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quarta-feira, 24 de julho de 2013

A Idosa






A Idosa


Passava a mão pela testa
Enxugando o cansaço.
Apertando os olhos,
Mirava o horizonte
Tentando ver algo novo,
Diferente,
Curioso.

Cabelos brancos esvoaçavam
Em volta de um rosto magro
E às vezes, a chuva seguia
Nas valetas das muitas rugas.

Avançada em anos,
Tinha tão poucos bem vividos...
Chinelos gastos de tanto errar
Pela vida e pelos caminhos.

Mas ainda havia flores
Mesmo que já desbotadas
Na estampa do vestido.

11 comentários:

  1. Que lindos versos Ana, espero que em meu "vestido velho" ainda que desbotadas se possa perceber as flores!!!
    AMEI!

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  2. OI ANA!
    NOSSA, AMIGA, ME FIZESTE CHORAR.
    QUE INSPIRAÇÃO DELICADA TIVESTE, ADOREI.
    ABRÇS

    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  3. Que bonito,Ana!Apesar de toda tristeza de um tempo que se foi,as flores ainda estão no vestido,não foram esquecidas.Gostei muito!bjs,

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  4. Os anos de luta e dor desbotam as flores mas elas continuam a existir, exatamente como tão bem dissestes em teu belo poema Anne! Gr. Bj.!

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  5. Olá!Boa tarde
    Ana
    ...Muito lindo
    mesmo que poucos bem vividos, foram vividos.
    Me lembrou de mamãe que faria aniversário amanhã, dia 25.
    Obrigado pelo carinho
    Bela quinta feira
    Beijos

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  6. Ahh, que encanto!A gente vai lendo e vendo a estrada ficar cansada e sem brilho, mas o final surpreende, porque (ainda) há flores nos canteiros. Lindo, lindo!

    Não dá pra ficar sem ler Ana Bailune.
    bacios

    Obrigada por compartilhar do sarau! rs

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  7. Oi Ana
    Estou voltando com minha atividades blogosféricas, visitando os amigos. Muito comovente o poema, penso que vc sempre coloca emoção em seus escritos. Os idosos tem que serem respeitados por tudo que representam, cada ruga representa uma experiência única.
    Bjos.

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  8. Amiga, se pensarmos a vida, (esta), como única. Sempre teremos a nostalgia, a saudade a invadir nossas mentes. Se pensarmos a vida como realmente ela é: dinâmica e inesgotável, saberemos que um dia estaremos juntos de novo.

    Fraterno Abraço, MR.

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  9. O branco dos cabelos
    se aproximou da eternidade
    e confundiu os ponteiros do relógio
    as flores pálidas pelo tempo
    deixou o beija-flor perplexo
    e a velhinha ia devorando os calendários
    deixando as folhas em branco
    com aspectos lendários

    mui belo

    Luiz Alfredo - poeta

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  10. Oi Ana!
    Puxa menina... Que lindo poema esse hein...
    Ah, os idosos... As vezes tão desprezados, e ao mesmo tempo tão importantes né?

    Um beijão e fica com Deus!

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  11. "O mais belo triunfo do escritor é fazer pensar os que podem pensar."
    Minha querida, não poderia deixar de passar aqui para te parabenizar pelo dia do escritor, já é noite, mas não me impede de te desejar muita saúde e inteligência para que continues a escrever divinamente como escreves.
    Gosto muito de um pensamento de Paul Claudel "Os grandes escritores nunca foram feitos para se submeter à lei dos gramáticos, mas para imporem a sua”. E você amiga, faz isto muito bem. Parabéns! Felicidades!
    ABRAÇOS DA AMIGA LOURDES

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