavras
Que um deus cansado tem dito.
Lá fora, um mundo distante
Que há muito ficou para trás.
Sua alma diletante
De tanto viver, não quis mais...
Passou o tempo; o passado
É só um presente embrulhado.
Ela olha, indiferente,
Sem tentar querer saber
Para onde foi tanta gente
Que antes, estava ali...
Um dia, quem sabe ela
Também há de sucumbir.
Seu olhar é tão sereno,
Seu coração só flutua
Em um lago de veneno
Onde ela não se situa.
Batidas atordoadas
Que o silêncio acentua.
Tão lindo que chega a doer...Maravilha de poesia e intensidade! Adorei! beijos, linda semana,chica
ResponderExcluirMuita dor que dilacera a alma neste megulho poético que traz para superfície o olhar da serenidade de um coração que não se deixa ficar no caos.
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ResponderExcluirGracias por su visita, fabuloso su blog, que tenga buena semana, Saludos