Ele se foi de mim,
E hoje uiva nas estepes,
Solitário lobo,
Sem casa e sem pouso,
Tão longe de mim!...
Ah, e eu te procurei,
E eu te quis por perto,
Num resgate
De peito aberto
Desse meu triste e imensurável
Deserto!
Lobo, se tu uivas
Em noites assim
De luar claro,
Algo estremece em mim...
Pois és a parte que me falta,
A que fugiu de mim
No dia em que nasci!
E eu espero,
E eu procuro,
Deixo a porta sempre aberta
E um bom naco de minha carne
Na esperança de rever-te,
Na esperança de juntar-me a ti,
Pedaço de minha alma!
Anseio pela alegria
De finalmente, reencontrar-te,
Parte ausente de mim,
Nem que seja
No limiar da incerteza,
No meu último dia,
Criatura Divina...
Muito sentido este teu poema, Ana !
ResponderExcluirDestaco o final :
Anseio pela alegria
De finalmente, reencontrar-te,
Parte ausente de mim,
Nem que seja
No limiar da incerteza,
No meu último dia,
Criatura Divina...
Um beijo e felicito-te pois tens uma fonte inesgotável de Poesia dentro de ti.
Ana, muito bem escrito e bem forte esse poema. Adorei o vigor da sua sensibilidade. Muito bom.
ResponderExcluirAbraços
Manoel
Olá!Boa tarde
ResponderExcluirAna
dizem que existem os dois opostos, o lobo que alimenta e constrói e o lobo que ataca, devora e destrói...o importante é saber que isso ainda existe no seu coração...
Indiferente de tudo, esse deixou marcas no coração, mesmo que não mais recíproco, e as vezes o pensamento se terá de volta uma parte que falta...
Meu carinho
Bom domingo/bom início de semana
Beijos
UAU!! Intenso, rubro, apêlo em pêlos de loba/mulher!
ResponderExcluirbacio