witch lady

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sábado, 5 de maio de 2012

CAMINHOS do AMOR




O amor tem caminhos tortuosos,
Mas que sempre nos conduzem
Até aonde ele quer...

O amor tem um punhal,
Sempre escondido na manga,
E ele o usa, sem parcimônia,
Revolvendo-o nas feridas
Da indiferença humana!

O amor é um professor
Que nos toca através do riso
E doutrina através da dor...

COMO FAZER AMIGOS E INFLUENCIAR PESSOAS



É muito fácil estar rodeada de pessoas que te adoram; simplesmente faça tudo o que elas fizerem, concorde com tudo o que elas disserem e renuncie a todas as suas opiniões, passando a concordar sempre com elas. De preferência, encontre algum ego inflado e despótico ao torno do qual um seleto grupinho esteja orbitando. Seja um deles; ou, se você tiver competência, tente ser o centro do seu próprio grupinho!

Esteja disponível vinte e quatro horas por dia, seja lá para o que for. Jamais atreva-se a dizer "Não". Risque esta palavra do dicionário, aliás, nem pense em ter idéias próprias! Faça com que qualquer coisa que você disser, reflita sempre o pensamento da maioria; aliás, lembre-se de sempre saber o que pensa a maioria antes de começar a vir com essas idéias próprias absurdas!

Não seja polêmica! Você deve evitar  emitir idéias que levem outras pessoas a pensar e reavaliar seus conceitos. Isto é extremamente pernicioso, e você será imediatamente punida.

Sorria sempre, e seja solidária com todo e qualquer tipo de auto-piedade. Aliás, desenvolva a capacidade de ter pena de si mesmo, sempre. Chore, faça beicinho (ensaie em frente ao espelho), pose de vítima injustiçada sempre que houver platéia - e pode ter certeza, platéia não vai faltar! Ofenda-se com qualquer coisa que te disserem, e ao invés de responder à altura, chore, chore muito, e diga a todos o quanto você foi agredido.

Esteja sempre 'de olho' no que os outros dizem, pois a qualquer momento, eles poderão estar falando de você!  Mas nunca responda: apenas chore e vitimize-se.

Esqueça-se que você é uma pessoa que tem suas próprias idéias, vontades e opiniões. Seja boazinha, elogie sempre, não julgue nunca, e ignore a sordidez que vigora a seu redor, pois a partir de hoje, você fará parte dela!

Última lição: aprenda a culpar os outros por tudo o que está errado em sua vida. Culpe o chefe, a vizinha, o ex-marido, a mãe, o pai. Não se responsabilize por suas escolhas, afinal, você não escolhe mais; os outros farão isso por você! Não é maravilhoso?

Quando tiver de encaixar-se em algum lugar, procure sempre o pior, e depois, culpe os outros pela incoerência deles!

Parabéns! Você agora está perfeitamente apta a fazer muitos amigos sinceros, que estarão sempre preocupados com o seu bem! A partir de hoje, você terá o respeito da maioria absoluta.

Ou você pode fazer outro tipo de escolha...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

PARE DE TENTAR SER FELIZ!


A quem você pensa que engana?

Pare de tentar ser feliz!

Apague a luz, e mergulhe bem fundo na escuridão. Tateie o caminho até o fundo do poço, caia, arrebente os joelhos nas pedras, sinta todo o frio e todo mau-cheiro da lama que compõe o piso da tua alma. Ouça as vozes aterradoras que gritam em seus ouvidos; Tema-as! Elas são os fantasmas que te perseguem desde o berço, desde o momento em que você abriu os olhos pela primeira vez e percebeu que estava vivo. Trave conhecimento com todos eles. Ouça seus gritos. Responda às suas perguntas, e deixe que eles o questionem. Seja sincero em suas respostas.

Depois, encare a sua solidão; não, eu não estou falando daqueles momentos de solidão em que não há ninguém por perto. Muito menos, eu falo daquelas vezes em que você se sente sozinho e vulnerável, frente a uma grande dor. Eu falo da solidão intrínseca que cada um de nós traz em si. A solidão que nada nem ninguém há de preencher. Pare de temê-la! Aceite-a, a partir de hoje, e entenda que ela é necessária para que você aprenda a ser mais forte. De nada adianta tentar mascará-la cercando-se de pessoas, ruídos, luzes, música.

