Despertei com os relâmpagos;
O tremor do chão da casa
Por onde corriam as memórias.
E elas erguiam-se, esguias,
Iluminadas pelos raios,
Fantasmas criando vidas
Sombras dançantes nas paredes do quarto...
Caíam em gotas pesadas
Contra o vidro da janela, como a convidar:
"Lembre-se de nós!..."
De olhos entreabertos,
Eu as via passar, tal qual
Rodopiante melodia sem pauta
Nascida na cítara fria
Como canção sussurrada
Do que eu não posso esquecer.
De vez em quando, a Vida é atormentada por relâmpagos e talvez fantasmas. Não outra maneira que os enfrentar com muito cuidado.
ResponderExcluirAbraço.
maravilhoso e muito inspirado!
ResponderExcluirAs memórias se revivendo com as chicotadas dos relâmpagos, criando um momento fantasmático que, talvez, a inesquecível canção sussurrada explica. É Ana Bailune!
ResponderExcluirAmiga Ana, amei a poesia, embora seja assustador, amo ver os relâmpagos, chuvas torrenciais me fascinam!
ResponderExcluirAmei o visual do blogue, lindo demais!!!
Abraços e tenhas uma linda tarde!
Ana, ah como as casas guardam vidas né minha amiga? Seu poema despertou viagens em mim. Gosto..desse nublar velado em teus poemas.
ResponderExcluirbacios
Inspirada Ana viajando belamente pelas memoriass
ResponderExcluircom bela propriedade. Otima construção amiga.
Um abração.
Em dias assim, elas se mostram mais relutantes em nos deixar em paz. Saiba Deus porque...
ResponderExcluirMuito bom.
bjos
Os fantasmas estão sempre presentes. As memórias não se ausentam. E a tempestade torna tudo visível. Bjs.
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