Eu crio estradas asfaltadas com palavras,
(Em cada curva, alguém me olha)
Estradas por onde ninguém passa,
Pois não são caminhos ao futuro,
Não são rotas seguras,
Não foram criadas para levar,
Mas para trazer de volta.
Eu crio estradas que ninguém jamais entende,
Pois não surgiram para serem compreendidas,
São as estradas da minha vida,
E nessas estradas, não ponho placas.
Eu crio estradas que jamais levam adiante,
Estradas que não tem começo ou fim,
Constantemente bifurcadas,
Cheias de encruzilhadas...
-Não são destinos,
Não são nada...
E eu,
Fico sempre à beira dessas estradas
Que em minha mente se criam,
Olhando as coisas e os espectros
Que por ela caminham,
Mas nunca me olham.
Aceno para eles,
E às vezes,
Eles deixam cair uma flor murcha
Que eu recolho, e levo às narinas.
Criar sempre é inovar e dar sentido e emoções à vida ...
ResponderExcluirAna,vc é demais! Poesia maravilhosa e como definiu bem o poeta! bjs,
ResponderExcluirLindo e criativo texto, Ana! Enfim eu aqui conhecendo sua página maravilhosa e deixando comentário.
ResponderExcluirFelicidades, amiga! Abraços!
Olá, Boa noite, Ana
ResponderExcluir...adorei!
...reconheço, porém, que a alegria de criar estradas com as palavras não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. Adapta-se e transforma-se, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, termos construída de nossa melhor forma....que continue sempre à criar estradas, com sua altivez literária e ao mesmo tempo simples, sensível e dedicada à pluralidade caracterizadora do contexto humano...
Obrigado pelo carinho,bela noite, belo dia, beijos!
Da magnificência de criar estradas de palavras de trazer de volta, à humildade e nobreza de cheirar a flor enjeitada: um belíssimo poema!
ResponderExcluirCriamos estradas, silenciosamente, para os caminhos da vida. E outras, essas asfaltadas por palavras, objeto de seu lindo poema, que exploram a sensibilidade e levam à reflexão. Bjs.
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