Sinta todo o seu medo. Deixe que ele o domine. Morra de medo, encolha-se, ranja os dentes de tanto medo! O medo de ser, o medo de não ser, o de não poder, o de cair. Permita que o medo circule pelas suas veias, possua todo o seu corpo, e se faça presente em cada fio de cabelo. Submeta-se a ele! Qual é o seu maior medo? O de morrer? De não ser aceito pelos demais? O de ser esquecido? O de ficar doente? O de ficar sozinho? O de ser traído? O medo de ter medo?

Agora, encare a sua dor; não tente mascará-la tentando ser feliz e dizendo a si mesmo que tudo vai passar, porque não vai! A única maneira de salvar-se, é aprender a conviver com a sua dor, e só assim, ela será generosa o bastante para retirar-se de vez em quando e permitir que você tenha muitos momentos sem ela. E quando ela quiser doer, deixe que doa! Tranque-se em um quarto e chore bem alto, tudo o que tiver de chorar, chore sangue, se for preciso, mas deixe que a dor se manifeste, até que ela esteja satisfeita.

Encare a sua raiva. Não estou falando daquela raiva passageira, que a gente sente corriqueiramente, mas eu falo daquela raiva latente que nós temos, pelas coisas que perdemos, pelas coisas que jamais teremos e pelas coisas que não nos atrevemos, sequer, a desejar! Odeie! Odeie o mundo, porque ele é violento, injusto, perigoso, o mundo machuca, as pessoas estão cada vez mais loucas, a falsidade impera, Deus retirou-se de nós. Odeie, odeie, odeie! Sinta toda a raiva que puder sentir, grite de raiva, chore de raiva, quebre os copos da casa!

E quando terminar de travar conhecimento com a sua escuridão, sua solidão, seu medo, sua dor e sua raiva, respire fundo. Eles não tem mais poder sobre você.

Agora, você pode começar a acreditar na possibilidade de um recomeço, e em ser feliz.






BUCÓLICA



Goteja das árvores a poesia
Caindo em gotas sobre o gramado.
Estendendo-se em tapete de verde veludo
Florescendo em pétalas orvalhadas
Evaporando em neblina densa
Que se abre e revela uma montanha.

Silêncio.

Uma joaninha pousa na folha,
Borboletas revoam sobre a paisagem
Abelhas carregam o pólem da vida
Fertilizando a imaginação, que observa.
Passeio entre, acima, sob
Não ouso palavras para este sentir.

Silêncio.

O doce e refrescante ventar repentino
Trazendo notícias de um mundo invisível
Por onde circulam mágicas criaturas
Inacesíveis, das Terras dos Sonhos.
Seus risos ecoam, quase inaudíveis
Nos campos dos meus pensamentos...

Silêncio.

FOGO


Fogo que queima
Destrói
Transforma em cinzas
Memórias
Vidas
Casas
Objetos
Dejetos
Fumaça
Sufoca.

Fogo que esquenta
Aquece
Ilumina
Coze
Limpa
Purifica
Na fogueira
Contido
Fogo amigo
Centro
Onde histórias
Nascem.

Fogo
O mesmo,
O mesmo
Fogo
Cara
Coroa
Ying
Yang
Cinza
Sangue
Fumaça
Tocos
Morte
Nada
Fenix.


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Informação



Me diga, onde moram
Os sonhos de quem já não sonha?
Pra onde foram os planos
Daqueles que já não planejam?

Aonde descansam os risos
Daqueles que não mais gargalham?
E em que jardim caíram
As sementes que eles plantaram?

Uma informação, apenas,
Não pretendo incomodar:
Para onde foi o amor
De quem já não pode amar?

Onde estão os sentimentos
Tão intensamente sentidos?
E as pegadas dos caminhos
Por onde tinham seguido?

Me diga, existem respostas
Para todas as perguntas
Que ficaram pelo ar?

Me diz, por que tanta dor,
E por que tantos sorrisos,
Se eles somem pela estrada
Daqueles que não voltam mais?

AVENTURA



Todo dia, uma aventura
Entremeada de planos
E certezas obscuras.
No meio de tudo, caminho
Entre a vontade de ser
E o terror de não ser.
Que diferença, me diga,
Que diferença faria,
Mais um dia,
Ou menos um dia?

Todo dia, uma aventura
Escrita à ferro e à fogo
Na pele da alma,
Nos fios, na tecitura.
E à voz lançada ao abismo,
Resta somente a resposta
Do eco que a repete;
A vida é uma loucura!

