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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Suavidade





As nuvens amanheceram qual um leve glacé cinzento que encobre o céu. Da minha janela, vejo a grama crescida, que precisa ser aparada... percebo a crítica que aparece espontaneamente - "Que precisa ser aparada" - e estraga um momento que poderia ser apenas lindo. 

Um casal de Cambaxirras vasculha o gramado a procura de comida, e para eles, a grama está perfeita assim.

No quintal do vizinho, as cores suaves da cerejeira. Um Bem-te-vi faz um voo rasante sobre a água da piscina. Silêncio.

Nós e nossas inúteis preocupações ... todas elas, sem razão de ser. Pois o que está consumado, é fato; o que se consumará, é destino.

Quisera ser como os pássaros, e receber cada manhã como uma dádiva, sem questionamentos, sem julgamentos e sem ansiedades. Eu às vezes consigo fazê-lo, e quando consigo, é tão bom, e o dia, perfeito! Mesmo que alguma coisa dê errado.

Abro a mão, e solto as rédeas do dia. Hoje.

7 comentários:

  1. Como é extremamente linda a natureza... Gostei do texto. Um bom dia e um lindo fim de semana

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  2. Uauau Cada dia uma casa nova de grande estilo um visual deslumbrante
    pingos de água,juntamente com o mehor,uma aula do saber e melhor ainda
    seguir este pensamento verdadeiro.Devagar Ana vamos evoluindo e crescendo
    somos aprendiz.Bjus\Flor*

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  3. A expressão pode, por vezes, e pelas mais diversificadas razões, ser coartada.
    Mas o pensamento, esse será sempre nosso !

    E tu hoje, Ana, acordaste livre como uma dessas aves que se sentem felizes no teu gramado por aparar.

    Um beijo e continua a soltar todas as rédeas.

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  4. Esse sentimento e obrigação é que costuma nos desanimar (rss). Mas ao iniciarmos a tarefa, tudo vai mudando de cor e nos trazendo prazer. Bjs.

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  5. Ana
    Quão boa é esta suavidade misturada no crescimento de alma...
    Quão bom é o descompromisso com as coisas deléveis.
    No bom sentido, poderíamos ser como o casal de Cambaxirras.
    Quisera tivéssemos o desprendimento das aves

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  6. Belo, belo... bonitinho isso: "Abro a mão, e solto as rédeas do dia."

    Beijos.

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  7. Oi Ana! Lindo poema! Livre , leve e solto com as aves que voam no céu! Adorei!! Bjuss

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