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terça-feira, 5 de novembro de 2013

GOTAS DE CHUVA NO VIDRO





Olhos presos à janela
Mas sem enxergar a paisagem
Diante dos olhos dela.

Pinga uma gota no vidro,
E outra, e outra e mais outra...
O tamborilar a desperta
E os olhos chovem com elas...

Gotas de chuva no vidro
De uma vida já distante,
Nada será como antes,
Nada será como antes...

O vento assovia segredos
A ela, ininteligíveis...
Mas fica no peito o sentido
Daquilo que nunca foi dito...

E as gotas de chuva no vidro
Trazem risadas de um tempo
Que Não voltará a ser, 
Não voltará a ser,

Pois o tempo, quando acaba,
Não deixa nada, a não ser
A voz do vento que sopra
E gotas de chuva a chover...

3 comentários:

  1. Que lindo poema, adoro chuva, as gotas batendo na vidraça me deixam calma, deixo a janela aberta só para ver a chuva!
    Lindo!Amei!
    Abraços!

    ResponderExcluir
  2. Senti-me envolvido no ambiente, na cadência do poema. Uma sensação agradável. Gosto do poema!
    Parabéns!

    ResponderExcluir
  3. Na primavera cada pingo que cai, cada gota de chuva, é realização, crescimento, desabrochar de formas, cores e vida.
    No inverno das nossas vidas, a chuva arrasta ilusões, inunda a esperança, afoga sonhos e embacia a vida. Pingos espessos escorrem na vidraça acossados pelo vento, turvando a paisagem, tornando-a distante.
    Mesmo assim, cada gota que corre no peito, ainda dá vida e marca o ritmo.

    Abraços.

    ResponderExcluir

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