Olhos presos à janela
Mas sem enxergar a paisagem
Diante dos olhos dela.
Pinga uma gota no vidro,
E outra, e outra e mais outra...
O tamborilar a desperta
E os olhos chovem com elas...
Gotas de chuva no vidro
De uma vida já distante,
Nada será como antes,
Nada será como antes...
O vento assovia segredos
A ela, ininteligíveis...
Mas fica no peito o sentido
Daquilo que nunca foi dito...
E as gotas de chuva no vidro
Trazem risadas de um tempo
Que Não voltará a ser,
Não voltará a ser,
Pois o tempo, quando acaba,
Não deixa nada, a não ser
A voz do vento que sopra
E gotas de chuva a chover...
Que lindo poema, adoro chuva, as gotas batendo na vidraça me deixam calma, deixo a janela aberta só para ver a chuva!
ResponderExcluirLindo!Amei!
Abraços!
Senti-me envolvido no ambiente, na cadência do poema. Uma sensação agradável. Gosto do poema!
ResponderExcluirParabéns!
Na primavera cada pingo que cai, cada gota de chuva, é realização, crescimento, desabrochar de formas, cores e vida.
ResponderExcluirNo inverno das nossas vidas, a chuva arrasta ilusões, inunda a esperança, afoga sonhos e embacia a vida. Pingos espessos escorrem na vidraça acossados pelo vento, turvando a paisagem, tornando-a distante.
Mesmo assim, cada gota que corre no peito, ainda dá vida e marca o ritmo.
Abraços.