A morte nos dignifica,
De alguma forma.
Tornamo-nos ausentes
E as pessoas tendem a lembrar-se
E sentir saudades.
Às vezes,
Elas passam a finalmente
Compreender-nos,
Pois nos escutam
Pela primeira vez
Através do nosso silêncio.
E até mesmo aquilo
Que mais odiavam em nós,
Torna-se apenas
Um traço de personalidade.
Existe, sim,
Na morte, a dignidade
Que às vezes, nos eterniza
E que noutras, nos confere
Um honroso esquecimento...
De repente, somos heróis,
Sábios, anjos, quase deuses!...
Escrevem nas nossas lápides
O que nunca nos disseram:
"Aqui jaz... saudoso... amado..."
E quase , mas quase tudo,
De repente, é perdoado!
Passamos a existir
Somente em fotografias
E velhos filmes de família,
Onde o melhor é mostrado.
Quem sabe,
Nos escrevam um poema?
-Quem sabe...
Mas há na morte
Uma incrível dignidade!
Bom dia minha amiga poetisa Ana!
ResponderExcluirNossa, como é verdadeiro esse seu lindo poema, pois é quase sempre assim, os erros e algumas maldades são perdoados e até esquecidos pelos entes queridos deixados, nem sempre são tão "entes queridos" assim!!!
Os meus que se foram deixaram muito amor, muito carinho, muitos bons exemplos, estão eternizados em mim assim como o foram em vida, mas nem todo mundo pode dizer o mesmo,nem todo mundo!
Abraços e tenhas um lindo dia!
É verdade. Depois que as pessoas morrem são vistas com olhos melhores...beijos,chica
ResponderExcluirSó as boas lembranças ficam porque sentimos a necessidade do perdão. Bjs.
ResponderExcluirÉ assim com muitas vidas: não sente saudade quando se distanciam; não trocam um abraço, tampouco um beijo, ao começo do dia; não elogia o tempero da comida... Da grande viagem é que se senta e pensa em tudo o que se não fez. Mas há tempo para, com sorte, pedir perdão pelo que não se fez. Bonito, Ana!
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