Houve um dia
Em que nossos olhares se cruzavam
Com inocência e alegria.
Estar presente era vital,
Essencial
E não estar, inconcebível...
Houve um tempo
Em que não existiam
Essa distância,
Essa falta de esperança,
Essa impaciência
Nada santa...
Hoje, esse riso sofrível,
Esse olhar atravessado,
Essa boca sussurrante
A gritar
Que nada, jamais,
Será como antes,
Pois quando o brilho é ofuscado,
Morre tudo aquilo
Que tinha valor
E que deveria ter sido guardado!
Morrem os dias, as manhãs,
Morrem o respeito, as lembranças,
Quebram-se as alianças,
E tudo é recoberto
(Sem o menor apelo)
Por uma densa camada intransponível
De puro gelo,
Para o qual não há verão...
E nem veremos mais a mesma velha união,
Desde que a distância se criou
(Ou foi criada?)
Causando uma bifurcação na estrada
Que leva a caminhos divergentes,
Cada vez mais distantes...
E a cada dia,
Estamos mais descontentes,
Somos menos gente,
Mas mantemos o sorriso e a indiferença,
Para que o outro não perceba
Que no fundo, nós ligamos.
-Afinal,
É preciso ser forte,
Ser frio, ser indiferente,
Até que mais alguém morra,
Pois só mesmo a morte
Para nos lembrar de tudo
Que realmente é importante...
Olá,
ResponderExcluirSempre o foi e sempre o será, necessitamos de ser fortes para encarar tudo com uma sorriso, mesmo que este seja sofrível.
Abraço com sorrisos alegres.
ag
é lamentável q o ser humano só se lembre o q é verdadeiramente importante através do sofrimento ... mas é assim q funciona com a maioria das pessoas...
ResponderExcluirO desgaste de uma relação vai aumentando quando se esquece a importância de sua existência. É uma pena ter que passar pela dor para reconhecer a beleza do amor. A foto é muito linda. Bjs.
ResponderExcluirA adversidade, seja em que circunstância for, têm sempre de ser encarada com um espiro forte, se possível até com altivez, frente a tudo e á vida.
ResponderExcluirVoltei a gostar do ritmo de poema. É deveras adequado para afastar fantasmas.
Beijos
Lindo como tudo o que escreves,Ana !
ResponderExcluir" Estar presente era vital,
Essencial
E não estar, inconcebível... "
Um beijo e obrigado.
Ana , é doida a constatação mas absolutamente verdadeira . Versos belos e fortes , como a Vida . Beijos
ResponderExcluirMuita sensibilidade Ana, abraços carinhosos, Maria Teresa
ResponderExcluirEncontros & desencontros, numa chegada que poderia ser eterna , mas a partida vinha logo ali adiante e ninguém imaginaria que fosse assim, tão indolor.
ResponderExcluirPoema que retrata as novidades da juventude, porém escreve também as mesmices da maturidade.
Gosto de seus contrastes, Ana, sempre tão contundentes.
bacios
Agora sou que digo, Ana: pontual, preciso!
ResponderExcluirGrande abraço e tudo de bom pra ti.