Ponha os teus olhos
Em outro lugar,
Vire teu rosto
Quando eu passar.
Esqueça meu nome,
Ignore tua fome
De me decifrar!
O que te vicia,
O que te convida
A vir visitar-me,
Se minhas palavras
Te enchem de asco
Te escandalizam,
E queimam tua carne?
Recolha tua câmera
De fotografar
As almas humanas!
Ela anda sem foco,
Sem perspectiva,
Retorcendo fotos,
Maculando imagens,
Retratando intrigas!
Não gostas de mim?
-É só não me olhar,
Tão fácil, tão certo!
Eu tenho o direito
De despedaçar-me,
De reescrever-me
Nas linhas do verso!
Pareces um cão
Faminto e egoísta
Que não larga o osso,
Mas que rói as patas...
Te alongues de mim!
Por que vens aqui,
Se aquilo que eu digo
Tanto desagrada?
Se eu mato os meus versos,
Se eu sacrifico
Aquilo que chamas
De 'vera poesia,'
Faça o teu trabalho,
Macaco, te ajeites
No mofo seguro
Dos teus próprios galhos!
Excelente, Ana! É isso mesmo. Sabe, o melhor remédio para a inveja não pode ser outra coisa senão a total indiferença. Sim, porque esse tipo de "perseguição" só pode ser fruto de muita inveja e recalques de algumas pessoas infelizes e tão pobres de espírito. Ignorá-las é a grande sacada.
ResponderExcluirGrande abraço pra você e parabéns pela obra primorosa e admirável.
Show de poema. Uma canção que se tem vontade de cantar para muitos. Bjs.
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