Teu pai é um estranho,
Pequeno Arlequim,
Deixou-te em mim
E foi-se embora
Na alva manhã
De quarta feira.
Não nos conhecemos,
Só nos vimos
Naquela vez,
E o rosto dele
Sob uma máscara
Que encobria
Outra máscara,
Se desfez.
Teu pai é a noite,
Uma folia,
Fomos um encontro
De cigarro e isqueiro,
No qual a breve chama
Consumiu o fumo
E apagou-se,
Sem deixar cheiros.
Teu pai é um nome
Que eu não conheço,
Portanto, esqueça-o,
Pobre Arlequim,
O que te importa,
O que te resta,
É essa face
Que nasceu de mim.
*
Triste realidade ,de muitos! Linda inspiração! beijos,chica
ResponderExcluirAna, que belo poema minha querida! Lembrou que tanta coisa na vida gente é exatamente assim, pequenos princípios apagados. Gr. Bj. e um ótimo feriado pra ti!
ResponderExcluirParabéns pela postagem que retrata a realidade de muitos, por aí... Bela lembrança e belo poema!
ResponderExcluirBjs,
Genial!
ResponderExcluirMuito bem construído!
Goste muito, muito, em nome de todos os Arlequins da vida!
Beijinhos
Ana, uma realidade em forma de linda poesia. Gostei muito.
ResponderExcluirManoel
Meus sais Ana, que poema é esse? Assustador, profundo, inquisidor e até misterioso.
ResponderExcluirHá muito mais aí do que nossos olhos leram. A construção é ótima e o tema deixou marcas na autora, talvez no super ego ou ainda lá no fundo do id... Sabe-se lá.
Genial!!
Você se supera a cada texto, ando orgulhosa desta amiga culta que tenho!
beijo!!
LU C.
São muitos os filhos do carnaval. Seus versos ficaram perfeitos, Ana. Bjs.
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