Brinca de esconde-esconde
Olha-me de trás da cerca,
Sobe a montanha e escorrega
Para cada vez mais longe...
Fica por trás da cortina,
Queda-se dentro de um livro,
Ou pendura-se às palavras
Em busca de um abrigo.
Visita-me em noites insones,
Dorme aos pés da minha cama,
Mas desperta sempre antes
Que a manhã nos encontre.
Caprichoso e tão mimado,
Ele me olha, calado,
Nos mais impróprios momentos
Querendo ser escutado!...
Se não o ouço, ele foge,
Desembesta pela mata
Ou voa para as estrelas
E de lá, ele me olha...
Acorda-me nas noites frias
Arranhando a minha porta,
Uivando desesperado
Pelas minhas horas mortas.
Mas quando eu o chamo, ele vem,
E aconchega-se, feliz
Na barra da minha saia;
Não o perco por um triz!
Pega minha mão, paciente
Descrevendo alguma cena,
Nos recônditos da mente
Renascendo em um poema.
Lindo demais,Ana!!! Belo poema! beijos,chica
ResponderExcluirO coração Ana, prega partidas, por um lado mas também nos pode encaminhar para um poema de encantar, como é o caso.
ResponderExcluirBeijos
ResponderExcluirQue lindo, Ana!
Ele vive em sua alma inquieta e inspiradíssima.
Adorei!
Beijo.
E que coisa mais linda este poema renascendo em tua mão.
ResponderExcluirELE é um grande amigo, com certeza!
Um abraço