Quem sabe, talvez só precise
De uma caixa que me caiba
Quando chegar lá na frente,
Diante da porta fechada.
Aqui ficarão os meus sonhos,
As roupas, as modas, a casa,
Amigos, família, parentes,
Cabelos, os pelos, os dentes.
Os ossos, as unhas, os sumos
De um corpo que um dia foi gente,
Lá dentro da caixa fechada,
Entre a eternidade e o nada.
Um brinde, uma gota de fel,
Um copo de cólera e mel...
Ah vida, megera indomada,
Ah, morte, o fim da picada!
Contra essa não se luta, seria uma luta inglória.
ResponderExcluirBjux
Gosto!
ResponderExcluirÉ uma forma muito poética e vertical de encarar a caminhada e a caixa final, a encadernação de uma vida.
Parabéns!
É necessária. E como eu sei de sua nova vida, depois de deixar uma aqui, inolvidável, não acredito que seja o "fim da picada". Agradeceria muito se pudesse ler todos os seus textos na nova vida. Abraço, Ana.
ResponderExcluirAh, como é difícil aceitar essa "dama temida", já escrevi versos com esse título, "A Dama Temida", infelizmente ou não, faz parte da vida e não é nada de "...fim da picada" isso ao meu ver é claro!
ResponderExcluirAbraços!
OI ANA!
ResponderExcluirMUITO BOM MESMO!
ESCREVESTE UM TEXTO QUE DEVERIA SER TÉTRICO, POR SUA MENSAGEM, MAS FICOU POÉTICO, EU ADOREI...
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Estar nesta travessia desvestidos de tudo e passar por esta porta sem olhar para trás.
ResponderExcluirFalar desta viagem é estar de frente para a sequencia natural e com beleza o fez.
Um abraço com carinho Ana.
Ótimo poema, parabéns!
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