A TRAÇA
A traça ameaça
Roer, corroer,
Esburacar tecidos
E antigos livros.
Tão ruim, tão sem-graça
O mote da traça!
A traça quer jaça,
A traça faz pirraça,
A traça estica o olho
E olha no buraco
Do ferrolho.
A traça
Quer desgraça,
E isto não passa!
Entala-se de linho podre,
Mordisca ataduras
Úmidas de pus.
Penso:
"Entre dois polegares,
Cala-se a traça."
Abrem-se as vidraças
E morre de frio
A traça.
Linda construção,Bela poesia! bjs,chica
ResponderExcluirUm xô para todas as traças da vida ...
ResponderExcluirMas como a traça mereceu a sua atenção?!!! Fez-me sorrir!!!
ResponderExcluirBj.
Irene Alves
Uma inspiração ímpar e bem elaborada. Muito boa! Amei. Luz e paz. Beijo no coração.
ResponderExcluirAna Bailune
ResponderExcluirA traça bem que retraça, o teu poema tem chalaça. Mas o melhor, ou seja pior para as elas são folhas de eucalipto verdes, Não sei se essa árvore existe no Brasil. Em casa tenho de ter muito cuidado, devido ao elevado acervo de documentação,
Beijos
O fechamento é fenomenal, a traça que passa, que faz a desgraça e morre na praça.
ResponderExcluirBela sonoridade com muita arte.
Parabéns Ana.