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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Um Futuro Sem Memórias





Histórias gravadas na pedra, papiros, pergaminhos, livros de papel... antes, tudo era registrado usando estes materiais, e acho que se não fosse por isso, nós não saberíamos tantas coisas sobre o passado quanto sabemos. Mas hoje, tudo é armazenado em nuvens que a qualquer momento, podem ser sopradas por algum vento virtual e desaparecer do céu; fotos, textos e reportagens são postadas em blogs e sites que podem sumir mais rapidamente do que piscamos os nossos olhos. Pendrives (já tive várias músicas e textos perdidos devido a pendrives defeituosos) e midias guardam nossas lembranças e memórias de família - que antigamente, ficavam em álbuns de papel.

E tudo pode sumir, desaparecer devido a uma simples pane na eletricidade ou na internet. De repente, um hacker pode invadir nossos espaços virtuais, apagando o conteúdo de toda uma vida, a obra de muitos anos. Sem falar na mais nova modalidade de sequestro - o sequestro de dados. Um cracker entra nos computadores de grandes empresas, e literalmente, sequestra todos os dados das mesmas, exigindo resgate para que volte a liberá-los. 

Pendrives são tão frágeis! Um amigo me contou que perdeu quase todas as fotos de viagens que ele registrou desde 2006! E olha que ele viaja muito... eu mesma, ao formatar meu computador de forma descuidada, acabei perdendo várias fotos e aulas que eu tinha preparado.

E se, num futuro distante,  houver uma hecatombe? O que sobrará da nossa história para aqueles que encontrarem nossas ruínas? haverá algum registro? Antigamente, havia as enciclopédias. Tudo o que alguém poderia desejar saber, estava armazenado nelas. Recentemente, a Enciclopédia Britânica anunciou que, pela primeira vez desde que começou a ser publicada em 1768, deixará de imprimir suas publicações. Achei um pouco assustador.

Vivemos em um mundo frágil. Nossa história recente transita por aí em nuvens virtuais, sites, blogs, leitores virtuais, pendrives, CDs e DVDs. Aos poucos, vamos entrando na era da informação flutuante. Mas... e se ela afundar?


9 comentários:

  1. Ana, bom dia? O papel virou pendrive, dvd de dados, mas sem eletricidade não há como ler. Talvez, e eu espero que isso aconteça, cada vez mais, usaremos energias verdes, renováveis, como o sol, para gerar energia limpa...Mas isso não não protege de um futuro sem rastros... Beijoquitas :-)

    PS.: Inclui você em um grupo (facebook) - Livros à venda. Inclua seus livros lá. Espero que esse grupo se torna uma enorme vitrine literária e que as pessoas possam conhecer escritores talentosos, como você! Beijoquitas lindona :-)

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  2. Ana Bailune, merece muita ponderação, o que deixas escrito. Há que precaver o futuro, de que não tenho feito caso, embora já tenha perdido registos, ir arquivando tudo em drives. Aqui em Portugal, pelo menos na nova geração de computadores, haverá segurança acrescida, mas os hacker's os desonestos (frise-se) fazem parte da pirataria e o gozo deles é descobrir explorar novas formas de fazerem controle remoto. Procurarem estar sempre um passo à frente.
    Beijos

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  3. Acho que a coisa ainda não é tão assustadora assim, mas é bem-vindo refletir constantemente sobre o próprio comportamento, por enquanto temos as bibliotecas físicas e eu, mesmo tendo uma formação em Informática, não abro mão de imprimir as fotos que mais gosto em um álbum de papel, ou de ter uma cópia impressa dos meus textos já publicados, ou de não colocar na rede ou no computador nenhuma informação mais delicada. Tenho meus cadernos e diários, mas sou de uma geração que aprendeu a escrever com a mão, usando lápis e papel. Não sei como será com a minha filha, mas uma boa política de backup, se não resolve, já ajuda. Um abraço, Ana. Oportuna reflexão.

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  4. Olá,Bom dia,Ana
    sim, perfeita a sua análise,por isso creio que ,para as empresas de alta tecnologia, o desafio é produzir meios de armazenamento que possibilitem não só o armazenamento de bilhões de informações , além de oferecer a possibilidade de Recuperação em tempos cada vez menores. Até entendo a preocupação em fazer uso dos "armazenamentos" tradicionais, de forma física, tais como os albuns, cadernos , discos rígidos etc...procedimentos que ainda faço...mas, vejo que ...por fim, trata-se de um cenário divergente e perigoso, pois se por um lado a tecnologia nos permite cada vez mais recursos poderosos, por outro, os desafios, conforme bem descrito em seu post,da fragilidade sugerem exatamente um incremento destes recursos em forma de segurança e arquivos de recuperação...
    Obrigado pelo carinho, belo dia de quinta feira, beijos

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  5. Ana! Sou otimista qto a isto ... apenas uma mudança de paradigmas e de fórmulas ... no mais nada muda ... penso q hoje a história está mais protegida no sentido de eventuais perdas e a memória continuará registrada ...

    beijão

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  6. Tem razão em tudo que falas, porém a tecnologia moderna, parece que visa mais o lucro, do que a preservação.
    Beijos.

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  7. Ana, acho que atribuímos uma solidez que na realidade não existe em termos virtuais. A internet é enganosa neste aspecto, fazendo-se parecer eterna. Mas como bem colocou, pode tudo afundar...
    Beijo

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  8. Ana, também tenho receio. Não há segurança. Mas é o único meio de se economizar papel, agilizar as informações... A vida mudou e temos que conviver com os novos recursos. Bjs.

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  9. Ana, realmente. Estamos caminhando para um horizonte novo!
    Talvez nas próximas inquisições (eventuais,) percam muito mais literatura. Com certeza mais das que já perdemos no passado.
    “ hecatombe” — Um apagão virtual
    Seu texto é bem reflexivo

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