Hoje é o primeiro dia do ano. Para mim, na verdade, isto não significa tanto; poderia ser qualquer dia. Poderia ser maio, setembro ou dezembro. Mas este dia tem um valor simbólico, pois nós decidimos que seria assim.
Podemos recomeçar de qualquer ponto onde estivermos: basta um novo olhar, uma reinterpretação da vida. Posso mudar tudo de lugar dentro da minha casa, mas se minha intenção não for real, genuína, verdadeira, tudo continuará a mesma coisa. O importante, é a sinceridade que cada um traz dentro de si a respeito das coisas que realmente deseja mudar, e a disposição em tornar isto real.
Podemos passar horas faxinando, livrando-nos de coisas velhas e desnecessárias, arrumando tudo, mas esta faxina física tem que ser também uma faxina mental.
O que eu desejo para este ano, e o próximo, e o próximo que virá (caso eu ainda esteja por aqui), é aprender. Principalmente, aprender a me conhecer melhor, conhecer os motivos que me levam a agir de determinadas formas que eu sei que não são muito boas (ou que são péssimas) e então, poder re-determinar o meu caminho e repensar as minhas atitudes. Gostaria de saber que deixarei esta vida um pouco melhor do que quando eu entrei nela.
Eu não tenho herdeiros. Minha casa ficará aqui quando eu morrer, e não sei quem irá herdá-la. Assim como tudo o que escrevi. Mas se alguém um dia entrar na minha casa vazia, quero que saiba que nela viveu alguém que a amou, cuidou dela, e foi grata. E se alguém ler , por acaso, alguma coisa que eu escrevi quando eu não estiver mais aqui, quero que termine a leitura com uma sensação boa.
Sei que falta muito ainda para que eu consiga atingir esta meta... às vezes, a perseguição é tanta, que eu acabo me perdendo e esquecendo das coisas que prometi a mim mesma. Mas hei de me levantar todas as vezes que eu cair, e recomeçar.
Desejo aos meus leitores, neste primeiro dia do ano, novos recomeços.
Ana, um feliz ano para você e sua família!
ResponderExcluirLindo texto!
Beijos e muita paz!
Amara
Ana, pensamento realmente simples, não simplório. Digo isto devido perceber que somente se consegue ser simples, simplificar, quando se conhece a profundidade, a complexidade sem se perder no meio disso com sabedoria e nobreza de ser humana amante da existência. Feliz 2016!
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