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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Relâmpagos






Despertei com os relâmpagos;
O tremor do chão da casa
Por onde corriam as memórias.

E elas erguiam-se, esguias,
Iluminadas pelos raios,
Fantasmas criando vidas
Sombras dançantes nas paredes do quarto...

Caíam em gotas pesadas
Contra o vidro da janela, como a convidar:
"Lembre-se de nós!..."

De olhos entreabertos,
Eu as via passar, tal qual 
Rodopiante melodia sem pauta
Nascida na cítara fria
Como canção sussurrada
Do que eu não posso esquecer.




8 comentários:

  1. De vez em quando, a Vida é atormentada por relâmpagos e talvez fantasmas. Não outra maneira que os enfrentar com muito cuidado.
    Abraço.

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  2. As memórias se revivendo com as chicotadas dos relâmpagos, criando um momento fantasmático que, talvez, a inesquecível canção sussurrada explica. É Ana Bailune!

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  3. Amiga Ana, amei a poesia, embora seja assustador, amo ver os relâmpagos, chuvas torrenciais me fascinam!
    Amei o visual do blogue, lindo demais!!!
    Abraços e tenhas uma linda tarde!

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  4. Ana, ah como as casas guardam vidas né minha amiga? Seu poema despertou viagens em mim. Gosto..desse nublar velado em teus poemas.

    bacios

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  5. Inspirada Ana viajando belamente pelas memoriass
    com bela propriedade. Otima construção amiga.
    Um abração.

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  6. Em dias assim, elas se mostram mais relutantes em nos deixar em paz. Saiba Deus porque...

    Muito bom.

    bjos

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  7. Os fantasmas estão sempre presentes. As memórias não se ausentam. E a tempestade torna tudo visível. Bjs.

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