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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Corte & Costura



Quando eu era pequena, minha mãe tinha uma daquelas máquinas de costura Singer, de pedal. Ali, ela fazia vestidinhos e batas para nós, e também fronhas e lençóis para a casa. Lembro-me de uma calça de lã marrom que ela fez para mim, e na primeira vez em que usei, levei um tombo e rasguei-a no joelho... de castigo pela minha desobediência (minha mãe tinha mandado eu parar de correr algumas vezes, antes do tombo), ela a cerziu e tive que usá-la assim mesmo; morria de vergonha de ter que usar a calça cerzida no joelho!

Minha mãe também fazia nossos vestidos de festa caipira para o colégio, e uma vez, confeccionou meu vestido de noiva! Noiva caipira, é lógico.



Mas naquela máquina de costura, ela ensinou minhas irmãs a costurar. Uma de minhas irmãs, a Ester, aprendeu rapidamente: logo, ela estava costurando calças modelo pantalonas saint-tropez para a mulherada toda da vizinhança, e as calças que ela costurava, faziam o maior sucesso. Minhas outras duas irmãs também aprenderam logo, mas eu era uma negação... nunca consegui passar linha na máquina, muito menos, costurar.

Minha mãe tentou de tudo: bordado, tricô, crochê. O máximo que ela conseguiu, foi ensinar-me a pregar botões. Eu era - sou - uma negação em trabalhos manuais. Quem fazia as roupinhas para minha boneca Suzi (uma antepassada da atual Barbie), era uma amiga, cuja mãe trabalhava em uma malharia, e sempre tinha muitos retalhinhos coloridos em casa.



Aprendi a fazer pulseirinhas de palha, entremeadas de contas. Nisso, eu era boa! Chegava no colégio e trocava com as outras meninas por roupinhas de boneca, ou então, vendia e comprava mais continhas para fabricar mais pulseirinhas e colares. Eu amava fazer aquilo!




Já casada, eu tentei fazer fuxicos. Não, não estou falando de fofoca maldosa, mas daqueles pedacinhos de pano cortados em formato redondo e depois franzidos; quando se tem uma porção deles, a gente emenda os pedaços e faz colchas, almofadas e o que mais a imaginação mandar. Investi fundo na compra de retalhos. No começo, foi divertido, cortar os paninhos e sentar na rede para franzir os fuxicos, jogando-os num saco plástico ao ficarem prontos; mas na hora de montar a colcha... céus! Que desgraça... ficou tudo um horror, e minha fase-fuxico passou como uma ventania.

Não adianta; quem nasceu para lagartixa, jamais chega a jacaré. Não sei costurar, e pronto. Mas sei fazer um doce de abóbora que ninguém faz melhor!



2 comentários:

  1. Ainda bem que sabe fazer o doce e eu nem isto sei, e também não sei costurar.
    Bjs. Adorei o post.

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  2. kkkkkkkkkkk Eu tb sou uma negação com agulha e linha. E olha que minha mãe tinha a tal máquina Singer e eu ficava horas vendo as costuras dela, todas tão caprichosas. Ela tb fazia meus vestidos, pantalonas e tal, era um primor com agulhas e linhas.

    Fazia também tricô, mas quem ensinou crochê pra ela fui eu rsrsrs... ahahaha. Mas pergunta se eu gosto disso? Afff

    Ahhh vc faz fuxicos?? Opsss, fazia. Eu tb tive vontade de fazer, mas saí correndo, ´só de pensar na agulha, affff.

    Olha Ana, o que eu curto de artesanato são as pinturas em MDF e scrapbook.
    Adorei a blogada e que saudade que me deu da Susi.

    bjs

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