Mas todo dia, ela nasce,
Recriada, refeita,
Ou despedaçadada, picada
Em milhões de pedacinhos
Que tentamos remendar.
Linda colcha de retalhos
Ou grotesco tecido?
Tudo depende do gosto,
Ou da habilidade...

Todo dia, uma aventura,
Um livro com páginas brancas
Entremeadas de páginas
Com sílabas desconectadas
Que nós juntamos, tentando
Encontrar as palavras
E escrever a história
De sangue, amor e glória
Que ninguém nunca vai ler...

Mas a vida é uma aventura,
Impossível não escrever,
Mesmo que a chuva apague,
Mesmo que o vento carregue
As páginas, e as espalhe...
Pois a vida é assim mesmo,
E a mágica das páginas que voam
É, quem sabe, elas pousarem
Ao acaso, de maneira
Que tudo faça sentido...


Abismo



Andar por anos a fio,
Cobrir diversos caminhos
Apenas para chegar
À beira de um precipício
E ver que não há saída!

Eu sei, assim é a vida,
Um olhar desesperado
Àquilo que se entrepõe
Entre nós e o desejado...

O abismo se estende
Até aonde a vista alcança,
Sopra sempre um vento frio
Que enregela a esperança...

E o desespero nos abraça,
Por tanto tempo perdido,
E a vontade que nos vem
É de voltar, mas o tempo
Torna tudo inacessível...

Não há cordas, não há nada
Que nos possa auxiliar
Na descida desse abismo...
Não há tempo pra voltar
E refazer o caminho!

É então que nos jogamos,
Ato tão desesperado!
Mas ao invés de nós cairmos,
Descobrimos que voamos...

Eu sei, assim é a vida,
Sempre mostra uma saída
Quando, à beira do abismo,
Nós nos desesperamos!

Se existe um obstáculo,
Não significa o fim:
É o momento de jogar-se,
Descobrir que tu tens asas,
E que o abismo, é tua casa!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O Ar que tu Respiras



Não desejo jamais ser
Esse ar que tu respiras,
Porque um dia, eu te falto,
Porque um dia, eu me vou,
E ficas a sufocar...

Não quero ser a razão
Dessa tua pobre vida...
Porque  um dia, eu morro,
E a tua dignidade
Fica num canto, caída!

Não desejo ser a fonte
Pra molhar tua garganta,
Porque um dia, eu seco,
E tu ficas à minha margem
Morrendo, aos poucos de sede...

Não quero ser o teu ar,
Tua razão, tua fonte,
Mas quero ser teus pulmões,
Tua vida, tua sede,
A paz que deita contigo
Ao teu lado, em tua rede...
       

Quero Mudar



Tua lágrima é um clichè
Que eu já cansei de secar
E que não faz diferença
Na imensidão desse mar.

Quero mudar.

A dor que dizes sentir
Já não tem mais um sentido,
É o dito pelo não dito,
Fecha-se o ciclo maldito.

Quero mudar.

Os teus passos claudicantes
Já não há como acertar,
Teu desgosto tão sem gosto
Já não quero carregar.

Quero mudar.

Tua pena já sem tinta
Não tem cor, só tem penar
Já não sentes o que dizes,
Não tem eco o teu falar.

Quero mudar.

VÁ!

Se é tarde, vá.
Mas sabes voltar?
Perca-te no mundo,
Mas sabes te achar?

O corte que fazes
Há de se fechar,
Vá se já é tarde,
Não tentes ficar!

A Roda da Fortuna
Não cansa de girar...
Uma coisa vai
Pra outra chegar!

Não olhes para trás,
Respire bem fundo,
O mundo te espera,
Veja o que ele traz!

Talvez, se voltares,
Eu não mais esteja,
Então não te ocupes
Com minha tristeza...

Irás para um lado,
Irei para o outro...
E o amor que sobrar
Logo estará morto!

CHUVA ÁCIDA



Caiu do céu dos meus olhos
Queimando a pele e os cílios
Na acidez da saudade
Escorrendo pelos trilhos
Daquilo que já se foi
Para nunca mais voltar...
Chuva ácida chovendo,
Queima, queima sem molhar.

Queima as flores e as folhas
Que plantei em meu jardim
Queima a grama, queima a hera
E a alegria que há em mim.
Chuva ácida que escorre
Pelas covas do meu rosto
Despedir-se de quem morre
É sempre o maior desgosto.

