Um cão raivoso,
Osso bem preso
Entre suas patas...
Nada lhe agrada,
Ou alivia
O seu pesar...
-Nada!
Uiva sozinho
Pelo caminho
Sonha com um mundo
Bem diferente...
Ele reclama
Do osso duro
Da vida dura
Que há de roê-lo;
Ele reclama,
Do osso duro
E a si engana,
Pois não o larga
Nem o consome.
Morre de fome
O pobre cão
Sem ter ninguém
Que o assista...
Mas na verdade,
O que ele quer,
O que deseja,
É que lhe notem!
Então, rosnando,
Faz um buraco,
Enterra o osso
E deita sobre
A terra fofa.
Quem se aproxima
Daquele cão
Ganha um rosnado
E a exposição
De muitos dentes
Bem afiados!
Mas não; não larga,
Jamais entrega
O osso duro
Que tanto odeia!
Também há muita gente assim, ANA !
ResponderExcluirBelo poema à volta de...
Um beijo ( cada dia te admiro mais, o pior é que vou de férias amanhã !...)
Olá Ana
ResponderExcluirSomos como os cães, morremos mas não largamos o osso.
Bjux
Ana Bailune
ResponderExcluirO cão, na sua liberdade animalesca, nem come, nem larga o osso.
Ao contrário de muitos animais, ditos humanos, que tudo abarbam.
Beijos
Oi Ana!
ResponderExcluirEsse as vezes é nosso problema... Detestamos ter que carregar ossos duros de roer, mas não o largamos.
Talvez no íntimo nós tenhamos esperança de amolecer esses ossos, e nos agradar com eles, mas isso raras vezes acontecem e a gente não acorda né? COMO SOMOS BOBINHOS!
Olá Ana, não sei se estou enganada, mas entendo este seu poema como metáfora. Existe pessoas que são exatamente assim cão raivoso. Mas as vezes involuntariamente ou não somos cães raivosos
ResponderExcluirMas não; não larga,
Jamais entrega
O osso duro
Que tanto odeia!
Odiamos o osso duro, mas não entregamos. Adorei amiga!! Parabéns!! Bjuss
Muito bom , Ana , como sempre . Obrigada . Beijos
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