O café escorreu lentamente,
Desceu queimando
Pela garganta,
Fazendo sangrar a manhã
Em tons marrons.
O futuro se escondeu na borra forte,
E o sabor coloriu a alma anêmica.
O perfume despertou a ilusão
De que talvez fosse mentira.
O dia seguiu, quase hipnótico,
O azul imenso e monocromático do céu
Agredia as vistas,
Sem o menor respeito pela minha dor.
E as aves cantavam, atrevidas,
Nas árvores próximas à janela...
Mais um gole de café
Que não trouxe de volta o que eu queria...
Não despertei daquele pesadelo,
E a tarde descansou, finalmente,
Sobre tuas mãos cruzadas...
Eita Aninha!
ResponderExcluirO dia parecia lindo, com céu azul, passaros cantando e café gostoso pela manhã... Mas a alma do sujeito do texto não estava para dias felizes!
Isso acontece com a gente de vez em quando... Olhamos para o lado errado e não vemos que a gente mesmo as vezes é a raiz do problema!
Belo poema!
Há mais de 20 anos tomo uma xícara de café pela manhã, depois espero o almoço... Observo a vida entre estes dois momentos... Há mais de 20 anos... Lindo poema, Ana!
ResponderExcluirOla boa noite !
ResponderExcluirEstou perfeitamente encantado com esse poema, e ao mesmo tempo triste. Li, reli, e imaginei cada situação. "...Mais um gole de café, que não trouxe de volta o que eu queria...". O habito de tomar café em excesso é interpretado por mim, nessa obra prima, como ansiedade, para que a dor seja dizimada no final do dia. Parabéns!!! Eu tenho um humilde blogue de poesias, e me honraria muito receber uma visita sua. Já estou te seguindo, para que eu tenha o privilégio de ler mais de suas escritas.
http://gagopoetico.blogspot.com.br/
Un bonito poema, y un rico café que saboreas, y te llena de recuerdos.Un ABRAZO
ResponderExcluirQuerida amiga,
ResponderExcluirVim agradecer sua presença lá no meu cantinho!
Obrigada de todo o coração pelo seu carinho!
Um lindo dia para você!
Abraço amigo!
Maria Alice
ResponderExcluirOlá Ana,
Saudades de você.
Seu poema é lindo e triste.
A vida não pára em razão de nossas dores.
Beijo e ótimo dia.
As horas passam, desrespeitando as lágrima da alma que chora pelo que foi perdido. Bjs.
ResponderExcluirUm poema de rara beleza com esta magnifica atribuição de cores aos sentimentos.
ResponderExcluirVoce se supera em cada suspiro de inspiração.
Gosto de ler voce.
Meu terno abraço Ana.