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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Cães: Ter ou Não ter?


Latifa, minha cadela





Cães: Ter ou não ter?

Eu não gostava de cães. Lembro-me que quando adolescente, eu quase enlouquecia com os cachorros da minha irmã. Mas, naquela época, eu não gostava de mim. Na verdade, não gostava de muita coisa.
Mas um dia, eu e meu marido nos mudamos do nosso 'apertamento' para uma casa com um pequeno jardim. E desejamos ter um cão. Mas ficamos vivendo o dilema de ter ou não ter por mais de um ano.
Até que um dia, passando por Itaipava num domingo a tarde, vimos um rapaz na beira da estrada segurando um filhote de Rotweiller. Ele (o cachorro) era lindo! Tinha cara de zangado, a cabeça maior que o corpo e o focinho curto, perfeito. Além disso tudo, tinha pedigree!
paramos o carro e ficamos conversando com o rapaz, olhando para o cãozinho (que nos ignorou completamente). Fomos tomar um café. Decidimos: se ele ainda estiver lá quando voltarmos, nós o levaremos para casa.
Isso foi há quatorze anos e meio. Aleph morreu aos treze anos e meio, em 2011.
Ao contrário do que sempre nos disseram os 'amigos', fazendo comentários do tipo 'ele vai mudar com o tempo', 'esse cachorro é assassino', ou 'parece o Max' (do filme Max: fidelidade assassina), ele sempre foi doce, alegre e inteligente. Implacável na defesa de seu território, mas amável com as visitas, desde que elas estejam comigo. Nunca tivemos problemas com ele.
Na verdade, ele mudou as nossas vidas para melhor. Aleph fazia coisas incríveis. Até me esquecia de que ele era um cachorro. Certo dia, ele estava deitado na varanda, e eu o observava, deitada na rede, quando vi uma enorme formiga indo na direção dele. Num impulso, eu disse: "Aleph, olha a formiga!" Imediatamente, ele levantou a cabeça e olhou na direção da formiga, esmagando-a com uma patada. Como é que ele sabia o que é uma formiga?
Um dia, ele estava indócil: latia e choramingava, e eu não sabia o que ele tinha. Dei comida, troquei a água, arrumei os cobertores, acariciei seu pelo, e ele me olhando com aquela cara de trouxa, latindo e ganindo para mim. Esgotada a paciência, gritei: "O que você quer?" Ele foi até a porta da geladeira e se sentou, olhando para mim. Queria uma salsicha.
Uma vez, após uma 'discussão doméstica', meu marido estava muito chateado e foi para o quintal, para esfriar a cabeça. Aleph sempre foi muito ciumento com seus pertences , principalmente tratando-se de comida, deitando-se sobre eles quando meu marido se aproximava, ou então rosnando, embora jamais tenha atacado ninguém. Naquele dia, ele surpreendeu: acho que percebeu que meu marido estava chateado, e então pegou seu osso preferido - aqueles fedorentos, de couro de boi - e levou-o para meu marido, empurrando-o contra sua perna. Entendemos a mensagem: "olha, não chora não, eu te dou o meu osso."
Eu recomendo: tenha um cachorro. Ele será seu melhor amigo, terapeuta, entretenimento, guardião, filho, ouvinte, irmão, enfim, um motivo a mais para se viver. Compensa toda as despesas, os 'montes' em cima do gramado, os buracos no quintal, as noites de insônia que você vai passar ao lado dele quando ele ficar doente, os latidos, a baba, o bolo de pelos que se forma toda as vezes que você varre a casa, mesmo que ele fique só do lado de fora.
Quem nunca teve um cachorro realmente não sabe o que está perdendo. Mas está perdendo muito!

Aleph, meu falecido cão, e Latifa ainda jovem (hoje ela tem oito anos)

6 comentários:

  1. Concordo inteiramente. Enche a casa, enche a vida, enche o coração.
    Beijo

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  2. Admiro quem gosta de tê-los. Acho que vou morrer só com o imaginário Daggerlor.

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  3. Muito bom ter um animal e tratá-lo bem, então, melhor ainda. Nada contra os cães, mas eu prefiro os gatos.

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  4. Quando menina, tínhamos cães em casa. Quando faleciam, era um sofrimento. Adulta, nunca pensei em ter um, porque passava o tempo todo fora e não teria como cuidar. Apartamento, em minha opinião, não é bom para o cão, mas minha irmã tem um e, por mais que reclame, ela o ama. Não só ela, mas filhos e netos (rss).
    Bjs.

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  5. Prefiro tê-los
    tenho oito poodles
    e a minha é a Filomena
    Filo as vezes
    carinhosamente loló
    outras vezes nena
    ela acompanha minha vida
    poética
    e minha parceira
    em muitos poemas
    quando um não fica bom
    ela lati com o olhar
    gostei da Latifa.

    Luiz Alfredo - poeta

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  6. Já tive vários e eles realmente fazem coisas espantosas, pena que agora em apê não dá mais. Abrçs. Helena

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