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quinta-feira, 2 de maio de 2013

De Tanto Ódio










O coração afogueado, 


O olhar espantado, 


Seguia-lhe, sem cessar, 


Todos os passos. 


Tossia, às vezes, 


Deixando sair da boca 


Um líquido verde: 


A bile do ódio! 






E torturava-se, 


Rasgava-se, 


Sem nem pensar 


Que só pensava nela! 






Ah, as janelas fechadas 


Quando ele passava, 


As portas silenciosas 


Quando ele batia... 


Elas representavam 


Toda a sua agonia! 






De tanto ódio, 


Morria! 






E vasculhava 


De velas acesas 


Os seus poemas, as suas mesas, 


Procurando pelas sobras 


Das sílabas deixadas... 


-Mas não achava nada, 


Nada... 






Assim seguia, 


A espumar de ódio 


Por aquela alma 


Que o ignorava, 


Sem saber que era o amor, 


Sem saber que era a paixão 


Que naquela direção 


Sempre o guiava! 










8 comentários:

  1. A já famosa proximidade entre o amor e ódio. A ilusão que às vezes criamos, sem sequer nos darmos conta...

    bjos

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  2. Olá Ana,

    O amor é o sentimento que mais se próximo do ódio.
    Poema intenso e lindo.

    Obrigada por ter permitido a publicação, em meu espaço, de seu lindo poema "Se soubéssemos'.

    Lindo dia.

    Beijo.

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  3. Intensidade nessa tua inspiração.Lindo! beijos,chica

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  4. Olá Ana
    Ser ignorado por quem se ama, não é fácil não.
    Bjux

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  5. Talvez uma procura em vão. Mas, um excelente poema!

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  6. Olá Ana, chegando aqui através da indicação do blog de nossa amiga Vera, onde ela postou uma belíssima poesia tua.

    Essa "De tanto ódio", é intensa e se faz real em muitos.

    Parabéns!
    Beijos.

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  7. A rejeição provoca se mostre o verso do amor, mas não acaba com o sentimento. Mais um belíssimo poema. Bjs.

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