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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Café




O café escorreu lentamente,
Desceu queimando
Pela garganta,
Fazendo sangrar a manhã
Em tons marrons.

O futuro se escondeu na borra forte,
E o sabor coloriu a alma anêmica.
O perfume despertou a ilusão
De que talvez fosse mentira.

O dia seguiu, quase hipnótico,
O azul imenso e monocromático do céu
Agredia as vistas,
Sem o menor respeito pela minha dor.

E as aves cantavam, atrevidas,
Nas árvores próximas à janela...
Mais um gole de café
Que não trouxe de volta o que eu queria...

Não despertei daquele pesadelo,
E a tarde descansou, finalmente,
Sobre tuas mãos cruzadas...


8 comentários:

  1. Eita Aninha!

    O dia parecia lindo, com céu azul, passaros cantando e café gostoso pela manhã... Mas a alma do sujeito do texto não estava para dias felizes!
    Isso acontece com a gente de vez em quando... Olhamos para o lado errado e não vemos que a gente mesmo as vezes é a raiz do problema!

    Belo poema!

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  2. Há mais de 20 anos tomo uma xícara de café pela manhã, depois espero o almoço... Observo a vida entre estes dois momentos... Há mais de 20 anos... Lindo poema, Ana!

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  3. Ola boa noite !

    Estou perfeitamente encantado com esse poema, e ao mesmo tempo triste. Li, reli, e imaginei cada situação. "...Mais um gole de café, que não trouxe de volta o que eu queria...". O habito de tomar café em excesso é interpretado por mim, nessa obra prima, como ansiedade, para que a dor seja dizimada no final do dia. Parabéns!!! Eu tenho um humilde blogue de poesias, e me honraria muito receber uma visita sua. Já estou te seguindo, para que eu tenha o privilégio de ler mais de suas escritas.

    http://gagopoetico.blogspot.com.br/

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  4. Un bonito poema, y un rico café que saboreas, y te llena de recuerdos.Un ABRAZO

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  5. Querida amiga,
    Vim agradecer sua presença lá no meu cantinho!
    Obrigada de todo o coração pelo seu carinho!
    Um lindo dia para você!
    Abraço amigo!
    Maria Alice

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  6. Olá Ana,

    Saudades de você.

    Seu poema é lindo e triste.
    A vida não pára em razão de nossas dores.

    Beijo e ótimo dia.

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  7. As horas passam, desrespeitando as lágrima da alma que chora pelo que foi perdido. Bjs.

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  8. Um poema de rara beleza com esta magnifica atribuição de cores aos sentimentos.
    Voce se supera em cada suspiro de inspiração.
    Gosto de ler voce.
    Meu terno abraço Ana.

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