Do alto da minha torre
Envolta em neve e luar
Olho um mundo a contorcer-se
Competir e labutar.
O silêncio me acompanha,
Eloquente não-falar...
No bordado da minha fronha,
Nenhum sonho a se sonhar.
Do alto da minha torre
Pego um raio de luar
Desço ao mundo, falo aos homens,
Da importância de amar.
E eles me ouvem um pouco,
Mas logo prendem os dedos
Nas engrenagens do tempo
E consideram-me louco.
Volto ao alto da minha torre
Esquecendo as profecias...
Já não há gente no mundo,
Somente almas vazias
Que já nem tem esperanças,
São inúteis, mortas, frias,
Vem a névoa, encobre a torre
-Quem sabe, eu desça outro dia?...
São tantas as profecias! Muitas de amedrontar, outras nem tanto...e o tempo passa e mais profetas surgem...Vai-se vivendo, com poesia...até um dia...
ResponderExcluirMeu abraço, Ana
oi Ana querida,
ResponderExcluirA humanidade anda vazia, sem rumo e eu confesso que isso me deixa apavorada.
As pessoas falam de amor, mas não amam, não se respeitam.
O que vemos são mortes todos os dias, das formas mais banais.
Se seu tivesse na torre acho que não ia querer descer não rs...
bjokas e um lindo fds =)
Há outras vozes sendo abraçadas pelos homens, que ignoram o chamado para a solidariedade e o amor. Bjs.
ResponderExcluirSó consegue ouvir as vozes do mundo e seus chamados aqueles que por um instante se afastam em silêncios e depois retornam com mais entusiasmo e sabedoria. A torre, sem dúvidas, nos dá essa visibilidade quando para ela nos refugiamos, mas é preciso saber dela descer e cumprir nossa semeadura. Excente construção poética que esbanja reflexões...
ResponderExcluirUm abraço, Ana!!!
Excelente poesia para refletir. Mesmo com almas vazias a sonoridade do amor se fará ouvir. Importante é o tempo de reclusão, mas retornar se faz vital. Muita luz e paz.Uma feliz semana. Beijo no coração
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