o luar aqui em casa, ontem... |
Olhando para trás,
Buscando a vida na memória,
Vejo os restos que ficaram nos trilhos
Depois que o trem passou,
E penso:
- Ah, se eu fosse me importar!
Espadas e dentes,
Navalhas e pentes,
Os caules sem flores,
As contas caídas
Dos colares arrebentados
Da vida!
Só ossos e restos,
Que já nem mais cheiram,
Que já nem mais falam,
Bocas ressequidas,
Dedos desmanchados,
Peles carcomidas,
Almas que voaram,
Outras que ficaram
E que se perderam
Nas tramas furadas
Dessa estranha vida...
Sabe Ana, às vezes penso, ainda bem que não sou poetisa, eu não conseguiria passar em versos, a dor do amor ferido. Por mais que tentemos, não conseguimos transmitir, da mesma forma que sente o poeta.
ResponderExcluirDa maneira como me encanta, mesmo sem se importar!
Obrigada, abraços carinhosos
Maria Teresa
Hoje estou ainda a namorar esta Lua Ana.
ResponderExcluirE vejo passar a Lua tão bela e penso nos que sofrem a perda de um amor,
olhando para a Lua e indagando para onde foi todo amor declarado.
Bonita inspiração da poesia.
Abraços
Acho que são esses restos que ficaram nos trilhos, no vasculhar da memória que te faz soprar tão lindos versos. Eu me encanto com tua poesia!
ResponderExcluirAna, aproveito para convirá-la a ver a dica de um livro que está em meu blog. Sabe que quando lia, pensei em você. Aliás, essa chaleira da ilustração, bem caberia por lá! Beijo!
ladodeforadocoracao.blogspot.com.br