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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ECOS



Não estarei aqui
Para escutar o eco - se houver - 
Das minhas palavras,
Mesmo assim, hei de dizê-las.



O eco não raciocina,
Repete, apenas, o que ouviu do vento
Quando há uma voz viva
Que lhe jogue a palavra.






Algumas palavras enterradas
Voltam da Terra dos Mortos
Psicografadas
Pelas almas dos que ainda vivem.

Outras, por mais que gritadas,
Jamais deixam o nível das sepulturas
Onde foram enterradas,
Pois o eco detesta palavras rasas.




Nos jogos de palavras,
Não há perdedores
Mas também não há vencedores,
Pois os ouvidos que ouvem
E as bocas que repetem
Serão todos preenchidos
Pela mesma terra
(talvez haja algum eco).



11 comentários:

  1. Já é Natal aqui? Lindo! E teu poema ecoa funco, lindo demais, profundidade na inspiração!Adorei! beijos,chica

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  2. Bom dia minha flor!
    Faz um tempinho que vim aqui ,então trago minhas saudades do seu espaço...
    Adoro muito teus escritos e teus textos tbm...
    Uma semana fenomenal te desejo...
    bjsssssssssssssssss

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  3. Ana Bailune

    As palavras, consoante o ambiente que forem proferidas, sempre terão eco. Porém, as palavras poéticas têm mais sonoridade, como tal mais ecoam no retorno.
    Beijos

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  4. Cada texto teu, poema ou poesia deixam-me sempre, mas sempre mesmo, maravilhado !
    És uma força da natureza !

    Um beijo deste teu incondicional admirador.

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  5. Inspiração fantástica, Ana.
    Lindo demais!

    Vejo que a decoração por aqui já está em clima natalício.
    Como o tempo passa rápido!

    Beijo.

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  6. Ana ,
    Gostei demais .
    Você no diz que , " o eco detesta palavras rasas ."
    Concluo que ele ama este poema profundo .
    Beijos

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  7. Bom dia Ana, se não houver eco, que eu acho difícil, ficaram registrados os fatos vividos, amo sua casa e a forma como se expressa, que produz muitos ecos..... que seja sempre muito abençoada, abraços carinhosos Maria Teresa

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  8. Bom, como sempre mais um poema feito com a maestria especial de Ana Bailune.

    Seu estilo, Ana, se mistura com humanidades e suas misérias internas. Tenho a impressão que você cavoca o íntimo teu e dele extrai o melhor sumo que são teus versos. Isso acontece tanto em tuas falas com a natureza onde sobram pássaros, flores, chuva no telhado, vidraças que emolduram contornos outros, quanto quando tu falas da natureza humana - dificílima esta ... Mas que colocas de modos diferentes abrangendo sentidos que podem ou não serem infinitos, depende de quem lê.

    Você, miguxa, nasceu assim, naturalmente poeta!

    bacios com saudade!!
    Lu C.
    :)

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  9. Que lindo, aqui já é Natal!
    O eco detesta palavras rasas, pois é, aqui o eco é de palavras de grande profundidade!
    Abraços!

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