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sábado, 8 de junho de 2013

Partidas






Ela era a estação,
E ele, o trem que chegava de manhã
E que partia ao findar o dia.
Naqueles breves encontros,
Ela sonhava permanências
E ele se despedia.

Ela deixava os sonhos sobre os trilhos ainda quentes,
Guardava o futuro
Num horizonte mutante
E morno de branduras...

Ele se perdia por um mundo sem fronteiras,
Onde as estações eram somente
Uma pausa entre aventuras.

E cada um era o avesso
Do que o outro desejava;
E era isto que fazia durar:
O coração não descansava
De sempre e tanto
Sonhar.

4 comentários:

  1. Ana ,

    Conheci seu blog no do Mateus Medina , poeta que acompanho .
    Gostei bastante de sua escrita e já sou mais uma seguidora .
    O poema de hoje é muito bonito .
    " E cada um era o avesso do que o outro desejava ; e era isto que fazia durar: o coração não descansava de sempre e tanto sonhar ".
    Perfeito !
    Parabéns .
    Beijos

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  2. Sempre com belíssimas metáforas, ANA !
    A cada dia, uma nova poesia e sempre do melhor que possoler.

    " E ele, o trem que chegava de manhã
    E que partia ao findar o dia."


    Um beijo, querida AMIGA.

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  3. Vem bem ao que sabemos sobre os opostos...
    A probabilidade da vida dar certo vem em conjunto com diferenças...
    beijos

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