Desbotam as cores do dia;
Antes que o céu feche as portas
Escondendo seus mistérios.
Por trás da nuvem mais negra,
O pesadelo azul-lilás
Reparte-se em feixes de raios
Que enfeitam a tempestade.
Ah, noite tão erma e tão fria!...
Perco o rumo nessa trilha
Sob os raios e os trovões!
Não abrem-se as portas do céu;
Derramam-se nuvens pesadas
Qual lágrimas tristes dos deuses
Que perderam a eternidade
E hoje choram pelo Olimpo
Para onde jamais voltarão...
Ficam comigo somente
A tempestade azul-lilás
E a esperança de que se abram
As portas do céu, novamente,
Devolvendo-me as estrelas
Que eu sei – ainda brilham...
Você é sensacional, Ana! Vi a chamada pelo face e o título mais a imagem já me conquistaram de cara. Depois, óbvio, teus versos que me lembraram Cecília Meireles. Pelo sentimento, cores e desejo de que algo bom, (ainda) possa retornar.
ResponderExcluirMais uma jóia de Ana Bailune.
bj
Aninha, que lindo poema!!!
ResponderExcluirFeliz quarta-feira, bjs no seu coração
Nicinha
Venham tempestades a cataclismos, o brilho das estrelas sempre permanecerá, logo se note acalmia.
ResponderExcluirMuito bom, Ana, o poema, de muitas estrelas!
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