Eu nunca tive tantos vestidos!...
E eles me olham, em fileiras,
Querendo ser os escolhidos.
Há brancos, verdes e vermelhos...
-Existe um bem transparente,
E outro, sagaz como um espelho!
Vestidos longos, curtos, midi,
Outros de barras tão compridas
Que se arrastam pelo chão...
Há os estampados bem alegres,
E outros, em ton sur ton,
São debruados de ilusão.
Existe um, que eu bem sei,
É como a roupa nova do rei
Que deixa à mostra o escondido...
Há um no fundo do armário
(Não o escolho; ele me escolhe)
E dele, eu tenho muito medo:
Me aperta como um espartilho,
Esmaga o peito, esse vestido!
-E ele é negro, negro, negro...
Eu sempre preferi ser escolhido a escolher ...
ResponderExcluirAs mulheres ficam mais belas com vestidos brancos... Lindo poema, amiga!
ResponderExcluirUm poema muito bonito e bem criativo...Beijos.
ResponderExcluirAna, boa tarde, bom começo de semana, aqui a ler esses lindos versos sobre vestidos a escolher, amo todas as cores, mas o vestido negro é mesmo lindo, uma cor que dá sorte, ao contrario do que muitos dizem, ser a cor da morte!
ResponderExcluirNão sei se sabes, mas na umbanda eu li que a cor do luto é o branco, lendo aprendendo refletindo para ver se há fundamento!
Abraços minha linda amiga, ter muitos vestidos é mesmo a glória né?
Interessante!
ResponderExcluirAdorei o poema, muito original e criativo, e, ao mesmo tempo, nos faz refletir. Por exemplo, ao pensarmos na roupa nova do rei e no simbolismo das cores. Não sei confirmar o que disse Ivone a respeito da cor branca na umbanda, mas sei que na China antiga, o branco era a cor do luto, e o vermelho, da pureza, tanto que o traje nupcial das jovens era vermelho. Abraços
ResponderExcluirANA,
ResponderExcluirseguindo você aqui também. Como poderia resistir?
E no amor também é assim.
Desfilam em nossa frente,milhares de pessoas,mas...um só nós o escolhemos.
Falo do amor romântico e verdadeiro!
Aquele que quando vestimos o nosso coração,nos apazígua...
Um abração carioca.