Palácio Rio Negro, Petrópolis |
A Arte da Guerra - por Sun Tzu
Tradução de Frater Sinésio
Organização de Rafael Arrais
Edição Kindle,
Ano 2013
"Se não quiser lutar, pode impedir o inimigo de atacar, mesmo que as linhas do acampamento estejam apenas marcadas no chão.
Basta atirar algo fora do normal e inexplicável em seu caminho." - Sun Tzu
A arte da Guerra é um livro muito antigo. Segundo o site Wikipedia, "A Arte da Guerra é um tratado militar escrito no século VI antes de Cristo. O tratado é composto por treze capítulos, cada qual abordando um aspecto da estratégia de guerra, de modo a compor um panorama de todos os eventos e estratégias que devem ser abordados em um combate racional. Acredita-se que o livro tenha sido usado por diversos estrategistas militares através da história como Napoleão, Zhuge Liang, Cao Cao, Takeda Shingen e Amo Tse Tung."
Despertou-me a curiosidade enquanto eu navegava pelo site virtual da amazon.com.br justamente pelo título, que tem tudo a ver com os acontecimentos que o mundo vem enfrentando ultimamente - já que estamos todos correndo o risco iminente de entrarmos em uma nova guerra, quem sabe, de proporção mundial.
O livro traz aforismos muito interessantes; e sua maior contradição, é que ele não incentiva a guerra, nem exalta a batalha. Pelo contrário, prega que a guerra deve ser evitada sempre, mas se como último recurso ela dever ser travada, que o seja com arte e respeito pelo inimigo.
Alguns pensamentos interessantes retirados do livro:
"Todos podem ver as sua táticas no campo de batalha, mas não podem saber qual a estratégia que lhe trouxe a vitória."
"Não podemos formar alianças sem conhecer as intenções dos nossos inimigos."
"Ó, a divina arte da sutileza e do sigilo! Através dela aprendemos a nos movimentar invisíveis e inaudíveis. Através dela marchamos sem deixar rastro, como misteriosos espíritos da floresta. Através dela, temos o destino do inimigo em nossas mãos."
"Servir-se da harmonia para desvanecer a oposição, não atacar um exército inocente, não fazer prisioneiros ou tomar saques por onde passa o exército, não cortar as árvores nem contaminar os poços, limpar e purificar os templos das cidades e montanhas do caminho que atravessa, não repetir os mesmos erros de uma civilização decadente, a tudo isto chamamos de Tao e suas leis."
"A grande sabedoria não é algo óbvio, o grande mérito não se anuncia. Quando você é capaz de ver o sutil, é fácil ganhar; quem tem isto que ver com a inteligência ou a bravura? Quando se resolvem os problemas antes que eles surjam, quem chama a isso de inteligência? Quando há vitória sem batalha, quem fala em bravura?"
A Arte da guerra tem muitos conselhos que podem ser postos em prática até mesmo em tempos de paz - e um deles, que sempre sigo à risca, é o de não proclamar meus planos e objetivos antes de concretizá-los. Esta é uma estratégia que pode desviar de nós a inveja e a negatividade.
Este livro é usado não apenas por estrategistas de guerra, mas também por empresários e pessoas comuns.
Um livro útil, de leitura bastante agradável a todos que gostam de ter uma vida pacífica - mas que não se acovardam diante das batalhas impostas pelas circunstâncias do viver.