Janelas abertas ao sol e à chuva,
O beijo do vento, o sumo das uvas
Maceradas pelo tempo...
A revoar pela casa,
Lembranças dos meus momentos,
Retratos pelas paredes,
As plumas das minhas asas...
Ecos pelos corredores,
(As vozes das minhas dores)
Elegia à minha vida,
Esta casa me contém,
Contém tudo o que eu amei...
E um dia, eu vou embora,
Deixando vazia de mim
Esta casa, e desintegram-se
Os sonhos entre as paredes,
Desmancha-se o balançar
Tranquilo da minha rede...
E eu ficarei nos quadros,
Na roupa de cama, o cheiro,
Sobre a mesa, as indeléveis
Marcas dos meus cotovelos,
O meu rosto sobre as flores
De um jardim que morre aos poucos,
Na cadeira de balanço,
Meu fantasma sorrateiro...
Um belo poema, que já havia comentado no RL. Parabéns poetisa, Ana!
ResponderExcluirE tudo fica gravado nos cantos em que vivemos, as lágrimas derramadas, os risos escancarados, as emoções demonstradas.
ResponderExcluirLindo, Ana! Bjs.
Lindo e deixaremos um pouco de nossa essência em cada cantinho...beijos,chica
ResponderExcluirOi Ana, com certeza, você é intensa e marcante, em tudo estará sua essência, transbordando a beleza da poetiza, abraços carinhosos
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