O coração afogueado,
O olhar espantado,
Seguia-lhe, sem cessar,
Todos os passos.
Tossia, às vezes,
Deixando sair da boca
Um líquido verde:
A bile do ódio!
E torturava-se,
Rasgava-se,
Sem nem pensar
Que só pensava nela!
Ah, as janelas fechadas
Quando ele passava,
As portas silenciosas
Quando ele batia...
Elas representavam
Toda a sua agonia!
De tanto ódio,
Morria!
E vasculhava
De velas acesas
Os seus poemas, as suas mesas,
Procurando pelas sobras
Das sílabas deixadas...
-Mas não achava nada,
Nada...
Assim seguia,
A espumar de ódio
Por aquela alma
Que o ignorava,
Sem saber que era o amor,
Sem saber que era a paixão
Que naquela direção
Sempre o guiava!
Que versos fortes e belos... arrepiei...
ResponderExcluirbjo
A já famosa proximidade entre o amor e ódio. A ilusão que às vezes criamos, sem sequer nos darmos conta...
ResponderExcluirbjos
ResponderExcluirOlá Ana,
O amor é o sentimento que mais se próximo do ódio.
Poema intenso e lindo.
Obrigada por ter permitido a publicação, em meu espaço, de seu lindo poema "Se soubéssemos'.
Lindo dia.
Beijo.
Intensidade nessa tua inspiração.Lindo! beijos,chica
ResponderExcluirOlá Ana
ResponderExcluirSer ignorado por quem se ama, não é fácil não.
Bjux
Talvez uma procura em vão. Mas, um excelente poema!
ResponderExcluirOlá Ana, chegando aqui através da indicação do blog de nossa amiga Vera, onde ela postou uma belíssima poesia tua.
ResponderExcluirEssa "De tanto ódio", é intensa e se faz real em muitos.
Parabéns!
Beijos.
A rejeição provoca se mostre o verso do amor, mas não acaba com o sentimento. Mais um belíssimo poema. Bjs.
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