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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

"ROLEZINHO"





Ainda abismada com as opiniões expressadas por uma certa senhora ontem no Fantástico, onde afirmava que os rolezinhos são movimentos culturais, pude assistir aos vídeos apresentados no mesmo programa e tirar minhas próprias conclusões:

Os direitos de uma pessoa terminam quando começam os direitos de outras! Shopping center não é pista de dança ou clube para eventos sociais. Não é local para que se promovam bailes funk ou encontros marcados pela internet. Um shopping center é um local onde as pessoas fazem compras, comem, passeiam com suas famílias - crianças, inclusive - e tem o direito de serem protegidas,quando, de repente, enquanto desfrutam do seu lazer, se encontrarem no meio de uma porção de pessoas correndo, gritando e empurrando. 

Se você fosse um policial em um momento destes, responsável pela segurança dos demais e a sua própria, como reagiria ao ver-se em um espaço fechado invadido por centenas de pessoas alucinadas, correndo, empurrando e gritando?

Não sou contra os rolezinhos, mas não concordo que outras pessoas tenham que ser expostas a perigos para satisfazer os praticantes deste 'movimento cultural.' Para encontros deste tipo, existem os clubes. E as pessoas que clamam por seus direitos, dizendo estar sofrendo preconceito, não se conscientizam para o fato de que no meio dos bem-intencionados que visam apenas divertir-se, existem os que ali estão para causar tumultos, ferir e roubar os outros.

Fiquei chocada com a atitude dos pais apresentados no programa de ontem, que estimulam a vaidade excessiva dos filhos e se endividam para comprar-lhes objetos e roupas caras para que eles as exibam em fotografias em sites na internet. Isto é educação? Será que a atitude "darei ao meu filho o que eu não tive" significa prepará-lo para a vida? Mais absurda é a atitude dos 'fãs' destes meninos, que praticam a idolatria de pessoas que não tem nada de útil  a oferecer. Que tipo de pessoas habitarão o mundo daqui a dez anos?

Os pais destas crianças deveriam estar preocupados em proporcionar-lhes uma educação de qualidade, e comprar-lhes livros ao invés daquele absurdo que foi mostrado ontem no Fantástico. Temo que, no futuro, a humanidade será composta de seres vazios de valores reais, extremamente focados na superficialidade, pessoas sem objetivos de vida e quase totalmente aculturadas.





6 comentários:

  1. Bom dia Ana, muito bom seu texto, concordo plenamente, assisti a tudo isso e tive a mesma reação que você, tanto que postei também sobre as atitudes do "vale -tudo", coisas assim nos deixam indignados, como pode haver conivência dos pais com as atitudes e vaidades descontroladas dos filhos!
    Lamentável, pois digo, eduquei bem meus filhos que atraíram para eles seus cônjuges também bem educados que estão educando muito bem meus netos, são quatro e já dão mostras de educação e bem viver, estão ficando pré-adolescentes e adolescentes felizes, só preciso estar antenada com os anjos da guarda deles para os livrar de "coisas como essas que estamos vendo"!
    Abraços minha amiga, nem quero imaginar como será o futuro desses jovens, que pena, que pena mesmo!

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  2. Cada vez se confunde mais EDUCAÇÃO, CIVISMO com O VALE TUDO !
    Como a IVONE, também eu não sei onde tudo isto vai parar e qual a dimensão fatal !

    Um beijo, querida Ana.

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  3. Ana, os procurarem dar aos melhor que os lhe deram, tudo bem ,as fazerem sacrifícios só para lhe proporcionaram mundos de ilusões. Assim fazem valer tudo, quando o que devia valer seria a preparação para a vida. Sou daqueles que pensa que a natureza das coisas, mais cedo ou mais tarde ordenará tudo.
    Beijos

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  4. Ana, concordo com você. Resolveram batizar baderna com o nome de "movimento cultural"? Mas o que mais podemos esperar de um país que não se preocupa com a educação?

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  5. Boa tarde Ana, você foi precisa ao observar onde vamos parar, talvez nem cheguemos, porque da forma como agem, nada mais há a acrescentar, pois estamos no final do mundo, como diziam nossos pais. Postagem muito apropriada, parabenizo, abraços carinhosos Maria Teresa

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  6. Não vi o programa, Ana. Sei, no entanto, que a educação já foi fragilizada há muito tempo, razão de comportamentos e assimilações "culturais" que só vão dificultar a vida adulta desses jovens. Bjs.

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