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segunda-feira, 12 de março de 2012

A Quem Pensa que Estou Morta

A Quem Pensa que Estou Morta


Tem gente que pensa que só existe vida lá, no lugar onde eles estão, que é o lugar de onde eu vim. Mas eu descobri que há vida, e muita, fora de lá! Vida que pode ser feliz... tranquilidade! Cada um tem seus motivos para fazer as escolhas que faz, e não cabe a mim julgar a ninguém, mas o que posso dizer, é que ser exilada foi uma coisa muito boa que me aconteceu... estou 'na estrada' e pronta para desvendar novos horizontes, novas pessoas, novos lugares.

Ainda há pouco, dei um voo pelo lugar de onde eu vim. Muitos pensam que eu estou morta, ou infeliz, e cantam vitória. Encontrei por lá as mesmas coisas que deixei: pessoas mascaradas que sorriem umas para as outras  enquanto se espetam e se mordem, e que só desejam estar na lista dos cem mais da vida... para isso, precisam aparecer. Precisam que alguém as visite por dois segundos e deixe uma mensagem. Não interessa se elas estão sendo consideradas ou não, não importa se o que elas dizem foi escutado.

Pessoas doentes, com várias personalidades, psicopatas, figuras tristes...

E as pessoas de bem que existem por lá, não percebem o quanto estão vendendo a alma pelos cinco minutos de fama...elas se encolhem, morrendo de medo de terem suas bocas fechadas por um esparadrapo a qualquer momento.

Eu hoje estou Fernão Capelo Gaivota, que decidiu descobrir os outros prazeres que o voo pode oferecer. Estar fora do bando, que só voa para encontrar comida, está sendo uma deliciosa experiência. Principalmente, por saber que aqueles do bando - poucos - que ainda me procuram, são os que realmente gostam de mim. É tão bom viver na verdade! E eu quase me perdi naquele bando. Quase tornei-me uma deles.

Eu hoje escutei o canto de vitória de alguns que lá ficaram, ainda alimentando-se dos restos de farelos que catam por lá. E não senti nada, não me enfureci como costumava. Porque aquela vitória que eles cantam, não me interessa mais. A única vitória que eu quero, é a minha paz de espírito, é a minha verdade, é ser eu mesma sem medos e sem esparadrapos.

Eu não estou morta, estou bem viva, muito feliz e satisfeita. O exílio trouxe-me maleabilidade, e ajudou-me a desinflar meu ego, que estava fazendo com que eu me comportasse como uma das gaivotas mascaradas, que procuram os restos de peixe podre que as embarcações jogam fora. Estou como em viagem, desfrutando de uma nova casa de campo onde há um belíssimo jardim, muitos pássaros e coisas bonitas, e muita, mas muita paz!



6 comentários:

  1. Paz, Luz e Alegria em seu novo espaço!___ Lembra-se de um e-mail que lhe enviei há uns meses, Ana? Dizendo-lhe que tinha (e tem) talento e um nome a zelar? Isso é que é realidade. Isso é você, que escreve bem, muito bem, tem coisas importantes e belas e lídimas para dizer. Não precisa de ninguém. Não deve servir de "escada" para ninguém. Não pode misturar-se a alguns fanfarrões sem causa (desculpe-me dizer assim...) Duelar, muitas vezes, ainda são resquícios das revoltas juvenis. Num espaço como o RL? De gente pra lá de adulta? Num universo tão heterogêneo, mais de 20 mil associados que não se sabe quem são, que caráter têm, que tipo de vida levam, como enxergam o mundo, que problemas trazem para a telinha e, o mais importante, o que pretendem no RL? Por que vieram? Loucura expor-se lá, Ana! Quantas vezes não tive as asas chamuscadas ou me lançaram à fogueira, fui alvo de comentários torpes, calúnias, pretensa "dona de poderes" que nunca tive, chamada de antipática, assoberbada, ferida sem motivo? 98% das vezes foram questões que não eram minhas, que não causei, mas em que me meti para clamar justiça... Quem clamou por mim quando precisei? Sou uma simples e modesta escritora, Ana. Acredite quem quiser! Mas sou séria, aplicada, empenho-me, escrevo com afeto e labor, sabendo ter muito a aprender. Sei que você também é assim. Uma sempre-viva colorida. Permita-lhe dizer-lhe, amiga: a liberdade de expressão também termina no direito e liberdade de expressão do outro ou nas normas de uma casa. Essa me parece ter sido a mola da confusão. Não acompanhei tudo. Peguei o bonde já a caminho.__ O tempo coloca direitinho TUDO e TODOS nos seus devidos lugares e no Alto há um Pai que nos encaminha para o melhor. Talvez seu melhor lugar, NO MOMENTO, seja aqui! Sem nenhum tipo de cobrança (comentários, visitas, comportamento x ou y, corporativismo, normas). O importante é sentir-se BEM, FELIZ e ter serenidade, amor e amizade verdadeiros.__ Beijos. Virei sempre que puder. Kathleen

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  2. Que bom te encontrar. Vi teu endereço na página do Marcelo e cá estou para te desejar muitas alegrias e grandes realizações.

    Caloroso abraço,

    Jandira.

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    1. Olá, Jandira! Seja sempre bem-vinda! Obrigada pela sua honrosa visita!

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  3. Neusi Sardá
    Olá Ana!___ Vim visitar sua nova casa... está tudo lindo. Como falei pra você por e-mail ONDE QUER QUE VOCÊ VÁ O TEU TALENTO TE ACOMPANHARÁ, VOCÊ É UMA GRANDE ESCRITORA! Que você construa aqui um jardim tão lindo ou mais lindo que o da outra página... SUCESSO SEMPRE! Um abraço.

    Então é isto, Ana... tem muitas pessoas sentindo a sua falta no Recanto. Existem pessoas excelentes por lá também.

    O seu primeiro texto está maravilhoso. Você se colocando como Fernão Capelo Gaivota... muitas vezes senti isto também, mas estamos neste mundo, acredito que para isto mesmo: para vencermos obstáculos, e isto a gente aprende sozinho, colocando-se longe do bando. Mas não sinta-se banida, sinta-se querida por muitas pessoas, afinal, nem Jesus agradou a todos, né?

    Um abraço, e tenha uma linda noite!

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  4. OI ANA !!!

    Cada vez percebo que meu animal não morreu. Tudo que você relata sobre a A "AURA MEDIOCRITA" MACHADIANA percebí. Tambem percebí que tinha um diferencial em você que denominei DNA POETICO NO SANGUE. ENTROU NO TEMPLO DA CONSCIÊNCIA CRITICA. Apos viver 70 anos não me sinto mais só. IRNUS

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  5. vim parar neste texto excelente e oportuno, embora já antigo, ao procurar saber mais sobre uma tal Neusi Sardá. como você - e a maioria, acredito - também já fui chamuscado por esse poço sem fim de medíocres carentes que é a web. por isso a precaução.

    afinal, não se pode emitir opiniões honestas, tem que ser todo mundo igual, sorridente e camarada. e dar os tapinhas nas costas pra última obra-prima xexelenta do mendigo de comentários. saí dessa, desse ciclo do famebook. dá pena perceber como tem doente e necessitado nesse mundo, abusando de clones para se aplaudir e rir de outros. ainda bem que na vida real clonagem ainda não chegou lá... rs

    mas resumindo, minha política agora é assim: mais leitura, menos opiniões. difícil resistir dar um pitaco, mas é melhor para todos, inclusive aos viciados... rs

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