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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A CAUSA ANIMAL

MOOTLEY, O CACHORRINHO QUE COMPREI EM UMA PET SHOP



Não acredito muito em causas, sejam elas quais forem, pois tenho visto que muitas boas intenções acabam servindo de lenha para manter aceso o fogo do inferno. Porém, se eu fosse defender alguma causa, com certeza seria a dos animais – seres inocentes e indefesos que sofrem com as crueldades e desmandos da raça humana, sem nada terem feito de ruim para merecerem tantos maus tratos. Admiro as pessoas de bem que realmente estão comprometidas com a defesa dos bichinhos, sem interesses próprios envolvidos – o que é mais raro.
Porém, sou contra a bandeira que diz: “Não compre; adote.” Acho que bicho é aquela coisa de olho no olho, amor à primeira vista, e se eu me apaixonar por um bichinho que está em uma gaiola na pet shop, eu vou comprá-lo. Eles também merecem uma chance de serem amados e felizes em um lar, assim como os cães vira-latas! De certa forma, as pessoas que compram animais também estão contribuindo com a causa, já que os livram de continuarem engaiolados ou de servirem de reprodutores para satisfazer a ganancia por lucros de seus tutores humanos. 

É uma tremenda idiotice, essa coisa de querer elitizar até mesmo animais inocentes.

Acho que quem adota animais merece todo apoio; mas o que eu tenho visto, é que alguns veterinários e protetores, ao recolherem animais feridos nas ruas, usam do sentimento de culpa das pessoas para obrigá-las a ficarem com eles. Oferecem vacinas gratuitas para que sejam adotados (não importa por quem, ou as condições de vida dos que adotam tais animais), e todas as facilidades momentâneas que convençam pessoas bondosas, mas que não têm condições para ficar com os bichos, a recebê-los em suas casas. Mas com o tempo, quando o animal adoece – e a maioria dos animais resgatados da rua tem alguma doença – os “veterinários do bem” cobram para atendê-los os mesmos preços que cobram por qualquer outro atendimento. Sem descontos. E à pessoa que adotou o animal, muitas vezes sem condições de pagar por um tratamento, só resta observar enquanto ele morre, correndo o risco de ser chamada de cruel ou negligente.

Se eu fosse lutar por uma causa animal, ao invés de recolher cães que estão muito bem adaptados à rua, levando-os para abrigos superlotados e cheios de doenças, onde eles levarão uma vida estressante, arriscada e monótona, eu os alimentaria onde eles estão, e se necessitassem de tratamento, após tratá-los eu os levaria de volta ao seu local de origem. Tentaria lutar por eles criando leis que os protegessem e fazendo de tudo para conscientizar as pessoas sobre a responsabilidade que deve ter quem possui animais. Tentaria lutar por penas mais severas para quem os abandona, incentivando denúncias a maus tratos. E eu sei que existem pessoas que fazem tudo isso, e a elas, o meu aplauso.
Gostaria de poder adotar cães, mas não posso ficar com todos, pois não tenho espaço físico, disposição, tempo ou condições financeiras para cuidar deles. 

Sinto muita pena deles, mas não me sinto culpada.

Mas acho que nem sempre o amontoamento de cães em abrigos é a melhor solução para eles. Cães de rua estão acostumados a ser livres, a andar de um lado a outro da cidade, e tem seus ‘amigos’ cães com quem brincam e interagem. Nos abrigos, além de confinados a espaços pequenos, onde o stress faz com que muitos acabem brigando e ferindo-se, eles ficam tristes e adoecem. 
Também não acho correta essa campanha contra quem cria cachorros a fim de vendê-los. Basta que se visite os canis, e que se conheça os criadores. Há muitos criadores sérios, que tratam muito bem os seus animais e que estão sendo prejudicados devido a esta injusta propaganda terrorista contra eles. Aqueles que maltratam animais, seja em canis de reprodução, em pet shops, nas ruas ou em suas próprias casas, devem ser denunciados, expostos e presos, pois quem maltrata um animal é capaz de maltratar qualquer coisa viva, e representa um perigo para a sociedade. Muitos são doentes mentais. 

Incentivar a adoção é muito legal, mas incutir sentimento de culpa nas pessoas, não é. Não sou eu a responsável pelos milhares de cães abandonados nas ruas; não devo me sentir culpada porque, ao passar por uma pet shop, olhei para dentro e tive vontade de comprar um animal de estimação. 

São os exageros apaixonados que acabam por desvalidar boas causas. 




9 comentários:

  1. Concordo com tudo, no meio há muita hipocrisia. Que mal se eu quiser comprar? Serão mau tratados por isso?
    bj.

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  2. Fizeste muito bem, Ana !
    E que olhar doce tem o cão !
    É um Cocker ?

    Um beijo muito amigo.

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  3. Por aqui trato onde eles estão, vermifugo, etc...
    Prazer em conhecer o blog.
    Boa entrada de ano.

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  4. My heart goes out to all who are being mistreated, including those who are doing the mistreating in hopes they'll open their heart to love instead of hate, having compassion for all beings.

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  5. ;)

    Concordo com você.

    Obrigada! Feliz 2017 pra você também!

    Ótima sexta!

    Beijo! ^^

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  6. Bem, eu gosto muito de cães, cheguei a quatro de uma vez só, hoje não posso mais porque viajo muito. Todos os que tive, eu chegava a qualquer pessoa e pedia, porque já achava bonito e ia me identificando. Nesse mundo, minha amiga, puros só as crianças e os animais. FELIZ 2017!

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    1. Olá, Carlos. Quando criança, as pessoas tinham uma ideia diferente sobre cães. A gente dava banho em casa mesmo, e eles comiam angu com bofe ou pedaços de frango, e a vacinação era apenas contra raiva. Eles ficavam soltos no quintal e na rua, iam e voltavam quando queriam. Os vizinhos sabiam quem eram os donos de todos os cães. Chegamos a ter muitos de uma só vez - nós achávamos na rua e levávamos para casa... minha mãe ficava doida... rsrsrs...

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  7. Eu sempre fui apaixonado por cães, desde a infância. Meus pais, que sempre os tiveram, me ensinaram a amá-los e a tratá-los como seres especiais (são amigos, inteligentes, sensíveis, protetores etc.) Logo que casei vieram uma filha e um filho, e Taís e eu decidimos dar a eles um cãozinho. Veio então o primeiro, de raça fox. Passados uns dois anos, as crianças pediram outro cãozinho; então veio uma linda cadelinha sem raça definida. Quando os cães estavam em torno de seis anos, salvamos um lindo cão, de porte médio, com menos de um ano, que havia sido atropelado, e estava um pouco ferido. Ele e os outros dois foram muito importantes para a família. Com os outros dois, passou a formar um trio muito simpático. Os três cães viveram juntos por muitos anos, na mais plena harmonia. Hoje, vivemos com a lembrança dos três. O mais novo morreu há exatamente dois anos. Mas estão todos presentes em nossas lembranças e nos seus objetos que guardamos.
    Parabéns pelo teu belo cão.
    Ana, desejo a ti e a teus familiares um feliz ano de 2017, com as realizações de todos os teus projetos.
    Abraços.
    Pedro.

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