Amargura
Guardei minhas mágoas dentro de um lenço
E sobre estas páginas, o sacudi.
As duras palavras, moí no silêncio.
Já dei por perdido o que há muito perdi.
Não levo comigo senão uma dor,
Que já nem me lembro se eu mesma escolhi.
A dor, já dormente, perdeu o amargor
Caída no tempo, penso que morri.
Mas há uma criança querendo viver,
Que dentro do peito, reclama e se agita...
Se a deixo dormir, a vida a desperta.
E esta criança quer ser, ressurgir,
Pois teima em sorrir, mostrar que está viva,
No fundo, eu entendo que ela está certa.
Que Amargura mais docemente descrita neste soneto espetacular... arrepiou amiga!
ResponderExcluirBjo
Su
A amargura nunca faz bem. Soltá-la é sempre preciso! LINDA inspiração! beijos,chica
ResponderExcluirAna Bailune
ResponderExcluirPara nossa própria saúde menta, nada com fixar apenas as nossa boas recordações, esquecendo as menos boas.
Beijios
Sempre há esperança quando se acredita em algo. Belo soneto amiga!
ResponderExcluirMuito bonito seu soneto!A amargura é mesmo um atraso de vida,nada como deixar falar nossa criança!bjs,
ResponderExcluirOlá Ana!
ResponderExcluirHoje;
não importa a hora a amargura é sempre dolorida.
Procuramos cores, procuramos amores , procuramos vida
e encontramos... as palavras que dão forma,mais que tudo, recriam a vida.
Um grande abraço.