Uma interação com Henrique Pitt, do Recanto das Letras
O próprio tempo - I - Henrique Pitt
Eis
que as águas seguem
passando, em meândricos
movimentos, de novos rios
e “a gente”, correm;
e as montanhas descem
lentamente, abaixam-se
solenemente, curvando-se
e “a gente” se afirmam;
Eis
que as pedras rolam
em seixos, à gravidade
em seios, à intempérie
e “a gente” se fixam;
e as areias passam
nas ampulhetas, levadas
pelas águas, lavadas
pelo tempo, calmas
e “a gente” não.
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O próprio tempo - II - Ana Bailune
A gente não passa, como as areias,
Mas fica retida nas teias
Que o tempo teceu no caminho.
A gente não rola, como as pedras,
Mas fica no leito de um rio
De águas bem congeladas.
A gente não passa; só fica,
Tatuada feito estátua
Na pele de outras memórias...
Talvez a gente se lembre,
Talvez reste mais que a gente
Quando acabar a história.
Olá!Bom dia
ResponderExcluirAna
... pela "interação" com o Henrique, parabéns à ambos!
... o tempo nos joga de um lado pro outro, mas se mantém impassível seguindo seu tempo, mesmo que o mundo esteja um caos...e quando acabar a história talvez reste mais que a gente e isso só o próprio tempo dirá!
Agradeço pelo carinho!
Bela terça feira
Beijos
Lindo! Uma verdadeira harmonia entre os dois.
ResponderExcluirOs rios "a gente" seguem em busca do encontro com o "Ser Maior", o mar
Beijos.
Sensacional tua inspiração,Ana! Beleza demais! beijos,chica
ResponderExcluirHummm, que mistura fina hein?
ResponderExcluirA construção faz jus aos versos que descem vigorosos revelando toda amplitude a que o ser humano está sujeito dentro das intempéries desse "tempo" que chega assim na beira da ponte I saltando para a ponte II.
Vocês formaram uma conjução perfeita.
Parabéns a ambos - poetas de grande qualidade.
abraços da Lu
Ahhh me empolguei no coment e esqueci de dizer que o layout do blog está impecável e poderia ficar aí um bom tempo.
ResponderExcluirSabe Ana, ao olhar o template eu vi tantas imagens, amiga.... vc nem imagina. Coisa doida né? rs
bacios
O tempo tece as mais belas formas de expressões, umas delas é a poesia, que revela o eco do coração! abraços
ResponderExcluirTempo! O senhor de tudo! O senhor da vida!
ResponderExcluirAdorei , o tempo como senhor de tudo,
ResponderExcluirmas não somos como algumas das figuras apresentadas,
bjs
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Boa noite Ana!
ResponderExcluirE o poder que o tempo tem!!! O tempo é um grande mestre. É preciso saber lidar com ele.
Um abraço.
M. Emília
Linda esta sintonia Ana na otima interação e assim cantaram o tempo com toda sua arte.
ResponderExcluirParabens a voces.
Meu terno abraço amiga.
Perfeito e brilhante em duas partes
ResponderExcluirE eu só posso dizer
Talvez!...
Maria Luísa
Ilustrou com maestria a indiferença e frieza do Tempo... Aplausos poetisa!
ResponderExcluirAna, ficou lindo demais! A gente passa, o tempo se esgota, e ficam as marcas. Bjs.
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