Recentemente, Dona Beth, a rainha da Inglaterra, surpreendeu a todos (e eu a aplaudo por isso) ao recusar o prêmio de mulher mais velha da Inglaterra. Ela alegou que a idade está na cabeça (o que eu discordo totalmente, basta olhar para enxergar). Aos 95 anos de idade, ela parece estar firme e forte, saudável e muito lúcida. Ouvi dizer também que o médico da rainha se atreveu a querer proibi-la de tomar bebidas alcoólicas, o que ela também se recusou a obedecer.
Eu não gostaria de ficar demasiadamente velha por uma questão prática: não quero depender de ninguém e não quero permanecer muito tempo vivendo como uma idosa nesse planeta preconceituoso. E, não sendo eu a rainha da Inglaterra, ser velha não seria tão divertido. Porém, caso Deus me contrarie e decida me pregar uma peça me obrigando a ficar aqui durante muito mais tempo, se um médico qualquer quiser me proibir de comer isso ou aquilo, ou beber isso ou aquilo, eu alegremente o mandaria cuidar da própria vida. Porque, qualquer pessoa que chegue mentalmente lúcida e fisicamente saudável aos 95 anos de idade, obviamente não precisa da opinião de ninguém.
Eu, que nem sou tão velha assim, já sinto aquela falsa simpatia das meninas jovens quando eu entro em uma loja; elas mudam o tom de voz e começam a falar como se eu fosse retardada mental: “Já foi atendida, querida?” Quando isso acontece, eu engrosso logo a voz: “Se eu precisar eu chamo, obrigada.” Se tem uma coisa que me irrita, é a infantilização do idoso, a fala demasiadamente macia ao se dirigirem a eles, as opiniões preconceituosas sobre o que os idosos devem/não devem fazer, os adjetivos pejorativos ditos entre sorrisos falsos, como “querida,” “fofinha,” “gracinha,” etc. Mas a pior coisa, é quando duas pessoas conversam sobre o idoso como se ele não estivesse ali: “Já deu o remédio da mamãe?” “O vovô já almoçou?”
E o que dizer dos filhos que têm a mania de agir como se os pais/avós já estivessem mortos, entrando na casa e dando ordens, tomando decisões arbitrárias sobre tudo, repartindo a herança, gritando com eles como se tivessem cinco anos de idade e fosse surdos?
O que me consola, é que essas pessoas também vão envelhecer. E tendo seu comportamento observado e assimilado por seus próprios filhos, elas não perdem por esperar.
Essa mulher é fora de série e ficar velha como ela, nas condições dela,vale a pena. Também não quero depender de ninguém!Deus me ajude! bjs, chica
ResponderExcluir...Se tiverem sorte, envelhecerão...
ResponderExcluirTbm não tenho espero colecionar muitos anos por esta terra não, mas, se acontecer, que nunca me falte vinho!
E ai de quem ir contra!
Tuas ofertas sempre são deliciosas de ler, Ana.
Gratidão pelo acesso e excelente final de semana.
Um abraço
Somos iguais quanto a tudo isto Ana. Também não quero envelhecer muito, no máximo até o momento em que o corpo tenha independência e a mente esteja inteiramente lúcida. Sem isto bye bye. Quanto aos outros aplausos de pé para sua conclusão neste texto: "O que me consola, é que essas pessoas também vão envelhecer. E tendo seu comportamento observado e assimilado por seus próprios filhos, elas não perdem por esperar." Simples assim ...
ResponderExcluirNinguém caminha para novo. É preciso saber aceitar a idade com sabedoria. E, como dizia a minha mãe, o mais importante é que pensemos com a nossa cabeça e andemos com as nossas pernas. O resto é apenas o tempo a passar por nós, ou nós a passarmos pelo tempo...
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Ana,
ResponderExcluirEu só posso dizer:
Viva a Rainha!.
Bjins
CatiahoAlc.
Salve a Rainha com toda sua personalidade.
ResponderExcluirPerfeito seu texto e pensamento sobre a velhice e o envelhecer-se.
Abraços