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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Teu Pai







Teu pai é um estranho,
Pequeno Arlequim,
Deixou-te em mim
E foi-se embora
Na alva manhã
De quarta feira.

Não nos conhecemos,
Só nos vimos
Naquela vez,
E o rosto dele
Sob uma máscara
 Que encobria
Outra máscara,
Se desfez.

Teu pai é a noite,
Uma folia,
Fomos um encontro
De cigarro  e isqueiro,
No qual a breve chama
Consumiu o fumo
E apagou-se, 
Sem deixar cheiros.

Teu pai é um nome
Que eu não conheço,
Portanto, esqueça-o,
Pobre Arlequim,
O que te importa,
O que te resta,
É essa face
Que nasceu de mim.

*

7 comentários:

  1. Triste realidade ,de muitos! Linda inspiração! beijos,chica

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  2. Ana, que belo poema minha querida! Lembrou que tanta coisa na vida gente é exatamente assim, pequenos princípios apagados. Gr. Bj. e um ótimo feriado pra ti!

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  3. Parabéns pela postagem que retrata a realidade de muitos, por aí... Bela lembrança e belo poema!
    Bjs,

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  4. Genial!
    Muito bem construído!
    Goste muito, muito, em nome de todos os Arlequins da vida!
    Beijinhos

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  5. Ana, uma realidade em forma de linda poesia. Gostei muito.
    Manoel

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  6. Meus sais Ana, que poema é esse? Assustador, profundo, inquisidor e até misterioso.

    Há muito mais aí do que nossos olhos leram. A construção é ótima e o tema deixou marcas na autora, talvez no super ego ou ainda lá no fundo do id... Sabe-se lá.

    Genial!!

    Você se supera a cada texto, ando orgulhosa desta amiga culta que tenho!
    beijo!!
    LU C.

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  7. São muitos os filhos do carnaval. Seus versos ficaram perfeitos, Ana. Bjs.

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