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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Páginas Sobre a Areia






Ficou o caderno aberto,
As letras desbotando ao sol,
Os poemas morrendo de sede,
A capa sendo carcomida, aos poucos,
Pelo que antes, fora a vida.

Ninguém recolheu as palavras,
Ninguém fechou o caderno,
Porque o autor, já ausente,
Não deixou nenhum herdeiro...

E assim, o destino das folhas,
Era o de serem aos pouquinhos,
Apagadas pelo vento,
Enterradas pela areia,
Desbotadas pelo sol...
E os poemas,
Ah, os poemas?...

Seguiriam, num rastro de estrelas
(Quando nada mais restasse
Daquele pobre caderno),
O seu criador.

A dor de um poema, ao morrer,
É bem maior que qualquer outra dor.



5 comentários:

  1. ANA
    A imagem é EXCELENTE !
    É tua ?

    E do poema gostei imenso !
    Pena não ter passado nessa praia para tudo recolher.


    Um beijo.

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  2. Olá!Boa noite
    Ana
    morre o poema e só resta apenas a angústia deixada por sua mudez. Aprendi que o poema, deve ser conquistado/lido a cada segundo para que não seja letra morta no papel, para que sejamos todos seus legítimos herdeiros e evitarmos o legado da dor.
    Obrigado pelo carinho da visita
    Bom final de semana
    Beijos

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  3. Ana, você ultimamente tem nos presenteado com versos mais que lindos. Lindo é pouco pra tua poética.

    Em tempo, devo confessar que nunca poderemos deixar o poema morrer, muito menos a poesia. Embora nas entrelinhas deste poema a gente sinta que o ser humano está perdendo o senso e a humanidade, literalmente.

    Eu fiquei comovida com tanta beleza destes versos, aliás um dos mais bonitos que eu já li.

    Título, imagem e lirismo - tudo em nesta bela construção.
    Feliz estou em ter uma amiga que cultiva os jardins da poesia.
    kisses my friend!

    Lu C.:)

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  4. A poesia renasce na emoção de quem a lê.
    Belíssimo trabalho e ilustração.
    Um abração Ana.

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