witch lady

Free background from VintageMadeForYou

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Um Caso de Bullying








Em uma escola, uma menina de dez anos - que não é bonita, rica ou popular, e ainda por cima, é bolsista - sofre perseguições e brincadeiras ofensivas por parte de alguns colegas. O mesmo ocorre no bairro onde ela vive.
Tem uma irmã adolescente que, como a maioria dos adolescentes, deseja ser popular, nem que para isso, precise expor sua irmã menor aos seus colegas. Talvez nem o faça por mal, e nem sequer desconfie do que isso poderá causar ao espírito de sua irmã menor. Ela mesma nem sabe que é também uma vítima da sociedade, já que ser popular é um requisito para sobreviver entre os outros adolescentes. 
A menina sofre brincadeiras de mau gosto que fazem referência à sua aparência física, apelidos e até mesmo, agressões. Quando ela chora, a irmã mais velha a chama de 'manteiga derretida', e se ela conta à mãe sobre o que está acontecendo, a mão, atarefada com seus inúmeros afazeres, ou não lhe dá atenção, ou a repreende. 
A menina cresceu ouvindo os adultos dizerem que, para ser amada, ela precisa ser boazinha e perdoar sempre. E ela tenta, realmente tenta! Cresce com um sentimento de inadequação e inferioridade, achando que tudo o que fazem a ela, é nada mais, nada menos, que normal e justo.
Um dia, um garoto bate em seu rosto na hora do recreio. Ela chora e tenta esconder, mas as outras meninas chamam a diretora do colégio, que a defende e fica do seu lado. Pela primeira vez na vida, alguém a defende! O menino é suspenso das aulas. Quando volta, após uma semana, pede-lhe desculpas. As outras crianças passam a respeitá-la mais, pois existe uma pessoa adulta que zela por ela. 
Infelizmente, a diretora da escola adoece e morre. A escola fecha, a vida segue...
Ela, que era bolsista, precisa mudar-se para uma escola estadual, onde um grupo de garotas a vê como a 'metidinha da escola particular', e a ameaça frequentemente. Até que duas outras meninas a acolhem em seu grupo. Só que para ser aceita, ela passa a fazer coisas, como fumar, tirar notas baixas e matar aulas. Mas é a única maneira de defender-se dos ataques das outras meninas. 
A mesma situação que ela vivia na escola e com as crianças do bairro, repete-se na vida adulta: seus colegas de trabalho abusam dela, armam-lhe ciladas e sabotam seu trabalho. Ela aprendeu a jamais reagir, e a acreditar que a vitória descansa sobre o perdão. Até que um dia, ela perde o emprego. 
E daí percebe que, se ela mesma não se defender, ninguém o fará por ela. Entende que as situações de conflito continuarão se repetindo em sua vida, indefinidamente, até que ela resolva defender-se. Também compreende que a melhor maneira de se defender, é expor os seus atacantes. 
Os praticantes de bullying nada mais são do que pessoas desajustadas e infelizes, que para sentirem-se melhor, atacam os mais fracos. E quem são os alvos? Bem, podem ser qualquer pessoa... alguém pode sofrer bullying por ser rico demais, pobre demais, feio, gordo, magro, bonito, inteligente ou estúpido. Na verdade, o requisito principal para ser vítima de bullying, é a INSEGURANÇA. 
A insegurança emana um odor que parece atrair os bullies! É a síndrome do espelho: eles atacam, no inseguro, aquilo que não suportam em si mesmos! Mas exatamente como os vampiros, os bullies se desintegram ao serem expostos à luz do sol. 
Graças a Deus, a menina cresceu e aprendeu a defender-se. 

Infelizmente, a case history que ilustra este artigo, não é uma ficção.

6 comentários:

  1. então.. a menina percebeu que escrever lhe fazia inteira, e que era a única hora que ela podia dizer tudo que sente e pensa... FIM'.....FIM ? NÃO, nada de fim , aí foi o inicio, a gestação de poemas e textos , uma parideira de talentosos poemas, fortes , intensos.......que todos que leem apaixonam-se... e torcendo o nariz ou não, tem que dar o braço a torcer.... porque a menina preovou e prova que sabe muito bem dirigir sua propria vida ! sua fã, olguinha

    ResponderExcluir
  2. Ana, gostei do texto. Nos estimula a ser mais responsáveis pela vida de outros, naquilo que estiver ao nosso alcance. ABRAÇOS.

    ResponderExcluir
  3. Só quem já sentiu isso na pele sabe o peso das suas palavras. Um bom alerta e atualíssimo! Beijos!

    ResponderExcluir
  4. Também já fui muito discriminada por ser nordestina e doí muito, você se sente um verdadeiro lixo, mas ainda bem que temos um Pai maravilhoso, que olha por cada um de nós e nos protege! Nosso Pai celeste! beijos ☻

    ResponderExcluir
  5. Já notei que todos recebemos algum tipo de tratamento como esse em algum setor da vida. Tive um colega de escola que sofria porque era bom demais e só se aproximavam quando estavam interessados na lição de casa que ele sempre sabia e fazia.Mais tarde tive alguma convivência com ele e notei que fora da escola ele era estimado e ótima pessoa.Não se traumatizou e acho que até entendeu que a inveja motivava os "inimigos".

    ResponderExcluir
  6. Oi, Ana! Também sofri bullying na escola quando criança, pior que partiu das professoras, porque eu escrevia com a mão esquerda. Já passou e, embora escreva com a mão direita desde então, tudo o mais faço com a esquerda. Enfim...

    Ando sumida, mas leio seus textos sempre. Grande abraço.

    ResponderExcluir

Obrigada pela sua presença! Por favor, gostaria de ver seu comentário.

Parceiros

EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...