Eu sopro teu rosto, assim,
(meu rosto, invisível)
Para que te lembres de mim.
Deixo passos silenciosos
Pelo corredor da casa,
Deixo cair uma gota mínima
Do perfume que eu usava.
Mexo as saias das cortinas
Para que te lembres de mim,
Nos tempos em que eu dançava.
Eu venho naquela música
-Lembras? - que eu tanto gostava,
Derrubo em teu colo a flor seca
Que as páginas do livro marcava.
Me deito ao teu lado, assim,
Para que sonhes comigo,
Para que te lembres de mim.
Mas sei que um dia, me esqueces,
(As fotos amarelecem)
Cai a flor seca no chão
(Tu a pisas sem notar...)
Outros perfumes virão,
Outros risos, outras danças,
Outras formas de viver:
-E então, será minha hora,
De finalmente, morrer...
Restaram belas lembranças =)
ResponderExcluirA alma de poeta é assim mesmo, Cecília : vive, essencialmente, de sonhos que nem sempre são alegres.
ResponderExcluirUm beijo.
Belo poema, mas triste por saber que realmente as lembranças, se não tiver quem as cultivem, morrerão.
ResponderExcluirAbraços e linda tarde.
Fatos da vida, retratrados numa bela poesia plena de saudades...
ResponderExcluirbeijos,
Élys.
OLá, Boa noite, Ana
ResponderExcluirPode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas tudo faz parte do ciclo da vida...tudo tem seu tempo,estrito e bnecessário...
Obrigado pelo carinho, belos dias,beijos
sim,eu bebo bastante água,...obrigado pela dica!
Lindo poema! Lembranças, as tristes são as mais lembradas!
ResponderExcluirBeijos
Amara
Oi Ana, verdadeiramente a tristeza não cala e é a que mais palavras tem para encantar. Você é pura poesia. Abraços carinhosos
ResponderExcluirMaria Teresa