Nem a luz do sol me queima
Tanto quanto este chover...
A saudade brota forte
Quase esqueço de viver...
Fico aqui, sem nau, sem norte,
Só tentando te esquecer
Pois as lágrimas da morte
Salgam o doce do viver.

CIGANO



Meu destino está nas cartas
E as cartas, na mão.

Sou o meu próprio cigano
caminho dentre os arcanos
Deste jogo que é a vida.
Posso ler o meu passado,
Jogo com destreza o dado
Do futuro que me invita.

Meu destino está nas cartas,
E as cartas, na mão.

Ponho à prova minha fé
Lendo a borra do café
Que dorme no fundo da xícara.
Psicografo mensagens
Dos anjos e dos demônios
Que fazem de mim sua cítara.

Meu destino está nas cartas
E as cartas, na mão.

Sobre a bola de cristal
Adivinho o bem e o mal
Nos olhos de quem me vê.
Ouço vozes do além,
Sou de espíritos refém
Sou um pouco de você.

Meu destino está nas cartas
E as cartas, na mão.

Nesta mão que lança as runas
E se lava nas espumas
Das ondas que quebram na areia.
Nesta mão que esmaga o dado
E joga no mar o baralho
Quando o jogo está fechado.

CLARIVIDÊNCIA


Acredito que existam
Fadas, bruxas e outros seres
Na mata verde-escura.
Mas magia não se procura,
Não há de assim revelar-se,
Pois vive de ser obscura...

Uma vez, eu vi um fauno
(Mas com os olhos da alma)
Foi numa noite de lua clara,
E estrelas bem raras.

Vi, num vôo de coruja,
Uma outra criatura
Com asas de enorme
Envergadura.

N'outra vez, vi pirilampos
(ou quem sabe, uma outra coisa)
Brilhando entre os bambuzais
Em enormes luzes brancas
Bem translúcidas no centro
E brilhantes nas beiradas...

Já ouvi, apavorada,
Numa noite sem luar
O cantar de uma banshee,
Um choro de mau agouro,
prenúncio de morte e desdouro
Que de pronto, se seguiu...

Tudo isso eu vi, e juro,
Não com os olhos do corpo
(estes não enxergam tanto)
mas com os olhos da alma,
Que vê tudo de um outro canto.

Cançãozinha de Amor



Anos passarão sem que eu te reveja,
Mas meu coração suplantará a dor
Pois nem mesmo o tempo pode ser mais forte
Que o meu amor por ti, o meu amor.

Mares secarão sem que eu te reveja,
Outros chorarei que os irão repor.
Mas nem mesmo o mar há de ser tão profundo
Que o meu amor por ti, o meu amor.

Dir-te-hão palavras, sem que eu te reveja,
Outras ouvirei, que causarão torpor...
Mas nem mesmo estas hão de suplantar
O meu amor por ti, o meu amor...

Guerras se erguerão sem que eu te reveja,
E à morte entoarão hinos com louvor.
Mas nem mesmo a morte há de ser mais forte
Que o meu amor por ti, o meu amor.

CANTO






Canto,
Enquanto cai o pranto,
Escorre entre meus dentes
Lavando meu sorriso
Enquanto desce...

Olhos fechados,
A alma aberta,
Escancarada
Como as janelas
Da minha casa...

Canto no escuro,
No sol, na chuva,
Porque não existo
Quando não canto!

E do meu canto,
Enquadro o mundo...
Ângulos vários,
Sono profundo...

COLHEITA


Recolho no colo
Na blusa dobrada
O fruto, o sumo
De minha colheita.

A vida regenera,
A vida é generosa,
Laranjas e rosas,
Flores e pinheiros...

Cítricos perfumes
Sabores tão doces...

A vida divide,
A vida alimenta...

Recolho no colo
Lembranças guardadas
Raízes profundas
De frutas plantadas.

Arranco as daninhas,
Aparo as crescidas
Que sobem nos galhos
Sufocando a vida...

A vida regenera,
A vida é generosa,
Se murcham as rosas,
Rebrotam botões!

A vida é precavida,
A vida é protetora...
Senhora das almas,
Vida genitora...


Passando...



A borboletinha
Carrega nas costas
A forma de um homem...

Que peso, que peso...
Pousou sobre o dedo
Cansada, que fardo...

Blog é assim mesmo...



