witch lady

Free background from VintageMadeForYou

domingo, 14 de julho de 2013

Dias






Dias



Um a um, qual gotas esparsas,
Perfume de nuvem branca
Nas asas das garças
Que passam,
Penas que caem
Até que estanque o voo.

Pétalas roxas
Caídas do vaso de violetas.
Lagarta passando, lentamente,
Corpo em ondas sinuosas
E de repente,
-Passou!

Colar de contas enfileiradas,
Como os passos calculados
De uma jornada...

-Arrebenta,
Caem as contas,
Espalham-se,
Fio pendurado
Pendendo no vazio.

Nenhum sinal,
Nenhum aviso,
A brisa soprada que ergue a pluma
Arrancada
De uma asa que há muito
Não mais existe,
Mas fica a pena
(Da asa e da vida).

9 comentários:

  1. Ana ,

    Sua escrita sempre bela .
    Me encanta passar aqui e aprender com sua sensibilidade .
    Beijos

    ResponderExcluir

  2. Linda inspiração, Ana.
    Seu poetar é maravilhoso.

    Ótima noite.

    Beijo.

    ResponderExcluir
  3. A pena como metáfora
    a pena que cai no chão
    a pena da liberdade
    a que escreve o poema

    Luiz Alfredo - poeta

    ResponderExcluir
  4. Oi Ana, não há segunda feira sem poesia, por isso vim ler-te. No que fiz muito bem! Porque cada linha poética é farol na caminhada da vida.

    A asa pode não mais existir, mas fica a pena, marca da vida!
    bjs
    boa semana
    :)

    ResponderExcluir
  5. Sensibilidade e grande poder de criação e retratação. É Ana Bailune. Sempre Ana Bailune.

    ResponderExcluir
  6. Linda partilha...A luz das tuas palavras é um carinho ao coração.

    Abraço carinhoso Ana.

    ResponderExcluir
  7. Brilhante poema, uma verdadeira pérola. Gosto de ver esta descrição que fazes da vida, como pequenos pedaços que passam e jamais se repetem, mas MARCAM... Parabéns poetisa Ana Bailune!

    ResponderExcluir

Obrigada pela sua presença! Por favor, gostaria de ver seu comentário.

Parceiros

EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...