Os amantes febris, os sábios solitários
Amam de modo igual, na idade da razão,
Este orgulho da casa, os fortes gatos da mansão,
Pois, bem como eles, são frios e sedentários.
Amigos da volúpia e amigos da ciência,
Buscam a calma e o horror das trevas mais cruéis;
O Érebo tê-los-ia por seus fatais corcéis
Se pudessem mudar orgulho em obediência.
Adotam ao sonhar as nobres atitudes
De enorme esfinge a olhar além das solitudes,
A adormecer num sonho e que jamais termina;
Os seus fecundos rins tem mágicas cintilas,
E partículas de ouro, como areia fina,
Estrelam vagamente as místicas pupilas.
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Charles Baudelaire, em As Flores do Mal
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Charles Baudelaire, em As Flores do Mal
Este poema é magnífico, parabéns pela postagem. Abraço!
ResponderExcluirGosto mais de cães do que de gatos (rss), embora aprecie a beleza deles. Bjs.
ResponderExcluirAmo todos os animais, mas os gatos são para as pessoas realmente especiais,
ResponderExcluirsão sutil, super carinhoso e super amoroso, os meus filhos felinos que o digam ou sejam miam rsrsrsr
é um lindo poema, adoro gatos, tenho 2 gatinhas lindas.
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