witch lady

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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sangue do meu Sangue






Os meus glóbulos vermelhos


Sorvidos por tua garganta


Que não se cansa


Desse horrível gargarejo...



Tu és sangue do meu sangue, 


Mas me sugas,


Até deixar-me exangue!



Regorgitas minhas plaquetas


Nessa refeição infame


Para a qual não há gorjetas,


Só vexames!


Tu és sangue do meu sangue,


E teu sangue não te basta,


Queres o meu,


Para encher as tuas taças!



A vingança perpetrada 


Porque não te dei razão


A garganta perfurada


Pelos teus caninos grandes!



Tu és sangue do meu sangue,


Mesmo assim, não te garantes,


Pois desejas


Meus leucócitos e hemácias!



Tuas taças estão cheias,


Gargareje, regorgite,


E me sirva aos teus amigos!






***








13 comentários:

  1. .


    Aninha, não se esqueça. Somen-
    te amanhã, 23 eu escreverei no
    Blog do Bar do Escritor, portan-
    to, estarei lá, somente amanhã.
    Um beijo o obrigado pelo cari-
    nho.

    http://bardoescritor.blogspot.com


    silvioafonso







    .

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  2. Que força, tem o seu texto!
    Belo e terrível, ao mesmo tempo.

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  3. Olá!Boa tarde!

    amor em essência......escritos que me deixaram sem palavras ...os versos e as palavras me deixaram sem palavras ... a escuridão em palavras ... das mais profundas trevas ...um toque diferenciado e de ousadia...gostei!
    Obrigado pelo carinho da visita!
    Bom final de semana!
    Beijos

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  4. Nossa! Quanta força e quanta entrega existe em seus versos. Ficou lindo!
    Bjs.

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  5. Nossa
    Bonito demais
    Intenso demais...
    Bela construção
    Lindo poema!

    ResponderExcluir
  6. Nossa
    Bonito demais
    Intenso demais...
    Bela construção
    Lindo poema!

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  7. Livrar-se dos vampiros
    e demônios
    é preciso muita oração
    e poesia
    eles detestam o verbo
    amar
    apesar de que são belos
    declamadores
    oferecem beijos de cerejas
    e licores
    ardores profundos
    mas o que querem
    é a artéria encarnada
    a vantagem é que não gostam
    de crucifixo
    nem versos de amor
    gostam do luar
    mas tremem diante
    dos eclipses
    e elipses dos poetas
    destemidos
    queimam diante do sol
    não conhecem
    a rota dos pássaros
    nem do girassol
    aprendi com um velho poeta
    a nunca aceitar
    um beijo de um vampiro
    mas matá-los com meus
    poemas de amor.

    Luiz Alfredo - poeta
    Poema comentário feito para o poema:
    Oração dos Afogados Vivos da poeta: Ira Buscacio.

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  8. Um texto poético, mas que é uma verdadeira aula de biologia. Parabéns! bom fim de semana.

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  9. isso é forte! Entre hemáceas também há desentendimentos! beijos

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  10. Você achou esse na Transilvânia? Ou é algum Hematologista daqui mesmo? Desculpe a brincadeira, mas o texto está dramático e lindo!.

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  11. Este poema fez pulsar
    minha jugular
    mexeu com minhas vísceras
    olha que sou poeta
    quando digo que sou poeta
    que me alimento de poesia
    assim como um vampiro se alimenta
    do luar e sangue
    preciso ler poesia todo dia
    toda santa noite
    este fez borbulhar meu sangue
    poema sanguíneo sanguinário
    que nos deixa pálido
    sem sangue.

    Luiz Alfredo - poeta

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