Tenho recebido emails de pessoas que me visitam aqui no blog, reclamando de não estarem conseguindo postar comentários. Bem, eu não sei o que acontece, e nem como modificar esta situação. Ainda estou tateando o caminho, e acho que nunca vou evoluir muito além de onde já estou, quando se trata de internet. A única coisa que eu posso dizer é a seguinte: se você deseja comentar um texto meu e não consegue postar o comentário, mande-o para o meu email, e eu o colocarei sob o texto que você deseja comentar, com o seu nome.

Algumas pessoas abrem uma conta no Google, e depois disto, passam a conseguir postar. É rápido, fácil e gratuito. E quem sabe, você não se anime e faça um blog também? É gostoso!

Outra solução que talvez funcione: volte mais tarde... às vezes, quando as coisas 'travam' para mim, eu simplesmente saio e volto a logar em alguns minutos, e tudo dá certo.

Se nada do que sugeri der certo, bem, mesmo assim, espero que vocês não deixem de me visitar por isso... e agradeço muito porque vocês me visitam.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O EFEITO SOMBRA




Acabo de ler um livro sobre a nossa sombra - que todos carregamos - e como lidar com ela. Muito esclarecedor... gostei tanto, que comprei um outro, que ainda vou começar a ler. O título é "O Efeito Sombra - encontre o poder escondido na sua verdade." Autores: Deepak Chopra, Debbie Ford e Marianne Williamson.

A sombra é o que chamamos de nosso lado negro, ou ruim. Ela é aquilo que tentamos esconder desesperadamente das outras pessoas e até de nós mesmos. Ela traz em si as nossas maldades escondidas, nossos medos e as coisas horríveis que somos capazes de fazer, caso a necessidade ou a oportunidade apareçam.

Desde crianças, aprendemos a tentar criar um ideal de perfeição em nós mesmos, o que nos torna muito mais críticos em relação às outras pessoas, ao ponto de enxergarmos nelas aquilo que mais tentamos omitir em nós. Daí, passamos a perseguí-las e odiá-las, pois elam são como espelhos para nós, e é sempre insuportável dar de cara com a nossa verdadeira face.

Às vezes, a sombra que vemos projetada nos outros é o contrário; vemos nos talentos alheios as nossas frustações, e condenamos nos outros aquilo que gostaríamos de ser, mas não temos o talento ou a capacidade. É a temida inveja. E se não podemos ser iguais , nós destruímos! Mas após a destruição daqueles que projetam a nossa sombra - seja ela negativa ou positiva - o que sobra é um grande vazio. Não temos mais a quem odiar. Não temos mais a quem culpar pelas nossas falhas. Perdemos contato com uma parte muito importante de nós mesmos.

Uma das citações que aparecem na apresentação do livro que vou começar a ler é a seguinte:

"Ao tentar expressar apenas os aspectos que acrditamos nos garantir a aprovação e a aceitação dos outros, reprimimos algumas das nossas mais valiosas características, e nos sentenciamos a levar uma vida encenando a mesma peça com o mesmo roteiro desgastado. Reclamar as partes de nós que foram relegadas à sombra é o caminho mais confiável para realizarmos nosso potencial humano. Quando nos tornamos amigos dela, nossa sombra se torna um mapa divino que os reconecta à vida que deveríamos viver e às pessoas que deveríamos ser." - Debbie Ford

Nada mais verdadeiro!

Desde pequenos, somos ensinados por nossas famílias e professores, a reprimir nosso eu verdadeiro, a sermos polidos, sociáveis, religiosos, politicamente corretos, amáveis, oferecermos sempre a outra face, esconder sentimentos, repulsas, a sermos igual à maioria e a fazer sempre aquilo que esperam que façamos. Nada mais destruidor... e a sombra vai crescendo, e sendo reprimida, até que um dia, ela vem à tona de repente, causando muitos danos psicológicos, sustos e surpresas desagradáveis. Melhor é aprender a conviver com ela.

Melhor é aceitarmos que não somos e nem precisamos ser bonzinhos o tempo todo, e que a sombra oferece, entre outras coisas, autoconhecimento e um potencial criativo fenomenal.

Ler sobre a sombra, encarar a própria sombra, aprender a aceitá-la: tarefa que exige desprendimento e muita coragem, mas que para mim, tem valido muito a pena.

Parceiros

CINCO QUILOS

        No seu conceber, Cinco quilos me separam da esbelteza. Cinco passos, até que eu seja O 'eu' Que você deseja.   Cinco meses, ...