Na foto: Latifah, em primeiro plano, e nosso saudoso Aleph... imagem de 2008. |
"Não quero mais bichos. Eles dão muito trabalho, e quando se vão, a gente fica sofrendo... este é meu último cachorro/gato/passarinho/peixe..."
Você se identificou com esta declaração? Quantas vezes você já disse sobre bichos: "este é o último?" E logo depois, passou por uns olhos apaixonantes e pidões, cativantes e doces... e pronto: foi o suficiente para começar tudo de novo?
Bichos dão trabalho, ficam doentes e morrem antes da gente. Causam muitos sofrimentos quando vão embora e muitas preocupações quando viajamos ou precisamos nos ausentar de casa por um tempo relativamente longo. Mas por que não conseguimos resistir a eles? Qual a magia de um bichinho de estimação?
Para mim, eles trazem doçura à vida, alegria à casa. Uma casa sem bichos parece que fica faltando alguma coisa... a gente anda por ela e não vê nenhum pelo ou pena, nenhuma cadeira mordida ou almofada no cantinho. Não há buracos no quintal, cocôs no gramado, plantas comidas, sofás arranhados. A gente acorda de noite e não há nenhum rom-rom por perto, nem o som da respiração de um cão. Não se escutam latidos ou portas sendo arranhadas. De manhã, nenhum som de alguém clamando por comida e carinho.
Uma casa sem bichos é quase triste... mas eu já prometi a mim mesma que a Latifa é minha última cadelinha. Eu tinha dito o mesmo quando o Aleph ficou mais velho, até que ela apareceu, presenteada por amigos. Os dois encantaram nossas vidas por sete anos, até que ele se foi, e ela ficou sozinha, e se não fosse por ela, teria sido bem mais difícil suportar a perda dele; agora, idosa, tem nos dado muitas preocupações com exames, crises de falta de ar, clínicas veterinárias e noites sem sono devido aos problemas nos pulmões. Já choramos muitas vezes, perdemos as esperanças, recuperamos as esperanças. E afirmamos, veementemente, que nunca mais teremos bichos em casa; afinal, bichos vivem um bom tempo, e logo seremos cinquentões... teremos tempo, saúde ou paciência, daqui a dez anos? E se precisarmos nos mudar para um apartamento?
Nunca mais teremos bichos em casa. Mas hoje meu marido me falou de uns cães para doação que viu no jornal local. Havia uma cadela Rottweiler, e um lindo cão vira-latas também, e... acho melhor corrigir a minha afirmação: "Nunca mais é tempo demais!"
Os animais realmente alegram a casa... sao desinteressados, gostam da gente de graça... tenho uma pequena Lhasa Apso... e adoro...
ResponderExcluirBeijos...
é verdade Ana. nunca, é tempo demais e os bichos na verdade são parte da familia. reflexivo texto . olguinha
ResponderExcluirBelíssimo texto!
ResponderExcluirConcordo "Nunca mais é tempo demais!"
Saio muito e não tenho quintal...
ResponderExcluirAbri mão de, por egoísmo,
querer um amigo ou amiga,
que não poderia me acompanhar...
Assisti uma entrevista sobre a depressão
dos animais que ficam sozinhos e optei
por carinhos nos animais das netas,
irmãs e sobrinhos!!
Pitbull e Rottweiler? Morro de medo!!
Ou é respeito?
Um Rottweiler, em 2009, me causou trauma!!
Um abraço bem forte, bem verdadeiro,
ResponderExcluirabraço longo, cheio de sentimento.
Venho deixar meu abraço pelo dia do abraço
com muito carinho.
Evanir.
os bichos são a alma de uma casa! grande texto Ana!
ResponderExcluirLindo seu texto. Não faz muito que minha filha perdeu a cachorrinha dela - 15 anos. É muito dolorido. Já perdemos 3. Estamos com o Guga há anos e temos receio... Mas o cobrimos de carinho e amor, sem limites. Nos dá tanto que a retribuição tem de ser à altura, e sem um sacrifício. Só viajamos se os hotéis aceitarem. Ele vale muito mais do que qualquer viagem...
ResponderExcluirParabéns pelo seu texto, Ana.
Abraços.