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sábado, 5 de outubro de 2013

O Manual Para a Vida - Epicteto - Parte I





Trechos de "O Manual Para a Vida" - Epicteto
Tradução de Frater Sinésio - organização Rafael Arrais


Seguindo Epicteto e os estoicos, devemos ter sempre em mente os infortúnios da vida, e o conhecimento de que há coisas que estão sob nosso controle e outras que não estão. Somente assim saberemos que podemos sim perder, mas que não somos perdedores. E, da mesma forma, também saberemos que podemos sim, ganhar, mas que não somos ganhadores.





"As coisas se dividem em duas: as que dependem de nós e as que não dependem de nós. Dependem de nós o que se pensa de alguma coisa, a inclinação, o desejo, a aversão, e, em uma palavra, tudo o que é obra nossa. Não dependem de nós o corpo, a posse, a opinião dos outros, as funções públicas, e, numa palavra, tudo o que não é obra nossa. O que depende de nós é, por natureza, livre, sem impedimento, sem contrariedade, enquanto o que não depende de nós é fraco, escravo, sujeito a impedimento, estranho (Enchiridion I)


"O que perturba a mente dos homens não são os eventos, mas os seus julgamentos sobre os eventos. Por exemplo, a morte não é nada horrível - ou então Sócrates a teria considerado como tal. Não, a única coisa horrível sobre ela está no julgamento dos homens de que ela é horrível. E assim, quando estamos perturbados ou impotentes ou ansiosos, que nunca venhamos a  colocar a culpa sobre os outros; mas sim sobre nós próprios, ou seja, sobre os nossos próprios julgamentos."




"Acusar os outros das nossas desventuras é um sinal de falha de educação; acusar a si próprio mostra que a educação daquele indivíduo teve início; acusar nem a si próprio nem aos demais mostra que a educação do indivíduo está completa."



"Não questione se os eventos deveriam acontecer tal como você desejaria, mas deixe que sua vontade seja a de que os eventos devam acontecer tal como eles ocorrem, e você terá paz."


"Nunca diga de algo: "Eu o perdi"; mas diga: "Eu devolvi". O seu filho morreu? Foi devolvido. A sua esposa morreu? Ela foi devolvida. As suas propriedades lhe foram tomadas? Isto também não foi uma devolução? Mas você diz: "Aquele que me tomou aquilo é malvado." O que lhe importa através de quem o Ofertante obteve a devolução? Enquanto Ele lhe dá algo seu, trate-o como viajantes tratam uma hospedaria."







Epicteto nasceu escravo, mas mesmo assim foi uma das almas mais livres do mundo.







12 comentários:

  1. Ana, se a gente conseguisse seguir tudo isso, seria bem mais feliz e livre...

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  2. Também gosto deste:

    Nunca te intitules Filósofo nem fales demasiado sobre os Princípios com os iletrados; faz, antes, o que deles decorre. Assim, num banquete, não discutas como devem as pessoas comer, mas come como é devido. Lembra que Sócrates evitava inteiramente a ostentação. As pessoas vinham a ele encaminhadas a filósofos, e ele próprio as encaminhava, tão bem suportava ser desdenhado. Da mesma maneira, se alguma conversa relativa a princípios ocorrer entre os iletrados, procura guardar silêncio. Pois corres o risco de vomitar o que digeriste mal. E quando alguém te disser que não sabes nada e tu não te apoquentares com isso, podes estar certo que estás finalmente no bom caminho.

    Epicteto, in "O Festival Da Vida"

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    1. Gosto também, Zélia. Vou incluí-lo na segunda parte da postagem. Thanks!

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  3. Realmente, grandes verdades filosóficas, quase literárias até.

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  4. Bastante diretas as afirmações. Sem contradições, igualmente.
    Abraço.

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  5. Tudo na vida acontece no momento certo....
    Beijo Lisette.

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  6. Caríssima poetisa, seu santuário é um encanto. Parabenizo-lhe por isso, não tive tempo de decodificar tudo. Entretanto voltarei calma para decodificar os seus trabalhos com muita honra. <><>.Abarcamentos do amigo S/M o libertin poéte.<><> No intercâmbio de nossas matérias literárias.<><> MIKASA <><> SUKASA<><>

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  7. Ana, quando vi que meu marido havia morrido ao meu lado dormindo, eu após passar o choque, eu ajoelhei e fiz a oração mais dolorosa que já fiz na vida: "Senhor, obrigada por ter me dado o privilégio de passar tantos anos ao lado desse homem maravilhoso, sinto-me agraciada por ter me escolhido para estar ao lado dele e constituir uma família. Dói Pai saber que nunca mais vou poder abraça-lo, mas a vida valeu à pena nesses anos que tu nos concedestes."
    Dói, ainda dói quase de maneira física, mas não estou inconformada e nem revoltada, apenas sentindo falta e a saudade já desandando. Mas tenho alicerçado minhas forças em Deus. Obrigada pelo carinho da visita.
    bjkas doces

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    1. Cara Marly, como diz o pensador, você não o perdeu, apenas o devolveu. Mas mesmo sabendo disto, nada ameniza a dor de uma perda, a não ser o tempo. Te entendo, e me solidarizo com você. Jamais esqueceremos, mas por que esquecer o que foi bom, não é mesmo? Mas com certeza, a dor, com o tempo, transforma-se em algo maior e mais bonito, recria-se e nos dá uma nova dimensão sobre a vida. abraços.

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  8. Oi, Ana! É sempre um prazer vir aqui. Cultura e sabedoria sempre presentes! Parabéns pelo teu blog e por aquilo que ele apresenta. Beijos.

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  9. Retornando para dizer que tomei a liberdade de copiar duas frases que quero colocar no face. OK? Obrigada.

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