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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

CULPAS A NÓS ATRIBUÍDAS




Às vezes, a vida tece seus próprios caminhos


Tudo o que nos acontece é culpa nossa? Atraímos todas as desgraças que sempre tomam lugar, cedo ou tarde, em nossas vidas? Alguns religiosos afirmam veementemente que sim; mas pensemos:

Alguém está caminhando calmamente em uma rua movimentada em um dia de tempestade; de repente, é atingido por um raio. Aquela pessoa atraiu ou desejou aquele evento? Ou então alguém de nossa família é diagnosticado com alguma doença grave; a culpa é dele? Ou a culpa é nossa, porque sofreremos junto com ele? Acho que uma das coisas mais cruéis que se pode dizer a alguém acometido de uma doença grave ou terminal, é "Você está passando por isso tudo porque precisa pagar seus 'pecados.' Você atraiu esta doença!"  Ah, como é fácil assistir de longe à desgraça alheia e sentindo-se imune a ela, achar-se no direito de apontar motivos e destilar absurdas certezas sobre o sofrimento alheio!

Acredito que algumas coisas, atraímos, através de nossas escolhas conscientes, pensamentos ou atitudes; outras, ficam a encargo de nossas convivências (na vida, precisamos conviver com vários tipos de pessoas, cada qual envolvida em seu próprio contexto de vida e em seus próprios problemas, e quando acontece em suas casas algum incêndio, corremos o risco de ficarmos chamuscados; principalmente quando as amamos). E ainda há as coisas que são propositalmente jogadas contra nós, e quando estamos enfraquecidos ou  desprevenidos, elas acabam nos afetando profundamente. Eu acredito muito em energias dirigidas até nós pela força do pensamento de pessoas que por algum motivo, não nos apreciam. É preciso saber defender-se delas, pois algumas destas energias, creio, podem causar até a morte. Aos que duvidam, há muita literatura disponível a esse respeito; estarão todos os seus autores, pertencentes a diferentes grupos sociais e religiosos, vivendo em países de culturas totalmente diversificadas, e tendo vivido em épocas antigas e modernas, errados?

Assim, sempre escolho o caminho do meio, e evito afirmar, ao ver pessoas sofrendo, que "elas com certeza mereceram." Do que eu sei, afinal? Estamos todos aqui neste mundo, e a maioria de nós sabe um pouco mais ou um pouco menos sobre as mesmas coisas;  se fôssemos uns muito mais evoluidos e inteligentes do que outros, provavelmente viveríamos em mundos diferentes.

Qualquer um de nós pode ser acometido de uma doença grave a qualquer momento, assim como qualquer um de nós que aposta na Megasena, pode acabar sendo contemplado com uma grande quantia em dinheiro; ou um parente nosso que tenha ganho o prêmio pode decidir doar-nos um pouco de dinheiro... -até que seria bom! O tempo todo, afetamos e somos afetados por tudo e por todos que nos rodeiam. Ninguém está imune a nada, seja bom ou seja ruim. 

A nada!




10 comentários:

  1. Ana,tem razão! Tem até um livro que se chama " Quando coisas ruins acontecem a pessoas boas",não me lembro o autor mas fala exatamente isso. As coisas acontecem porque tem que acontecer, não é castigo ou premio.Deus deseja o nosso bem e a Ele não podemos atribuir as coisas ruins que nos acontecem,mas nos amparar nos momentos dificeis. Um texto maravilhoso, de muita lucidez! bjs,

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  2. Penso diferente, "nada na vida é por acaso". Platão defende a razão. Postula que esta, fundamenta inclusive a própria vida. Ora, isto explica a vida? Quem pode explicar a vida? Podemos não chamar de Deus, podemos chamar com o nome que quisermos, mas alguém ou algo criou tudo isto! E tenho certeza, não foi por acaso... Excelente texto, fraterno abraço, Marco.

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  3. Caro Marco, Grata por sua leitura e comentário. Também não acredito no acaso; tudo tem o seu motivo, mas nem todos os motivos partem de nós.

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  4. Excelente e verdadeiro. Creio que nos responsabilizar pelos infortúnios que nos acometem é comodismo de divã. Alguns, até, os permitimos, mas... Gostei demais desse espaço. Um beijo na alma e sucesso sempre.

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  5. Nem sempre podemos nos culpar ou sermos culpadas.Acidentes e fatalidades existem! bjs praianos,chica

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  6. Nós temos uma parte de participação no que nos acontece,
    mas há coisas que nos acontecem, que duvido, as pudéssemos
    evitar, como doenças.
    Bom texto, amiga.
    Desejo que esteja bem.
    Bom fim de semana.
    Bj.
    Irene Alves

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  7. Ana Bailune, a leitura da tua crónica mereceu-me profunda reflexão: a conclusão a que cheguei é esta; nos não temos culpa de nada, No entanto ressalvo uma coisa, devemos estar na vida sempre com positivismo, o que ocupa o nosso pensamento, é muito suscetível de acontecer - portanto devemos usar sempre a arma de pensamentos bons. Creio que devo a vida a nunca pensar negativo, Taxativamente, eu em 2000, fui entregue à família em estado terminal. Ganhei, uma segunda encarnação, porque nunca entreguei os pontos.
    O caso pode ser analisado num vídeo televisivo, que pode ser visto no meu blog POETA E ESCRITOR.
    Beijos

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  8. A culpa realmente em nada ajuda nestes momentos tão difíceis.
    Penso que temos como fazer escolhas melhores, mas isso não nos isenta do desarmônico.
    Beijo!

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  9. Amiga Ana, ótima abordagem, doenças graves, acidentes, desgraças, podem acontecer com quaisquer de nós que vivemos nesse mundo, atribuir culpas, pecados, castigos a quem está sofrendo é falta de amor, mesmo porque quem somos nós para julgar ou avaliar não é mesmo?
    Compadecer é o que pregou Jesus, não sou religiosa, já disse isso, mas posso entender que viver é mesmo uma grande proeza, ninguém nunca sabe ou saberá o dia de amanhã!
    Já escapei da morte, sei muito bem como ela é, mas nunca achei que recebi castigo, acreditei que aprendi a valorizar tanto, mas tanto a minha Vida que vivo a agradecer!
    Hoje vejo a Vida com outros olhos, com os olhos do amor, amo e amo muito!
    Amei ler aqui!
    Abraços minha linda amiga!

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  10. Oi Ana, sempre com textos providenciais, sua crônica me faz repensar muitas certezas que tinha e que agora posso até duvidar, visto que poucos afirmam que o mal, na convivência, pode nos afetar. Agradeço por compartilhar seu sábio conhecimento, abraços carinhosos Maria Teresa

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